O que aprendi com a Dominga sobre a fé e a vida

Dominga encontrou, na sua simplicidade e naturalidade, o caminho que talvez os grandes intelectuais e metafísicos nunca tenham alcançado, mas graças a ela muitas pessoas descobriram o rosto de Cristo.

29 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 2 acta
Niña

Antes de escribir estas líneas le pregunté a la protagonista si me autorizaba y me dijo que sí. Lo pensó poco rato y le pareció bien. Se llama Dominga, tiene 16 años y le encanta hacer coreografías en Tik Tok, algo que su mamá veía muy lejano, porque cuando nació su hija, no existía esa red social y porque Dominga tuvo que hacer mucha terapia para caminar. “Domi,” como le dicen sus cuatro hermanos, es la única hija mujer. El embarazo de su mamá fue normal, y cuando nació Dominga miró de manera sostenida a sus padres, casi intimidándolos “¡Nos dará trabajo esta niña!” dijeron en broma mientras la familia celebraba su llegada, aunque no sabían que esa frase sería totalmente verdadera. Al cumplir un año Domi era una niña sana, pero ya había ido a más de seis especialistas. Lo que aparentemente parecía ser sinónimo de una “hija tranquila”, comenzó a preocupar a su doctora de cabecera. Comía poco, dormía mal y no cumplía con los hitos del desarrollo. La historia es larga y debo resumirla. Les hago un spoilerA Dominga tem uma deficiência intelectual que a faz ver o mundo de forma diferente dos seus irmãos e algumas coisas são mais difíceis de compreender para ela. Há também outros aspectos da vida quotidiana que não são fáceis para ela, como abotoar uma camisa ao pescoço ou calcular o troco do pão quando faz compras numa mercearia. 

Para a mãe dela, que sou eu, também há coisas que foram difíceis para ela. Ter uma filha diferente faz-nos explorar lugares muito inesperados e também reformular o filme que tínhamos feito para a nossa vida. As "conquistas" que não se concretizaram, as fotografias que não se penduram na parede (porque são simplesmente coisas que não vão acontecer) e as perguntas sobre o futuro que tivemos de nos fazer antecipadamente. O luto existe, é muito saudável e até libertador assumi-lo. A Dominga também me ensinou coisas tão profundas como divertidas. Ela tem uma grande fé e, depois da comunhão, recolhe-se de uma forma que me impressiona. É uma olímpica a pedir coisas a Deus; ela queria mais um filho para a família e lá estava eu a ter o meu quinto filho aos 42 anos, quando já me tinha esquecido que a Peppa Pig e os coletes salva-vidas para nadar existiam. Quando a vejo a rezar, penso "O que é que ele está a pedir, que assustador! Os seus pedidos também são por vezes invulgares, como um iPhone 13 ou que a deixemos ter um piercing. Mas se pensarmos bem, Dominga é a mais sábia... trata Deus como um pai, com afeto e proximidade. E espero que, como até agora, segurando a minha mão, eu possa continuar a guiá-la num mundo com obstáculos, mesmo se é ela que me mostra o caminho para ver o rosto de Jesus com tanta clareza e paz.

Boletim informativo La Brújula Deixe-nos o seu e-mail e receba todas as semanas as últimas notícias curadas com um ponto de vista católico.