O Padre José-Antonio Jacinto, sacerdote da diocese de Chiclayo (Peru) há 34 anos, é um homem de muitas vocações: pároco, professor de História da Igreja na Universidade Católica de Chiclayo (Peru), professor de História da Igreja na Universidade Católica de Chiclayo (Peru) e sacerdote da diocese de Chiclayo (Peru) há 34 anos. Santo: Toríbio de MogrovejoFoi sacerdote e formador no seminário diocesano. A sua vida deu uma volta inesperada a 8 de maio de 2025, quando o então bispo de Chiclayo, Robert Prevost, subiu à cátedra de Pedro, com o nome de Leão XIV. O Padre José-Antonio manteve uma relação estreita com o pontífice, forjada ao longo de anos de colaboração pastoral. Nesta entrevista, conta a sua experiência com o Papa, as suas anedotas e o legado do seu serviço numa diocese marcada pela diversidade e pelos desafios da fé.
Como é que conheceu o Papa Leão XIV?
- Conheci-o pela primeira vez em 2014, quando ele veio a Chiclayo como bispo. No início, não sabíamos muito sobre ele, mas a sua simplicidade e abertura impressionaram-nos. Numa das nossas primeiras conversas, pediu-me apoio para a catedral, apesar de já ter uma grande carga de trabalho. A sua humildade e gratidão marcaram a nossa relação desde o início.
Que anedotas recorda da sua relação?
- Confiou e agradeceu aos sacerdotes que o rodeavam desde o primeiro momento. Lembro-me, por exemplo, que me encarregou de escrever um resumo da sua biografia para o sítio Web da Conferência Episcopal Peruana. Quando lho apresentei, apenas corrigiu pequenos pormenores e mostrou-se muito grato por este pequeno serviço.
Também felicitou os sacerdotes pelos seus aniversários e esteve próximo deles via whatsapp. Em Chiclayo somos cerca de cem sacerdotes diocesanos e vinte religiosos, que atendem cinquenta paróquias e dois centros pastorais. A população é de um milhão e trezentos mil habitantes, dos quais um milhão são católicos.
O que nos diria sobre a sua forma de trabalhar?
- Com as inundações do El Niño, mostrou iniciativa e grande liderança. Ou durante a pandemia, especialmente quando abriu as igrejas antes de qualquer outra pessoa no Peru, demonstrando grande coragem.
Como viveu a sua eleição como Papa?
- Foi um grande choque para mim. Escrevi-lhe no dia seguinte: "Santo Padre, do santuário de Nossa Senhora da Paz, repito as minhas orações". Ele respondeu-me: "Unidos na oração. Que o Espírito nos guie.
Alguns dias depois, vi-o em Roma, no encontro que teve com pessoas da diocese de Chiclayo. Tratou-nos com grande afeto. A sua fidelidade para connosco, mesmo como Papa, é um tesouro. Continua no grupo de whatsapp dos padres e até publicou algumas mensagens depois da sua nomeação como Papa.
Que legado deixa em Chiclayo?
- Reforçou a Universidade e o trabalho pastoral nas paróquias, continuando o trabalho pastoral que os bispos anteriores tinham deixado para trás com a presença de jovens clérigos formados no seminário diocesano.
Era um grande gestor de recursos para as paróquias, como carros e donativos. Gostava de conduzir e brincava que seria recordado pelo número de carros que conseguiu para as paróquias. Era muito altruísta, prova disso é que ofereceu o carro que utilizou quando foi a Lima para que nós o utilizássemos no trabalho pastoral.