Vaticano

As finanças do Vaticano, os balanços do IOR e da Obrigação de São Pedro

Existe uma ligação intrínseca entre os orçamentos dos Oblatos de S. Pedro e o Instituto para as obras de religião.

Andrea Gagliarducci-12 de julho de 2024-Tempo de leitura: 4 acta

Existe uma estreita relação entre a declaração anual da O obolo de São Pedro e o balanço do Istituto delle Opere di Religione, o chamado "banco do Vaticano". Porque o óbolo é destinado à caridade do Papa, mas esta caridade exprime-se também no apoio à estrutura da Cúria Romana, um imenso "orçamento missionário" que tem despesas mas não tem tantas receitas, e que deve continuar a pagar salários. E porque o IOR, desde há algum tempo, faz uma contribuição voluntária dos seus lucros precisamente para o Papa, e esses lucros servem para aliviar o orçamento da Santa Sé. 

Durante anos, o IOR não teve os mesmos lucros que no passado, de modo que a parte atribuída ao Papa diminuiu ao longo dos anos. A mesma situação se aplica ao Óbolo, cujas receitas diminuíram ao longo dos anos e que também teve de enfrentar esta diminuição do apoio do IOR. Tanto assim que, em 2022, teve de duplicar as suas receitas com um desinvestimento geral de activos.

É por isso que os dois orçamentos, publicados no mês passado, estão de alguma forma ligados. Afinal de contas, o Finanças do Vaticano sempre estiveram ligados, e tudo contribui para ajudar a missão do Papa. 

Mas vejamos os dois orçamentos em mais pormenor.

O globo de São Pedro

No passado dia 29 de junho, os Oblatos de S. Pedro apresentaram o seu balanço anual. As receitas foram de 52 milhões, mas as despesas ascenderam a 103,4 milhões, dos quais 90 milhões para a missão apostólica do Santo Padre. Incluídas na missão estão as despesas da Cúria, que ascendem a 370,4 milhões. A Obrigação contribui assim com 24% para o orçamento da Cúria. 

Apenas 13 milhões foram destinados a obras de caridade, aos quais se juntam as doações do Papa Francisco através de outros dicastérios da Santa Sé, num total de 32 milhões, dos quais 8 milhões foram destinados a obras de caridade. financiado diretamente pelo Obolo.

Em resumo, entre o Fundo Obolus e os fundos dos dicastérios parcialmente financiados pelo Obolus, a caridade do Papa financiou 236 projectos, num total de 45 milhões. No entanto, o balanço merece algumas observações.

Será esta a verdadeira utilidade da Obrigação de São Pedro, que é frequentemente associada à caridade do Papa? Sim, porque o próprio objetivo da Obrigação é apoiar a missão da Igreja, e foi definida em termos modernos em 1870, depois de a Santa Sé ter perdido os Estados Pontifícios e não ter mais receitas para fazer funcionar a máquina.

Dito isto, é interessante que o orçamento dos Oblatos também pode ser deduzido do orçamento da Cúria. Dos 370,4 milhões de fundos orçamentados, 38,9% destinam-se às Igrejas locais em dificuldade e a contextos específicos de evangelização, num total de 144,2 milhões.

Os fundos para o culto e o evangelismo ascendem a 48,4 milhões, ou seja, 13,1%.

A difusão da mensagem, ou seja, todo o sector da comunicação do Vaticano, representa 12,1% do orçamento, com um total de 44,8 milhões.

37 milhões (10,9% do orçamento) foram destinados a apoiar as nunciaturas apostólicas, enquanto 31,9 milhões (8,6% do total) foram para o serviço da caridade - precisamente o dinheiro doado pelo Papa Francisco através dos dicastérios -, 20,3 milhões para a organização da vida eclesial, 17,4 milhões para o património histórico, 10,2 milhões para as instituições académicas, 6,8 milhões para o desenvolvimento humano, 4,2 milhões para a Educação, Ciência e Cultura e 5,2 milhões para a Vida e Família.

As receitas, como já foi referido, ascendem a 52 milhões de euros, dos quais 48,4 milhões de euros são donativos. No ano passado, houve menos donativos (43,5 milhões de euros), mas as receitas, graças à venda de bens imobiliários, ascenderam a 107 milhões de euros. Curiosamente, há 3,6 milhões de euros de receitas provenientes de rendimentos financeiros.

Em termos de donativos, 31,2 milhões provêm da recolha direta pelas dioceses, 21 milhões de donativos privados, 13,9 milhões de fundações e 1,2 milhões de ordens religiosas.

Os principais países doadores são os Estados Unidos (13,6 milhões), a Itália (3,1 milhões), o Brasil (1,9 milhões), a Alemanha e a Coreia do Sul (1,3 milhões), a França (1,6 milhões), o México e a Irlanda (0,9 milhões), a República Checa e a Espanha (0,8 milhões).

O balanço do IOR

O IOR 13 milhões de euros para a Santa Sé, em comparação com um lucro líquido de 30,6 milhões de euros.

Os lucros representam uma melhoria significativa em relação aos 29,6 milhões de euros registados em 2022. No entanto, os valores devem ser comparados: variam entre os 86,6 milhões de lucro declarados em 2012 - que quadruplicaram o lucro do ano anterior -, 66,9 milhões no relatório de 2013, 69,3 milhões no relatório de 2014, 16,1 milhões no relatório de 2015, 33 milhões no relatório de 2016 e 31,9 milhões no relatório de 2017, até 17,5 milhões em 2018.

O relatório de 2019, por sua vez, quantifica os lucros em 38 milhões, também atribuídos ao mercado favorável.

Em 2020, o ano da crise da COVID, o lucro foi ligeiramente inferior, com 36,4 milhões.

Mas no primeiro ano pós-pandemia, um 2021 ainda não afetado pela guerra na Ucrânia, a tendência voltou a ser negativa, com um lucro de apenas 18,1 milhões de euros, e só em 2022 voltou à barreira dos 30 milhões.

O relatório IOR 2023 fala de 107 empregados e 12.361 clientes, mas também de um aumento dos depósitos de clientes: +4% para 5,4 mil milhões de euros. O número de clientes continua a diminuir (12.759 em 2022, mesmo 14.519 em 2021), mas desta vez o número de empregados também diminui: 117 em 2022, 107 em 2023.

Assim, a tendência negativa dos clientes mantém-se, o que nos deve fazer refletir, tendo em conta que o rastreio das contas consideradas não compatíveis com a missão do IOR foi concluído há algum tempo.

Agora, o IOR é também chamado a participar na reforma das finanças do Vaticano desejada pelo Papa Francisco. 

Jean-Baptiste de Franssu, presidente do Conselho de Superintendência, sublinha na sua carta de gestão os numerosos elogios que o IOR recebeu pelo seu trabalho em prol da transparência durante a última década e anuncia: "O Instituto, sob a supervisão da Autoridade de Supervisão e Informação Financeira (ASIF), está, portanto, pronto a desempenhar o seu papel no processo de centralização de todos os bens do Vaticano, de acordo com as instruções do Santo Padre e tendo em conta os últimos desenvolvimentos regulamentares.

A equipa do IOR está ansiosa por colaborar com todos os dicastérios do Vaticano, com a Administração do Património da Sé Apostólica (APSA) e por trabalhar com o Comité de Investimento para desenvolver ainda mais os princípios éticos do FCI (Faith Consistent Investment), em conformidade com a doutrina social da Igreja. É fundamental que o Vaticano seja visto como um ponto de referência".

O autorAndrea Gagliarducci

Evangelização

San Andrés Kim, primer sacerdote coreano, y compañeros mártires

Hace cerca de doscientos años, la tierra coreana fue escenario de una fuerte persecución de la fe cristiana, y miles de coreanos fueron martirizados. San Andrés Kim Taegón, sacerdote, fue uno de los 103 coreanos canonizados por san Juan Pablo II en 1984. En 2014, el Papa Francisco canonizó a 124, también en Seúl.

Francisco Otamendi-20 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: < 1 minuto

“En esta Audiencia quiero presentarles otro testigo del celo apostólico. Esta vez nos llega de tierras lejanas”, dijo el Papa Francisco. “Efectivamente, san Andrés Kim Taegón fue el primer sacerdote mártir de Corea. Hace doscientos años, hubo en aquel país una fuerte persecución, y no se podía confesar la fe abiertamente. Anteriormente fueron los laicos quienes evangelizaron Corea”, añadió.

“Su vida fue y sigue siendo un elocuente testimonio de celo por el anuncio del Evangelio». “Destaco dos escenas que nos dan prueba de este celo”, prosiguió.  “En la primera, vemos a san Andrés ante la dificultad de no tener más opción que encontrar a los fieles en público. Y lograr reconocerse sin que nadie se diera cuenta”. Resumió en dos palabras su identidad: ‘discípulos de Jesús’».

La sangre de los mártires

El 16 de mayo de 1984, a la vuelta de su viaje apóstolico a diversos países de Asia, san Juan Pablo II cifró en torno a diez mil los Mártires coreanos. Y dijo: “Al leer las «Acta martyrum» del siglo XIX en la tierra coreana, nos viene a la mente una estrecha analogía con el “Martyrologium romanum”. Las “grandes obras de Dios” per martyres se repiten en diversas épocas de la historia y en diversos lugares del mundo”.

En dos siglos de existencia, la Iglesia en Corea, añadió el Papa Juan Pablo II, “creciendo sobre la tierra hecha tan profundamente fértil por la sangre de los mártires, se ha desarrollado mucho. Actualmente cuenta con cerca de 1.600.000 fieles”, dijo, y «este desarrollo continúa. Dan testimonio de ello las numerosas conversiones y bautismos (…), el gran número de vocaciones sacerdotales y religiosas, la profunda conciencia católica de los laicos y su vivo compromiso apostólico”.

O autorFrancisco Otamendi

Cervantes, según Amenábar  

Aunque Amenábar se tome licencias históricas, la película muestra a un Cervantes que sobrevive al cautiverio gracias a su talento para narrar, transformando la adversidad en relato y anticipando su obra inmortal.

20 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 4 acta

Alejandro Amenábar tiene el don de fabricar polémicas con cada estreno. El último, «El cautivo», llega con esa impronta de escándalo servido en bandeja, pero bien se puede, antes de alzar banderas de  entusiasmo o de cruzada, detenerse en lo esencial: ¿funciona la  película como relato de ficción —resalto, de ficción— inspirado en hechos reales? Sí, y con holgura. 

El film recrea con notable acierto la atmósfera del cautiverio en Argel, ese microcosmos de comercio, trueques, renegados y cadenas. Conviene recordar que la tensión religiosa fue partitura  principal en todo el Mediterráneo, con dos imperios enfrentados  que hicieron del «Mare nostrum» su frontera y que se andaban  vigilando en cada costa; en Argel, sin embargo, lo que marcaba el  compás no era tanto la fe o la política como el lucro puro y duro: allí  todo eran rescates, negocio del corso, comercio de mercancía  robada y riqueza acumulada. Por eso su puerto no se detenía ni  siquiera en tiempos de tregua: mientras las cancillerías firmaban  armisticios, las galeras berberiscas seguían surcando el mar en  busca de cristianos que pudieran convertirse en moneda contante y sonante. El espectador respira la dureza del presidio y, al mismo  tiempo, la intensidad de las disputas entre fe y apostasía. En este escenario, Amenábar dibuja un Cervantes verosímil y magnético: el  prisionero manco es presentado como un narrador nato, capaz de transformar la miseria en relato y de cautivar a enemigos y compañeros con la fuerza de su palabra. No es poca virtud que, tras salir del cine, el espectador comprenda mejor por qué, incluso en  su encierro, Cervantes fuera conocido y respetado. 

Hay, además, hallazgos de filigrana: el guiño a la bacía de barbero o las sombras que prefiguran a don Quijote y Sancho son recursos  sutiles, que enlazan la biografía con el imaginario literario, pero  también la construcción en tiempo real de la novela del capitán  cautivo —que luego saldría inserta en el Quijote— como un relatillo  por episodios que el propio Cervantes contaba a sus compañeros  de presidio y en el que depuraba literariamente todo lo que  presenciaba. Esa transposición entre vida y obra es, quizá, lo más logrado del guión: el hecho de que Cervantes inventara ya, sin  saberlo, retales de su inmortal novela mientras lidiaba con la cadena  y la tortura. 

La cuestión de la relación homosexual entre Cervantes y su captor  merece mención aparte. No es novedad —se viene conjeturando  desde antiguo—, pero Amenábar la desempolva con la astucia de  quien sabe que pocas cosas venden más que poner al mito en apuros carnales. La película, incluso, pretende apuntalar esa  supuesta inclinación en una prehistoria que conviene desmentir: el  duelo de Cervantes con Antonio de Sigura no tuvo por causa libelos  contra López de Hoyos ni, mucho menos, andanzas equívocas entre  ambos. El motivo nunca se supo con certeza, aunque la hipótesis  más sólida es que se trató de un pleito de honor en defensa de su  hermana. Sépalo el espectador, para no confundir lo que ve en  pantalla con una fuente fidedigna: tanto ese duelo como la supuesta  relación homosexual son variaciones sobre la realidad, no apuntes  históricos. Con todo, en la cinta el asunto resulta tangencial, poco  más que un rumor de celda, y no debería eclipsar la verdadera  clave: mostrar cómo el relato de historias se convierte en asidero  frente a la opresión. Que Cervantes y su amo compartieran algo más  que palabras es, en la película, más provocación que tesis fundada.  Y aun concediendo la licencia —por licenciosa que sea— que se debe  a todo creador, no hay que olvidar que ningún encuentro de ese  tipo, en aquel contexto, podía ser libre ni simétrico: el cautivo  siempre está bajo amenaza de muerte, despojado de su voluntad y  sujeto, en todo caso, a la ley de la dominación. 

Quizá, donde la película más desentone no sea en la sugerida  inclinación homosexual, sino en el sesgo ideológico que va  reconduciendo la mirada del espectador hacia la dirección deseada. Desde la representación de Argel, no como el «purgatorio  en la vida, infierno puesto en el mundo» que cantó el propio autor sino como una urbe de placeres y libertades, en claro contraste con  una Castilla sombría, inquisitorial y ceniza; hasta la manera en que  se retrata la espiritualidad de Cervantes. Ahí es donde se yerra de  pleno. Que el cautivo musite un «i piccoli piaceri» cuando está a  punto de ser ahorcado, o que dialogue con el Bajá sobre la ausencia 

de Dios y del amor, como si de un par de existencialistas «avant la lettre» se tratara, son licencias que traicionan más que iluminan. Con  toda rotundidad: esas líneas jamás saldrían de un Miguel de Cervantes que se sabía hijo de su tiempo, marcado por la  religiosidad de la España de Felipe II y cuya fe fue, en mayor o menor grado, el sostén último de su resistencia. Aceptar una  relación homosexual en pleno presidio puede entenderse como  recurso dramático; atribuirle un descreimiento tan moderno es, en  cambio, una anacronía que deforma lo esencial. Pero no tiemblen demasiado los más puritanos. «El cautivo» nunca ha  querido ser un tratado de historia ni un volumen más de la «Topographia», sino una ficción, otra de tantas que revisitan el mito  cervantino desde un lugar u otro. En ese terreno, lo que a la postre  quiere lograr —y logra— Amenábar es convencernos de que Cervantes sobrevivió en buena parte gracias a su don de narrar, que  su palabra venció allí donde su cuerpo estaba sometido. Qué más  da, por tanto, el rigor histórico y la escrupulosa atención al detalle  ante tesis tan poderosa. La película, en fin, con todos sus excesos y  sus sesgos, termina por reforzar un aspecto fundamental, y con él  nos quedamos: que aquel manco de Lepanto, el «tal de Saavedra» fue, sobre todo y por encima de todo, el más libre y brillante de  todos los narradores.

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Evangelização

«La Plena»: una forma de evangelizar escuchando a los jóvenes

En la Iglesia rectoral de San Josemaría, un podcast y un “After” se han vuelto el puente para acercar a los jóvenes a Dios.

Redação Omnes-20 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: < 1 minuto

Las formas tradicionales de evangelización pueden resultar poco atractivas para muchos jóvenes. En la Iglesia San Josemaría en Samborondón se dieron cuenta de ello y, en lugar de crear un grupo de jóvenes “desde arriba”, decidieron preguntarles a ellos qué les gustaría hacer.

Tras un par de encuentros con los jóvenes de surgió una idea: crear un podcast en vivo: “no sería un programa directamente religioso, sino un diálogo entre dos anfitriones —una joven y yo, como cura— y un invitado, buscando esa visión ‘sobrenatural’ que interpele a los oyentes” explica Juan Carlos Vascónez, rector de la Iglesia.

Además, después de cada capítulo, organizarían un "After". Un espacio para que la gente conversara, se conociera y compartiera, generando así una verdadera comunidad. ¿El objetivo? Que jóvenes inquietos, con intereses amplios, encontraran un lugar de encuentro.

©Milton Torres

Esta semana llegan al octavo capítulo y el número de jóvenes que acuden sigue creciendo. El podcast se graba cada quince días, y en las semanas que no hay programa, organizan actividades de formación y ayuda social. “El trabajo ha sido intenso, pero ver el compromiso de estos chicos, y cómo el podcast se convierte en un medio para que las personas se acerquen a Dios, es una alegría inmensa” apunta Juan Carlos.

Vaticano

León XIV reivindica el voto de obediencia a pesar del riesgo de abusos

Durante una audiencia con varias órdenes religiosas, advirtió que, aunque hoy se vea como una renuncia a la libertad, bien vivida fortalece la fe, la fidelidad y la madurez comunitaria.

Javier García Herrería-20 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 2 acta

En un contexto en el que la Iglesia afronta el desafío de mantener el equilibrio entre la obediencia cristiana al superior y la prevención de abusos de poder y conciencia, el Papa León XIV destacó con valentía el profundo valor del voto de obediencia durante una audiencia con miembros de varias órdenes religiosas.

«La obediencia, en su significado más profundo de escucha activa y generosa de los demás, es un gran acto de amor por el cual aceptamos morir a nosotros mismos para que nuestros hermanos y hermanas puedan crecer y vivir», afirmó el Pontífice el 18 de septiembre, dirigiéndose a los líderes de las Hermanas Ursulinas de María Inmaculada, las Misioneras de la Preciosa Sangre, los Maristas y de los Frailes Franciscanos de la Inmaculada.

El Papa expresó su deseo de reflexionar sobre «la vital importancia de la obediencia como acto de amor en la consagración religiosa. Jesús nos dio un ejemplo de ello en su relación con el Padre: ´No busco mi voluntad, sino la voluntad del que me envió`”.

Ir contracorriente

Recordando a San Agustín, el Papa señaló que este gran Padre de la Iglesia definió la obediencia como «hija de la caridad». Asimismo, subrayó que, aunque hoy pueda resultar impopular hablar de obediencia porque se interpreta como una renuncia a la libertad, esa percepción es errónea.

«Hablar de obediencia no está muy de moda hoy en día porque se considera una renuncia a la libertad —dijo el Papa—. Pero no es así. Cuando se profesa y se vive con fe, la obediencia revela un camino luminoso de entrega que puede ayudar al mundo a redescubrir el valor del sacrificio, la capacidad de relaciones duraderas y la madurez en comunidad que va más allá de los sentimientos del momento, estableciéndose en la fidelidad».

Concluyó afirmando que «La obediencia es una escuela de libertad en el amor», alentando a las órdenes presentes a redescubrir la riqueza espiritual de este compromiso en la vida comunitaria y eclesial.

Mundo

Un grupo armado asesina a 22 personas en un bautizo en Níger

Hombres armados, vinculados a grupos yihadistas, masacraron a decenas de aldeanos reunidos en un bautizo en Níger.

Redação Omnes-19 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 2 acta

Al menos 22 personas murieron el lunes 15 de septiembre en un ataque perpetrado por hombres armados en motocicletas contra una ceremonia de bautizo en el oeste de Níger, según informaron residentes y medios internacionales. El asalto tuvo lugar en la aldea de Takoubat, en la región de Tillabéri, una zona fronteriza con Burkina Faso y Malí donde operan grupos yihadistas vinculados a Al Qaeda y al Estado Islámico.

De acuerdo con testigos citados por AFP y EFE, los atacantes abrieron fuego contra los asistentes al bautizo, matando a 15 personas, y después asesinaron a otras siete en las inmediaciones del pueblo. “Mientras la gente celebraba una ceremonia de bautizo, hombres armados abrieron fuego, sembrando muerte y terror”, denunció en redes sociales Maikoul Zodi, activista local de derechos civiles.

Las Fuerzas de Defensa y Seguridad (FDS) nigerinas desplegadas en la zona iniciaron una operación de persecución para tratar de capturar a los responsables. Las autoridades han confirmado el ataque, pero aún no han publicado un balance oficial de víctimas.

El asalto se produce apenas seis días después de una emboscada en la que murieron catorce soldados nigerinos en la misma región, mientras perseguían a un grupo de hombres armados que robaba ganado. Organizaciones de derechos humanos como Human Rights Watch han denunciado que desde marzo los grupos armados han intensificado sus ataques, asesinando al menos a 127 aldeanos y fieles musulmanes; además, viviendas han sido saqueadas e incendiadas.

Níger, gobernado desde julio de 2023 por una junta militar tras el derrocamiento del presidente Mohamed Bazoum, vive una espiral de violencia en el Sahel. Pese a que la junta prometió restaurar la seguridad, los ataques contra civiles y fuerzas de seguridad continúan aumentando.

Una coalición prodemocracia lanzada este mes en Niamey criticó el “fracaso” de las autoridades militares para frenar la inseguridad y exigió elecciones libres y el fin de las restricciones a los partidos políticos y sindicatos.

La región de Tillabéri se ha convertido en uno de los epicentros de esta violencia, con ataques indiscriminados que han dejado a las comunidades rurales sumidas en el miedo, el desplazamiento y la pérdida de medios de vida.

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Evangelização

San Genaro, venerado en Napolés por su sangre, y protector ante el Vesubio

Obispo y mártir del siglo III, la sangre de San Genaro se licúa tres veces al año en Nápoles. El primer sábado de mayo; el 19 de septiembre (memoria litúrgica del santo y fecha de su martirio) y el 16 de diciembre, cuando se conmemora la erupción del Vesubio, bloqueada tras la invocación a san Jenaro.

Francisco Otamendi-19 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 2 acta

Nacido en Nápoles, o quizás en Benevento, en la segunda mitad del siglo III, Genaro era obispo de la ciudad a los treinta años. Allí fue amado y respetado por todos, incluidos los paganos, por sus obras de caridad. Pero en el 303 los cristianos se convirtieron en el enemigo, y tuvo lugar su martirio, junto con otros seis cristianos, en Pozzuoli. Eran tiempos del emperador Diocleciano.

A la muerte de Genaro (con G o con J), como era costumbre durante la ejecución de los mártires, una mujer, Eusebia, recogió en dos ampollas la sangre derramada por el obispo, ya en olor de santidad. Se las entregó al obispo de Nápoles, que hizo construir dos capillas en honor de tales reliquias, según la agencia vaticana. La veneración al santo se fue difundiendo, y fue canonizado por Sixto V en 1586. En la notícias, su fiesta se celebra en Nápoles, en Nueva York (Little Italy), y muchos otros lugares.

La sangre se licúa tres veces al año

En cuanto a la reliquia de la sangre, se expuso por primera vez en 1305. Pero el milagro de que adquiera el estado líquido y parezca que está hirviendo, ocurrió por primera vez el 17 de agosto de 1389, tras una grave hambruna. 

Hoy el milagro se repite tres veces al año. El primer sábado de mayo, en memoria del primer traslado. El 19 de septiembre, en la memoria litúrgica del santo y la fecha de su martirio. Y el 16 de diciembre, en el que se conmemora la terrible erupción del Vesubio en 1631, bloqueada tras la invocación del santo.

Las dos ampollas están guardadas en un estuche en la Capilla de san Genaro, en la catedral de Nápoles. El arzobispo napolitano ha manifestado que “cada gota de esta sangre nos habla del amor de Dios”.

La liturgia celebra hoy, además, a los santos Francisco María de Camporosso, Alonso de Orozco, Carlos Hyon Song-mun, María de Cervelló y Teodoro de Canterbury, entre otros.

O autorFrancisco Otamendi

Educação

5 consejos para sobrevivir al inicio de curso

En el inicio de curso muchas veces cuesta hacerse con la rutina, pero es el momento ideal para organizarse y fortalecer la convivencia familiar. Javier Segura da 5 consejos para este fin.

Javier Segura-19 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 2 acta

Ahora que ya hemos aterrizado en el nuevo curso escolar y que empezamos de nuevo con la rutina, puede ser un bueno momento para plantearse algunas líneas educativas que podemos abordar este año. Van en la línea de hacer una buena planificación y de no dejar que los acontecimientos decidan por nosotros.

1. Ayuda a planificar bien las actividades y el estudio de tus hijos. Un buen horario ayuda a organizar la vida. Comprueba con ellos que es un horario equilibrado, en el que están incluidos también sus tiempos de deporte, expansión, cultivo de habilidades, vida espiritual, iniciativas de entrega a los demás…  

2. No lo llenes todo de actividades extraescolares. Deja espacio para que tus hijos jueguen libremente. Eso también es educativo. Genera vínculos con otros iguales, les facilita tener nuevas experiencias, desarrolla su creatividad. Los niños necesitan espacios libres para crecer y madurar.

3. Haz un propósito como familia de cómo vais a usar menos el móvil y los ordenadores para estar más tiempo juntos. ¡Hay que reconquistar nuestro espacio! Y esto, bien lo sabes, no es una cuestión solo de los adolescentes. También los adultos estamos enganchados y necesitamos un tiempo off-line. Planifícalo y no lo dejes solo en el cajón de las buenas intenciones.

4. Proponte hacer excursiones en familia a lugares interesantes, principalmente en la naturaleza. Te aseguro que es mejor que pasar la tarde del fin de semana en una gran superficie comercial. ¡Hay tantos lugares bellos por descubrir! Es un baño de cultura, naturaleza, conocimiento de nuestra tierra… a la vez que un tiempo de gran calidad en la convivencia familiar.

5. Cena siempre que puedas con tus hijos en familia para poder contaros (y escuchar) lo que les ha pasado durante la jornada. Seguro que aprendes muchas cosas y se facilita la comunicación para el futuro. Debería ser un tiempo sagrado para todos en la familia.

Como ves son consejos sencillos, pero te aseguro que si los pones en práctica y los planificas ahora que está iniciándose el curso, ocurrirán cosas maravillosas en tu familia.

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Cinema

La obra de ficción «El Cardenal» y los paralelismos con el Papa León XIV

La novela y la película ‘El Cardenal’ muestran la vida de un sacerdote estadounidense cuya historia resuena con la del actual Papa León XIV.

Onésimo Díaz-19 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 3 acta

En los últimos meses todos hemos oído hablar del cardenal Robert Prevost, alta jerarquía de la iglesia de origen norteamericano, elegido recientemente pontífice y que escogió el nombre de León XIV. Lo que no sabe mucha gente es que antes del cardenal Prevost hubo una película, basada en una novela, que tenía como protagonista a un cardenal también estadounidense. 

En mi libro Historia, cultura y cristianismo (1870-2020). Un relato a través de diez novelas y sus adaptaciones cinematográficas, dedico un espacio a reflexionar sobre la relación entre la religión, la literatura y el cine, destacando algunos ejemplos, donde el cristianismo se convierte en eje narrativo de obras modernas. Dentro de este análisis, la novela O Cardeal (1950) del norteamericano Henry Morton Robinson y la posterior adaptación cinematográfica dirigida por el judío Otto Preminger en 1963 ocupan un lugar importante.

La novela

La novela O Cardeal, publicada en 1950, se centra en la trayectoria vital y espiritual de Stephen Fermoyle, un sacerdote católico que asciende progresivamente dentro de la carrera eclesiástica hasta llegar al cardenalato. Robinson, que se documentó extensamente en la vida de figuras eclesiásticas de su tiempo (según algunos autores parece ser que se inspiró parcialmente en la vida del arzobispo de Nueva York, Francis Joseph Spellman), plantea un relato donde se entrecruzan los dilemas personales, las tensiones políticas y la misión pastoral de la Iglesia en un contexto marcado por guerras, totalitarismos y crisis sociales. La obra tuvo un gran impacto editorial porque acercaba al público lector la vida interior y exterior de un sacerdote en diálogo con los problemas del siglo XX.

Esta novela, que la revista Hora eligió como «el libro más popular del año”, debe entenderse dentro de la tradición literaria del catolicismo en el ámbito anglosajón, donde autores como Graham Greene o Evelyn Waugh también exploraron la tensión entre la fe y el mundo moderno. En este caso, Robinson opta por un enfoque más institucional, mostrando al sacerdote como figura pública que afronta decisiones de enorme repercusión histórica. Con ello, la obra se convierte en un testimonio de cómo la Iglesia católica buscaba mantener su relevancia en una época convulsa.

O filme

La película dirigida por Otto Preminger en 1963, inspirada en la novela, retoma gran parte de este contenido, pero lo presenta con el lenguaje cinematográfico propio de Hollywood. El film, protagonizado por Tom Tryon (Stephen Fermoyle), narra su formación sacerdotal, sus conflictos personales y sus responsabilidades en un mundo agitado por el nazismo, el racismo y las transformaciones sociales. Preminger, conocido por abordar temas controvertidos, utiliza la historia para plantear cuestiones de justicia, conciencia moral y compromiso religioso.

La película tiene un doble valor cultural. Por un lado, refleja cómo la industria del cine estadounidense de mediados del siglo XX podía aproximarse a temas católicos con seriedad, mostrando al sacerdote como un protagonista complejo, lejos de los estereotipos. Por otro, funciona como una ventana para comprender cómo la Iglesia era percibida en un contexto marcado por la Guerra Fría y el Concilio Vaticano II, que precisamente comenzaba en la época del estreno del film, con el papa Juan XXIII y después con Pablo VI. 

Paralelismos

Cabe destacar la dimensión pedagógica de estas obras. Tanto la novela como la película permiten al público general asomarse a los desafíos que un sacerdote enfrenta al tratar de vivir con coherencia su vocación en medio de presiones externas. El protagonista debe discernir constantemente entre obediencia eclesial, fidelidad a su conciencia y compromiso social, un tema que conecta directamente con la reflexión sobre el papel de los cardenales en la historia de la Iglesia. Hay un momento duro de la historia cuando el protagonista conoce a una mujer joven, inteligente y bella (interpretada por Romy Schneider), y se plantea dejar el sacerdocio, concediéndose unos meses de prueba en los que imparte clases de inglés en una institución educativa vienesa, cuando los nazis estaban a punto de controlar Austria. Pero reacciona y decide seguir adelante con su vocación sacerdotal. Preminger refleja verosímilmente estas peripecias, en las que el clérigo salió bien parado.

En conclusión, O Cardeal —tanto en su versión literaria como en su adaptación cinematográfica— constituye un ejemplo claro de cómo la cultura moderna ha representado la figura eclesiástica como mediadora entre fe y mundo. Al abordar cuestiones de poder, moral y espiritualidad, estas obras muestran la vigencia del cristianismo como tema cultural y narrativo en pleno siglo XX. Además, O Cardeal presenta algunos paralelismos con la vida del actual papa: procedente de una familia profundamente católica norteamericana, de origen social modesto, y con raíces europeas; carrera eclesiástica iniciada en Estados Unidos y culminada en Roma… No quiero hacer “spoiler”, pero vale la pena ver la película  sobresaliente de Preminger; y para los que les gusten los libros voluminosos y notables se puede leer la novela de Robinson. En este caso es mejor la película que la novela: la obra de Preminger la supera en belleza y ritmo. Y, por último, pero no menos importante, para aquellos interesados en entender estas obras en su contexto histórico pueden ver mi libro, en el que trato de otras nueve grandes obras del cine y de la literatura para comprender los últimos 150 de historia del mundo. Casi nada.

O autorOnésimo Díaz

Investigador da Universidade de Navarra e autor do livro História dos Papas no século XX

Salvar a los jóvenes de las pantallas: la misión de la gente que lee

La misión ineludible de los verdaderos lectores: despertar en los jóvenes la pasión por los libros y rescatarlos del dominio absorbente de las pantallas.

19 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 3 acta

En los colegios donde trabajo he visto adolescentes que leen. Existen. Sacan la novela en la hora de lectura, avanzan cuando están lesionados y no pueden hacer educación física. En el mejor de los casos, la rematan en la tarde, mientras esperan a que los vengan a buscar. En las tutorías que tengo con alumnos habitualmente rompo el hielo con este tema. (La Literatura es mi debilidad). Así he ido conociendo sus hábitos de lectura y con más de alguno nos hacemos amigos.

Frente a la pregunta: “¿Te gusta leer?”, algunos dicen que sí, y mucho, e incluso mencionan títulos sobresalientes. Pero son pocos. La mayoría responde algo como: “No soporto los libros obligatorios del plan lector, ahí busco resúmenes por Internet… pero a veces leo otras cosas por mi cuenta”. Ahí conectamos, y en cuanto mencionan títulos o personajes literarios ellos sonríen, respiran y una buena conversación empieza.

Pues bien, siguiendo la corriente a los adolescentes, he ido leyendo algunas de las novelas que ellos eligen por afición (acaso como parte de esos 5,5 libros que lee un chileno al año, según el reciente informe del Ministerio de las Culturas y del INE). Mi intención era hacerme una idea de su mundo y terminé disfrutando más que ellos: Maze Runner, Los Juegos del Hambre, Percy Jackson. Son novelas entretenidas, llenas de magia, fantasía o ciencia ficción que, efectivamente, aceleran el corazón y tienen fuerza suficiente como para iniciar a alguien en el hábito lector. Sin embargo, dejan con gusto a poco y a veces tienden a una brutalidad poco edificante.

“¿Te gustaría leer más?”, les pregunto luego. “Sí, pero las redes sociales me quitan demasiado tiempo”. Siempre terminamos ahí. Es ineludible. Haga lo que haga, la tutoría desemboca hacia la queja contra las pantallas, las dificultades para liberarse de sus tentáculos, las ganas de caminar ágiles, sin el peso de esa ancla de bolsillo. El móvil es el elefante en la cristalería de la educación. Por su culpa, la mente de los niños va perdiendo aptitudes para digerir historias más largas o menos adrenalínicas pero que ilustran zonas esenciales de la vida. Como se quejaba Gabriela Mistral en 1925, Chile es un “pueblo que busca la crónica violenta del delito, para recibir la sensación eléctrica, porque ignora el delicado estremecimiento de otras emociones”. En efecto, hoy los jóvenes beben abundante violencia en los best sellers: personajes que se ofrecen para competir en macabras competencias de vida o muerte, otros que luchan por su pellejo mientras intentan huir de un laberinto absurdo. Eso puede calificar como un inicio, no lo niego, pero temo advertir la posibilidad de que constituya también un techo.

¿Qué diría nuestra poetisa si estuviera entre nosotros? Probablemente esbozaría una discreta pregunta a los adultos: ¿En qué escala de prioridades ubican la formación de los niños? ¿Cómo les ayudan a ascender de la crudeza de Los Juegos del Hambre a la elegancia de un Verne, un Stevenson, un Tolstói? A continuación, quizá nos daría este consejo que esgrimió en 1935: “La faena en favor del libro que corresponde cumplir a maestros y padres es la de despertar la apetencia del libro, pasar de allí al placer del mismo y rematar la empresa dejando un simple agrado promovido a pasión”. De hecho, en el mismo escrito añadía que el desafío del educador consiste en: “Hacer leer, como se come, todos los días, hasta que la lectura sea, como el mirar, ejercicio natural, pero gozoso siempre. El hábito no se adquiere si él no promete y cumple placer”. Aquí está la clave para nuestra Premio Nobel: a leer se aprende disfrutando, y el niño necesita al adulto para que lo oriente.

La tarea de los educadores, por tanto, no consiste en exigir a sus alumnos un cierto número de libros leídos, o aspirar a superar el promedio de 5,5 libros anuales con cualquier título, sino en invocar la propia experiencia como lectores, irradiar ganas, compartir la enorme felicidad que recibimos de la creación literaria. Sin embargo, motivar es un desafío arduo, por la cantidad de zarzas que cubren la tierra. El enemigo principal, decíamos, es el teléfono: los niños tienen un aparato que diezma su atención, además durante el día y la noche, sin darles tregua, sin dejarles profundizar en nada, alejándolos de los clásicos de la Literatura.

En este sentido, la labor de los padres y profesores es más meritoria que antes: a ellos toca convencer por atracción, magnetismo, entusiasmo irresistible. Ya no basta con el docente normal, ahora necesitamos al héroe. Son urgentes esos hombres y mujeres con vocación de alentar a los pequeños para que saboreen las riquezas del folclor, el cuento, la novela, el buen ensayo. Hacer eso, sin duda, es mucho más difícil que cumplir una meta de cierto número de libros leídos al año. Pues solo consigue infundir el afecto por los libros aquél que, uno, ama los buenos libros y, dos, acompaña a los jóvenes en su lucha contra las distracciones. En último término, ellos quieren leer más, pero necesitan nuestra ayuda para lograrlo.

O autorJuan Ignacio Izquierdo Hübner

Advogado pela Pontifícia Universidade Católica do Chile, licenciado em Teologia pela Pontifícia Universidade da Santa Cruz (Roma) e doutorado em Teologia pela Universidade de Navarra (Espanha).

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Sacerdote SOS

DNS europeos: blindaje contra amenazas digitales

El robo de datos informáticos o los fraudes son una realidad con la que parroquias y sacerdotes también conviven cada día. Para evitarlos, es muy útil conocer el funcionamiento de los DNS y evitar problemas en la navegación por Internet.

José Luis Pascual-19 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 2 acta

En Internet, casi todo empieza con una consulta al Sistema de Nombres de Dominio (DNS). Este sistema traduce nombres como www.vatican.va en direcciones IP numéricas que los ordenadores necesitan para comunicarse. 

El riesgo de un punto de entrada vulnerable

O malware (software malicioso) y el spam (correo basura) no son meras molestias: pueden robar datos, secuestrar archivos o comprometer la privacidad de comunidades religiosas. Como todo tráfico en la red comienza con una consulta DNS, si un atacante controla ese punto puede redirigir al usuario a páginas falsas, instalar virus o facilitar el envío masivo de correos fraudulentos.

Qué está haciendo la Unión Europea: “El proyecto DNS4EU"

La Comisión Europea y la Agencia de la Unión Europea para la Ciberseguridad (ENISA) han lanzado DNS4EU, un resolutor que:

-Aumenta la seguridad: bloquea dominios con malware, phishing o spam.

-Protege la privacidad: no comercializa ni almacena consultas innecesariamente.

-Garantiza resiliencia: mantiene el servicio activo incluso ante ataques masivos.

Las listas negras de DNS4EU se actualizan en segundos. Si un dominio empieza a distribuir malware, puede ser bloqueado en toda la red DNS4EU numa questão de segundos.

Cómo funciona el filtrado

Cuando un dispositivo de una parroquia consulta una dirección, el resolutor DNS:

-Recibe la petición (¿Cuál es la IP de mail.parroquia.net?).

-Comprueba si el dominio figura en bases de datos de amenazas.

-Responde con la IP legítima si es seguro, o bloquea/redirige si es peligroso.

Este filtrado ocurre en microsegundos y no ralentiza la navegación.

Beneficios para la Iglesia

Las parroquias, diócesis y comunidades religiosas también son objetivo de ciberdelincuentes. Algunos ataques reales incluyen:

-Phishing a sacerdotes para robar contraseñas.

-Ransomware que cifra documentos diocesanos y exige un rescate.

Spam enviado desde direcciones legítimas para engañar a fieles.

Usar resolutores DNS seguros puede prevenir que el ordenador de la secretaría parroquial o el portátil personal de un sacerdote conecten siquiera con los servidores donde se aloja el malware. Es una defensa proactiva: el ataque se corta antes de que llegue al dispositivo.

Privacidad y datos sensibles

Los DNS gratuitos de grandes corporaciones pueden registrar hábitos de navegación. Aunque no recojan el contenido, sí muestran patrones de actividad.

Los resolutores europeos como DNS4EU se rigen por el Reglamento General de Protección de Datos (RGPD), lo que garantiza que las consultas no se utilicen con fines comerciales ni se almacenen innecesariamente. Esto ofrece una capa de protección de la privacidad especialmente valiosa para entidades religiosas que manejan datos sensibles de fieles y actividades pastorales.

Cómo implementarlo en una parroquia o comunidad

Dispositivo: en las opciones de red de un ordenador o teléfono se pueden introducir las direcciones IP del resolutor DNS4EU (publicadas en su web oficial).

Router: basta cambiar la configuración para que toda la red parroquial use el DNS seguro. Esto protege automáticamente a todos los dispositivos conectados.

Además, el uso de protocolos cifrados como DNS over HTTPS (DoH) o DNS over TLS (DoT) evita que las consultas DNS viajen “en claro” por la red, dificultando que un atacante pueda espiarlas o manipularlas.

Una defensa pastoral también

En el siglo XXI, cuidar el rebaño incluye también proteger sus datos y comunicaciones. Así como se cierran las puertas de la iglesia por la noche o se instalan cerraduras en la sacristía, hoy es prudente levantar “cerraduras digitales”. Contar con un sistema que detecta y bloquea amenazas antes de que entren en contacto con nuestros dispositivos es una obra de prudencia… y de caridad pastoral.

Vaticano

Un vistazo a la primera entrevista del Papa León XIV: pistas sobre su  pontificado 

Elise Ann Allen, periodista de Crux, publica hoy, 18 de septiembre, un libro que contiene la primera entrevista a León XIV. En ella, el Papa comparte su visión sobre los desafíos del papado y numerosas cuestiones de la actualidad de la Iglesia.

Paola Arriaza-Flynn-18 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 9 acta

En su primera entrevista como Pontífice contenida en el libro «León XIV: Ciudadano del mundo, misionero del siglo XXI», el Papa trazó un posible mapa para navegar su pontificado. A escasos cuatro meses de su elección, el Papa decidió sentarse con la periodista Elise Ann Allen, corresponsal de Crux, y ofrecer su perspectiva sobre los  temas más punzantes de la labor actual del sucesor de San Pedro: sobre el rol de Sumo Pontífice, su tarea como mediador o voz moral en un mundo atestado de conflictos bélicos, su relación con el liderazgo de la Iglesia en su país de origen, su postura ante los  controvertidos temas del Sínodo sobre a sinodalidade –como “la exigencia del reconocimiento del matrimonio homosexual”- la pregunta ante la celebración de misa tridentina y la situação financeira de la Santa Sede. Entre otros temas, el Pontífice confirmó con sus palabras que su afán ecumenista le llevará a Nicéia a finales de noviembre.  

Desde el inicio de su pontificado, León XIV ha advertido de la gran herramienta y el gran reto que es la Inteligência Artificial en nuestros tiempos, una de las motivaciones para elegir el nombre de León XIV, aludiendo a la respuesta de León XIII ante la revolución industrial.

En la entrevista, el Papa expresó su opinión ante el peligro de que la inteligencia artificial sustituya a la verdad y comentó una anécdota en la que él mismo fue víctima de una falso. Tras responder sin mucha duda ante las preguntas de la periodista, el mismo Pontífice añadió un toque único al concluir: “duermo bien, siento mucho la presencia del Señor, el Espíritu Santo está conmigo”.  

El papel del Sumo Pontífice, relaciones bilaterales y multilaterales de la Santa Sede

“¿Cómo fui elegido para este cargo, para este ministerio? Por mi fe, por lo que he vivido, por mi comprensión de Jesucristo y del Evangelio”, con estas palabras explicó el Santo Padre aquello que más de 250.000 personas atestiguaron en la Plaza de San Pedro, donde, desde la vía de la Conciliazione, me encontraba reportando en directo para EWTN durante el habemus papam que nos erizó a todos la piel. Entre reporteros de grandes cadenas como Fox News, CNN y ABC News, los corresponsales de medios católicos compartían el peso de esas palabras: el peso que el anillo del Pescador tendría en el anteriormente cardenal Prevost.

“Dije que sí, estoy aquí. Espero ser capaz de confirmar a otros en su fe, porque ese es el papel fundamental que tiene el sucesor de Pedro”, explicó el Pontífice en su primera entrevista. Con ello, estableció las prioridades de su pontificado: llevar el Evangelio a los confines de la tierra.

Cuando se le preguntó si el Vaticano sería mediador en el conflicto en Ucrania explicó que el Vaticano ya se había ofrecido en diversas ocasiones como sede de negociaciones, sin embargo – y muy importante- añadió: “Yo haría una distinción entre la voz de la Santa Sede que aboga por la paz y un papel como mediador, que creo que es muy diferente y no es tan realista como lo primero”.

Clarificó que, según su entendimiento del  pontificado, el papel del Papa hoy, en este tiempo, es principalmente el de “anunciar la Buena Nueva, predicar el Evangelio”. De ello se entiende que el Papa alce la voz por la paz, ya que los valores que la Iglesia promueve cuando se trata de crisis mundiales “no surgen de la nada, provienen del Evangelio. Vienen de un lugar que deja muy claro cómo entendemos las relaciones entre Dios y nosotros, y entre nosotros”. El Pontífice declaró decisivamente: “No veo que mi papel principal sea el de tratar de ser el solucionador de los problemas del mundo”.

En cuanto al conflicto en Oriente Medio, cuando se le preguntó sobre qué espacio tiene el diálogo en este momento entre Gaza e Israel, el Santo Padre admitió la dificultad de esta pregunta y subrayó el papel que Estados Unidos es muy grande cuando se trata de “presionar a Israel”. Aunque admitió no conocer la respuesta, aseguró que una cosa es cierta: además de resolver el urgente problema de la hambruna, existe el reto de llevar la asistencia médica a una situación que ha sido descrita por distintas organizaciones internacionales como “genocidio”. Sin embargo, confirmó que la Santa Sede no cree que puedan hacer una declaración oficial al respecto en este momento.

El Papa subrayó que el presidente Donald Trump ya ha hecho una aproximación a posibles soluciones, sin embargo, expresó su preocupación ante la falta de “una respuesta clara en términos de encontrar formas efectivas de aliviar el sufrimiento de la gente en Gaza». La periodista preguntó al Papa si tiene planificada una reunión con el presidente de Estados Unidos, a lo que contestó: “Creo que sería mucho más apropiado que el liderazgo de la Iglesia en Estados Unidos se comprometiera con él, muy seriamente.”

Con estas palabras subrayó un aspecto esencial sobre la manera en la que, posiblemente, gestionará algunas de las conversaciones con las cabezas de estado, detallando que la labor del Nuncio apostólico y de la Conferencia Episcopal será muy fuerte en cada país cuando se trate de estos temas. Agentes locales con conocimiento local, esta parece ser su aproximación a los debates que se sostienen dentro del país, como es el caso de la inmigración, a la que hizo referencia al citar la carta que el Papa Francisco envió a la Conferencia Episcopal de Estados Unidos al final de su pontificado.  

No es posible ignorar la fuerza que tiene el hecho de que el Papa León XIV es el primer Papa estadounidense, por lo que, durante la entrevista. se le preguntó si esto podría marcar una diferencia o amplificar su voz cuando se dirija al país. El Pontífice hizo referencia inmediatamente a la Conferencia Episcopal Estadounidense cuando dijo: “Espero que a la larga marque una diferencia con los obispos de Estados Unidos… El hecho de que yo sea estadounidense significa, entre otras cosas, que la gente no puede decir, como lo hicieron con Francisco, «él no entiende a Estados Unidos, simplemente no ve lo que está pasando»”.

Declarándose plenamente norteamericano, fan de los White Sox, dijo que se sentía  “plenamente estadounidense” pero que amaba mucho al pueblo de Perú y que ese amor forma una parte muy grande de su identidad. Con ello, admitió una comprensión de la vida de la Iglesia en América Latina, que yo interpreto como un aspecto que tendrá gran peso en la forma en la que se dirija al público internacional.

Una definición de la sinodalidad, la pregunta por la ordenación femenina, la pastoral  LGBTIQ+ 

Durante la entrevista el Pontífice ofreció una definición de la sinodalidad. Explicó que es  una “una actitud, una apertura, una voluntad de entender” a través del diálogo, que constituye un método importante de cómo vivir la misión de la Iglesia.

El Papa admitió que algunos obispos o sacerdotes se habían sentido amenazados por el desarrollo de esta escucha: «La sinodalidad va a quitarme autoridad», citaba. Una respuesta punzante: “De eso no trata la sinodalidad, y tal vez su idea de lo que es su autoridad está un poco desenfocada, equivocada. Creo que la sinodalidad es una forma de describir cómo podemos unirnos y ser una comunidad y buscar la comunión como Iglesia”.

Sin embargo, la aclaración más importante sobre la sinodalidad, en mi opinión, que hizo durante esta entrevista, es la siguiente: “No se trata de intentar transformar la Iglesia en una especie de Gobierno democrático”. Una declaración que, sin duda, recuerda su respeto a la jerarquía de la iglesia, la tradición y la doctrina, que es base y sustento de la Iglesia. Es decir, parece que el Pontífice intentaba decir que la metodología sinodal no es más que un proceso de escucha de las necesidades de la Iglesia en distintas partes del mundo y que aún queda mucho por hacer en ese sentido.

Algunos de los temas que se trajeron a colación durante el Sínodo de la Sinodalidad, fueron la gestión de la pastoral LGBTIQ+. Cuando se le preguntó cómo abordaría el tema dijo: “No  tengo un plan en este momento” y subrayó que es un tema altamente polarizador dentro de la Iglesia, a lo que añadió “en este momento de la historia, estoy tratando de no seguir promoviendo la polarización en la Iglesia”.

Sin embargo, fue muy claro cuando dijo: “Me parece muy improbable, ciertamente en un futuro cercano, que la doctrina de la Iglesia cambie en términos de lo que enseña sobre la sexualidad y el matrimonio”.

Fue aquí cuando el Pontífice hizo una apología al matrimonio: “la familia es un hombre y una mujer en un compromiso solemne, bendecidos en el sacramento del matrimonio”. El Pontífice expresó su preocupación por el apoyo a la “familia tradicional”. Padre, madre e hijos, detalló. Explicó que éste es el bloque de construcción básico que ha sido atacado en las últimas décadas.

Confesó que en su propia vida la influencia de su familia ha sido clave al moldear la persona que él es: “Yo soy quien soy porque tuve una relación maravillosa con mi padre y mi madre. Tuvieron una vida matrimonial muy feliz durante más de cuarenta  años”.

Además, añadió que es consciente del panorama en el que existe una presión por la  aprobación del matrimonio homosexual o el “reconocimiento de las personas trans”, a lo que respondió que las personas serán «aceptadas y recibidas” en la Iglesia, que los sacerdotes escucharán confesiones “de todo tipo de personas”, pero que “la enseñanza de la Iglesia continuará como está”. 

Sobre la ordenación de las mujeres diaconisas explicó que no tiene intención de cambiar la doctrina de la Iglesia sobre este tema, pero que está dispuesto a seguir escuchando las conclusiones de los grupos de estudio, como el del Dicasterio para la Doctrina de la Fe.

Pocas palabras sobre la misa tridentina  

En respuesta a la pregunta a las “muchas cartas” que han llegado al Vaticano en torno a la “misa en latín”, el Pontífice respondió con naturalidad: “Bueno, se puede decir misa en latín ahora mismo. Si es el rito del Vaticano II, no hay problema. Obviamente, entre la misa tridentina y la misa del Vaticano II, la misa de Pablo VI, no estoy seguro de hacia dónde va a ir eso. Es obviamente muy complicado”.  

Añadió que la complicación surge de que, en su opinión, el tema se ha convertido en una herramienta política. Admitió que espera poder conversar con un grupo de personas que abogue por el rito tridentino para sentarse y hablar sin que la conversación se convierta en una sobre ideologías. Porque, según ha expresado desde el inicio de su pontificado, la unidad y comunión en la Iglesia es para él una prioridad.  

Las reformas a continuación de Praedicar Evangelium y la situación financiera de la Santa Sede 

El Pontífice explicó que la finalidad de Praedicar Evangelium era poner a la Santa Sede al servicio del ministerio del Papa y de los obispos locales y encontrar una manera de organizar la Santa Sede para que esté al servicio del pueblo de Dios. Sin embargo, admitió que la Santa Sede es una organización humana y que por ello tiene “aspectos a mejorar”. Aspectos que hemos visto acentuados en escándalos financieros, como el de la compraventa de un inmueble en Sloane Avenue, que resultó en una pérdida de más de 100 millones de euros para la Santa Sede.

El mismo Pontífice hizo referencia a este caso: “Tenemos que evitar las malas decisiones que se tomaron en los últimos años. Se le dio gran publicidad a la compra de este edificio en Londres, en Sloane Avenue, y cuántos millones se perdieron por eso”.

Sobre la situación financiera de la Santa Sede el Papa explicó que “varias unidades  financieras de la Santa Sede están funcionando bien” y citó el informe de 2024 de la Administración del Patrimonio de la Sede Apostólica. Con optimismo admitió que no cree que la crisis financiera haya terminado, pero que es un tema que no le “quita el sueño”, e  invitó al mismo Vaticano a cambiar la narrativa para que la Santa Sede sea de nuevo  atractiva para quienes quieran aportar donaciones. Es decir, ofrecerles la seguridad de que el dinero concedido será bien gestionado.

Explicó que al decir que “el Vaticano a menudo ha dado el mensaje equivocado” no está invitando a cambiar el mensaje solo por cambiarlo, sino a mostrar con más fuerza que existe una cierta estabilidad.

Por el momento, concluyó que su reforma, ahora, se enfocará en otro tema: consistirá en mejorar la comunicación entre dicasterios, para que no ejerzan un trabajo aislado sino en cooperación, algo que ya consideraba importante desde su tiempo como cabeza del dicasterio para los obispos.  

El ecumenismo: un viaje a Nicea, Turquía 

“Una de las heridas más profundas en la vida de la Iglesia actualmente es el hecho de que como cristianos estamos divididos”, con estas palabras, el Papa repitió que uno de los objetivos de la Iglesia hoy en día debe ser la unidad. Para materializar esta propuesta, aseguró que uno de sus proyectos es la celebración del 1700 aniversario del Concilio de Nicea: “Yo estoy muy interesado en esto y, con suerte, iré a Nicea a finales de noviembre”. Lo que, según la propuesta de Francisco, sería una reunión con el Patriarca de Constantinopla, Bartolomé, se ha convertido en una petición por parte de León XIV de extender la invitación a “líderes de muchas diferentes religiones o comunidades cristianas”.

Lo siguiente en su agenda: “encontrar una fecha común para la Pascua”. El Pontífice  admitió que se han dado algunos pasos para ello, sin decir si se ha logrado un progreso o no. Definitivamente, será un tema bajo estudio en el Vaticano.  

La inteligencia artificial: falsificações profundas  

“Va a ser muy difícil descubrir la presencia de Dios en la IA”, admitió el Papa León en su entrevista. Sin presentar un tono pesimista, celebró los grandes avances de esta tecnología y el impacto que podría tener en el campo de la medicina. Sin embargo, admitió que le preocupa el tema de la verdad y el impacto que la creación de un “mundo falso” tendría en  la población mundial.

¿Encontrar a Dios en la Inteligencia artificial? El Papa explicó que “en las relaciones  humanas, podemos hallar al menos signos de la presencia de Dios”, en el respeto mutuo, en el trabajo por la paz, que según el Papa, son valores que surgen “de una comprensión real del maravilloso regalo que Dios nos dio como seres humanos”. León añadió que, en este caso, es tarea de la Iglesia alzar la voz, porque si no lo hace, ella misma se convertirá en “un peón más”.

El Papa relató una anécdota sobre lo que denomina ese mundo falso y el peligro de los falsificações profundas: “Un día, hablando con alguien, me preguntaron: «¿Estás bien?». Y yo dije: «Sí, estoy bien, ¿por qué?». «Bueno, te caíste por un tramo de las escaleras». Yo dije: «No, no me caí», pero había un vídeo en alguna parte donde habían creado un Papa artificial, a mí, cayendo por un tramo de unas escaleras mientras caminaba, y aparentemente era tan bueno que pensaron que era yo”.  

Sobre su identidad 

La entrevista reveló rasgos fascinantes sobre su identidad. El Papa León XIV se presentó como un hombre que valora la privacidad y admitió que ese fue uno de los aspectos que más sufrimiento le causó en el momento de su elección: “Francamente, no es nada fácil renunciar a todo lo que eras y tenías en el pasado y asumir un rol que es de veinticuatro horas al día, básicamente, y tan público. Se sabe todo sobre mí, pasado, presente, etcétera, y las responsabilidades y la misión en sí”, dijo. Admitió que asumir el papado ha sido para él una peregrinación entre “la muerte y la vida”, una imagen típica de este año jubilar.

Tras citar, en múltiples ocasiones, a su predecesor, el Papa Francisco, el Papa León XIV recordó un momento que se vivió muy intensamente aquí en Roma: la última aparición de Francisco en la logia central de la Basílica de San Pedro el día de la Pascua de Resurrección. Su dificultad para hablar, razón por la que no leyó su propio discurso, en el que él expresaba con decisión que no estamos hechos para la muerte sino para la vida eterna y que la Resurrección de Cristo es prueba de ello. Palabras que escuchamos muchos periodistas en esa ocasión y que conservo en mi mente con gran afecto…

En definitiva, su mensaje ha tenido gran impacto en el actual Pontífice, pero las reformas e iniciativas que León XIV lleve a cabo como el nuevo sucesor de San Pedro serán muy suyas. Las decidirá, con la libertad y responsabilidad que tal cargo le otorga. Veremos la huella de su fe, de lo que ha vivido, su comprensión de Jesucristo y del Evangelio.

O autorPaola Arriaza-Flynn

Corresponsal en el Vaticano para el programa «Noticias» de EWTN Español. Recientemente presentó la cobertura en directo del cónclave y la elección del papa León XIV. Antes de incorporarse a EWTN, fue corresponsal en el Vaticano para NBC Telemundo News. Se licenció en Periodismo y Filosofía por la Universidad de Navarra, España.

Vaticano

El Papa rechaza la idea de un “Papa virtual” y explica su visión de la IA

El Papa León XIV ha declarado que una propuesta para crear una versión de él basada en inteligencia artificial, para que la gente pueda tener una audiencia virtual con el Papa, prácticamente le horrorizó. Así lo ha señalado en una entrevista con Elise Ann Allen, periodista y escritora, para Crux.

CNS / Omnes-18 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 2 acta

– Cindy Wooden, CNS

León XIV ha señalado que le horroriza una propuesta para crear una versión de él basada en inteligencia artificial, un “Papa virtual”. “Si hay alguien que no debería ser representado por un avatar, yo diría que el Papa está en lo más alto de la lista”. Así se ha expresado en una entrevista con Elise Allen, hablando sobre IA (Inteligencia artificial), entre otras cosas.

O entrevista de Allen del 30 de julio con el Papa León es el último capítulo de su biografía, “León XIV: Ciudadano del mundo, misionero del siglo XXI”. Ha sido publicada en español por Penguin Perú el 18 de septiembre. El texto, en inglés y español, fue entregado a los periodistas.

El Papa León dejó clara su preocupación por los posibles peligros de la inteligencia artificial (IA) tras su elección a principios de mayo. Y ha dado algunos ejemplos concretos de por qué.

Un yo artificial: «no voy a autorizarlo”

“Recientemente, alguien pidió autorización para crear un yo artificial para que cualquiera pudiera acceder a este sitio web y tener una audiencia personal con ‘el Papa’”, le contó a Allen. “Este Papa con inteligencia artificial les daría respuestas a sus preguntas, y yo dije: ‘No voy a autorizarlo’”.

Es cierto que la creatividad humana puede ser asombrosa y la inteligencia artificial ya ha demostrado su utilidad en algunos campos. Pero «existe un peligro en esto, porque terminas creando un mundo falso y luego te preguntas, ¿cuál es la verdad?”.

Impacto en la dignidad humana y en el empleo

En el centro de su preocupación, dijo el Papa, está el impacto de la IA en la dignidad humana y en el empleo.

“Nuestra vida humana tiene sentido no gracias a la inteligencia artificial”, afirmó. «Sino gracias a los seres humanos y al encuentro, al estar unos con otros, a crear relaciones y a descubrir en esas relaciones humanas también la presencia de Dios”.

“El peligro es que el mundo digital siga su propio camino y nos convirtamos en peones o quedemos abandonados al camino”, sobre todo en lo que respecta al empleo, afirmó.

La dignidad humana tiene una relación muy importante con el trabajo que realizamos”, dijo el Papa. “El hecho de que podamos, gracias a los dones que hemos recibido, producir, ofrecer algo al mundo y ganarnos la vida” es un signo de dignidad humana.

El Papa León dijo que cree que se avecina una crisis por la falta de suficientes empleos decentes para la gente debido a la tecnología y la inteligencia artificial.

Puede haber un problema enorme en el futuro

“Si automatizamos el mundo entero y solo unas pocas personas tienen los medios para no solo sobrevivir, sino vivir bien, tener vidas significativas, habrá un gran problema. Un problema enorme en el futuro”, dijo.

“Esa fue una de las cuestiones que me rondaron la cabeza al elegir el nombre León”, dijo el Papa. Su elección rindió homenaje al Papa León XIII, autor de la encíclica ‘Rerum Novarum’. En ella abordó cuestiones laborales y los derechos de los trabajadores durante la Revolución industrial.

Relación entre ciencia y fe

“La Iglesia no está en contra de los avances de la tecnología, en absoluto”, dijo, pero también insiste en mantener una relación entre fe y razón, y ciencia y fe.

“Creo que perder esa relación dejará a la ciencia como un cascarón vacío y frío que dañará gravemente la esencia de la humanidad”, dijo el Papa León. “Y el corazón humano se perderá en medio del desarrollo tecnológico, como sucede actualmente”.

O autorCNS / Omnes

Espanha

El Papa recibe al comisario pontificio para Torreciudad

Pocos días después de que el obispo de Barbastro Monzón volviera a poner la situación del templo y su entorno en el foco mediático, León XIV ha recibido en audiencia a mons. Alejandro Arellano Cedillo.

Maria José Atienza-18 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 2 acta

León XIV ha recibido esta mañana en audiencia a Mons. Alejandro Arellano Cedillo, decano del Tribunal de la Rota Romana quien, desde octubre de 2024, ejerce como comisario pontificio plenipotenciario para dirimir la cuestión abierta entre la prelatura del Opus Dei y el obispo de Barbastro Monzón sobre Torreciudad.

Se trata de la segunda audiencia en poco más de tres meses, ya que el pasado 3 de junio, mons. Alejandro Arellano también fue recibido por el pontífice en audiencia.

Además, a finales del mes de agosto de 2025, este español fue nombrado por el Papa León XIV como miembro del Dicastério para o Clero, el organismo encargado de acompañar, formar y supervisar a sacerdotes y diáconos a nivel mundial y organismo de la Santa Sede bajo el que está la prelatura del Opus Dei tras el cambio realizado por el Papa Francisco con el Motu Proprio Ad charisma tuendum.

Torreciudad, últimos días en el centro mediático

El alcance de este encuentro no ha trascendido, si bien, hace pocos días, el 8 de septiembre, mons. Ángel Pérez Pueyo, obispo diocesano de Barbastro Monzón, protagonizó un nuevo capítulo en el desarrollo del proceso, iniciado en julio de 2023, cuando, en la homilía de las fiestas patronales de Barbastro centró sus palabras en el estado de Torreciudad dando a entender su negativa a una posible decisión de la Santa Sede que no contemplase las principales demandas del obispo.

Cinco días más tarde, la explanada de Torreciudad acogió la 33ª Jornada Mariana de la Familia en la que participaron 6.000 personas procedentes de toda España y cuya misa central estuvo presidida por Ignacio Barrera, Vicario regional del Opus Dei.

Decisión en manos de la Santa Sede

Desde que, en julio de 2023, al nombramiento del rector de Torreciudad, de manera unilateral por parte del obispo de la diócesis de Barbastro Monzón, la situación de Torreciudad y todo el complejo que la forma ha estado inmersa en un complicado proceso.

En octubre de 2024, el Papa Francisco nombró a Alejandro Arellano Cedillo, decano del Tribunal de la Rota Romana comisario plenipotenciario con el objetivo de que fuera este jurista el encargado de dirimir una solución para un tema, al que se han ido sumando diferentes peticiones por parte del obispo de Barbastro así como diferencias de criterio con respecto al acuerdo entre la prelatura del Opus Dei y la diócesis aragonesa.

O último comunicado del Opus Dei data de junio de 2025 cuando, desmintió los rumores de un supuesto acuerdo entre la prelatura del Opus Dei y la diócesis de Barbastro-Monzón en relación a Torreciudad y manifestaba estar a la espera de la decisión del Vaticano.

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Evangelização

Santos Estanislao Kostka, José de Cupertino, y mártires de Uganda

El Papa León XIV encomendó ayer “Polonia y la paz mundial” a san Estanislao Kostka. Además, pidió en la Audiencia que este joven de 18 años sea “ejemplo e inspiración en la búsqueda de la voluntad de Dios y en el valiente cumplimiento de su vocación”. El 18 de septiembre se celebra también a san José de Cupertino y dos mártires de Uganda.

Francisco Otamendi-18 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 2 acta

El Papa se dirigió en especial a los fieles de lengua polaca, y a “las nuevas generaciones de creyentes”, pero a mensagem fue para todos ayer en San Pedro. Que san Estanislao Kostka sea “ejemplo e inspiración” al buscar la voluntad de Dios. 

La liturgia celebra hoy a este joven novicio, “patrono de su patria y de los jóvenes”, que no llevaba ni un año de jesuita cuando murió. Aunque su fiesta universal es el 15 de agosto, también se celebra el 18 de septiembre en algunos lugares, especialmente en Polonia, de donde es patrono. 

Premonición de que moriría el 15 de agosto

Estanislao de Kostka (Stanislaw Kostka, 1550-1568) “es conocido por su santidad juvenil y su decisión férrea de seguir la llamada de Dios a pesar de los obstáculos que ponía su familia”, según la Sítio Web dos Jesuítas, donde pueden leer su vida. 

A principios de agosto de 1568 tuvo una premonición de que moriría pronto. El 14 de agosto dijo al enfermero que moriría al día siguiente. Nadie le creyó, pero a las tres de la mañana de la fiesta de la Asunción, 15 de agosto, anunció que María se le acercaba rodeada de ángeles, para llevarle al cielo y en seguida murió.

Fraile napolitano 

San José de Cupertino, o Copertino, (1603-1663), nacido José María Desa, fue fraile napolitano. Desde joven mostró tener escasas dotes intelectuales. Superando muchas dificultades ingresó en la Orden de los franciscanos conventuales y pudo llegar al presbiterado. Se dice de él que los fenómenos místicos de orden corporal alcanzaron un carácter notorio, en particular la levitación. 

O Martirologia Romano resalta su humildad y caridad. “En Osimo, en la región Picena, en Italia, san José de Cupertino, presbítero de la Orden de Hermanos Menores Conventuales, célebre, en circunstancias difíciles, por su pobreza, humildad y caridad para con los necesitados de Dios (1663)”. Manifestó gran devoción a Cristo en la Eucaristía y a la Madre de Dios.

Jóvenes cristianos de Uganda

O jóvenes ugandeses David Okelo y Gildo Irwa fueron hijos de padres paganos, pero se convirtieron y bautizaron el mismo año, 1916. Los dos fueron catequistas y se desvivieron en su labor evangelizadora. En 1918 les mataron con lanzas en la aldea de Paimol, cerca de la misión de Kalongi (Uganda). Fueron beatificados en 2002.

O autorFrancisco Otamendi

Evangelização

Túnez y Argelia: la tierra de San Agustín

El historiador Gerardo Ferrara nos introduce en la historia de Cartago que, siendo cuna de San Agustín, revela desde Túnez y Argelia la riqueza histórica, cultural y espiritual del norte de África.

Gerardo Ferrara-18 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 5 acta

Cartago desde lo alto

Escribo este artículo el 28 de agosto, memoria litúrgica de San Agustín (y día de la muerte del santo) en un año jubilar en el que ha sido elegido un papa perteneciente a la Orden Agustina.

No podía dejar de recordar hace 25 años, cuando, durante otro jubileo, me encontraba en Túnez para estudiar árabe durante un mes en una universidad local. Túnez: junto a la antigua Cartago, donde Agustín se formó como estudiante y orador.

Todavía recuerdo la emoción de cruzar por primera vez el Mediterráneo en avión y sobrevolar las costas de África justo sobre las ruinas de la antigua ciudad de Dido (el aeropuerto de Túnez se encuentra precisamente en Cartago).

Fue un periodo intenso, muy caluroso, en clase desde las 7:30 de la mañana y luego en la playa de Sidi Bou Said, visitando la medina de Túnez, las ruinas de Cartago, paseando por las amplias avenidas de la ciudad nueva construida por franceses e italianos. Y los fines de semana, excursiones a lugares maravillosos como Susa, Kairuán, Hammamet o la isla de Djerba.

Allí donde nace África

Precisamente esta zona del Magrebe, alrededor de la antigua Cartago, fue llamada por primera vez África. El nombre, de hecho, fue acuñado por los romanos (como el de Palestina para otra provincia, después de otra guerra) tras la derrota definitiva de Cartago (146 a. C.), por los afri, tribu bereber establecida allí. En origen, África solo designaba la provincia romana correspondiente a la actual Túnez y parte de Argelia y Libia (Africa Proconsularis). La etimología es incierta: del bereber ifri («cueva»), del fenicio ʿafar («polvo») o del latín aprica («soleada»). Solo a partir de la Edad Media el término pasó a designar todo el continente.

Alguns dados

Argelia y Túnez son hoy dos Estados del África mediterránea (también llamada Magreb), cercanos no solo desde el punto de vista geográfico, sino también cultural. Sin embargo, mientras que Argelia, con más de 2,38 millones de km², es el país más extenso de África y cuenta con unos 45 millones de habitantes, Túnez es uno de los más pequeños (163 000 km² con una población de 12 millones de habitantes). Argelia tiene una economía menos diversificada y desarrollada, aunque es muy rica en gas y petróleo, lo que la convierte en uno de los principales exportadores mundiales. Túnez, por su parte, ha hecho de la agricultura, el turismo y los servicios sus principales fuentes económicas y tiene además una de las tasas de alfabetización más altas de la región.

Gran parte del territorio de ambos países está ocupado por el Sáhara, pero las zonas costeras del norte albergan fértiles llanuras (en Argelia también cadenas montañosas).

De Numidia a Cartago: la «ciudad nueva»

Antes incluso de Cartago, y antes de llamarse África, la costa de Argelia y Túnez, como el resto del Magreb, estaba (y está) habitada por poblaciones autóctonas: los bereberes, o amazigh (en bereber: «hombres libres»), asentados desde hace milenios en las montañas, las llanuras y los desiertos de la región. Su organización tribal y sus lenguas dieron lugar a una cultura que resistió las oleadas de pueblos e imperios que invadieron y dominaron el territorio (incluidos los árabes). En Argelia, Numidia representó la expresión política más fuerte de este mundo: un reino bereber que se convirtió en protagonista de las guerras entre Cartago y Roma, aliándose ora con uno, ora con otro. Figuras como Masinisa, rey numida, marcaron la historia del Mediterráneo, demostrando que los pueblos locales eran actores y no solo espectadores.

Sin embargo, Cartago fue la verdadera protagonista del florecimiento cultural del norte de África. La ciudad fue fundada en el siglo IX a. C. por los fenicios de Tiro, en la costa del actual Líbano (el mismo nombre Qart Hadash, en fenicio, significa «ciudad nueva» o Nueva Tiro).

Desde el principio, Cartago mantuvo fuertes vínculos con la madre patria fenicia, heredando el culto a las deidades Baal Hammon y Tanit, las técnicas náuticas y, sobre todo, la lengua púnica, variante occidental del fenicio (lengua semítica muy cercana al hebreo) que se siguió hablando durante siglos en todo el norte de África, incluso después de la caída de Cartago (prueba de ello es el Poenulus, «El pequeño cartaginés», comedia de Plauto del siglo III-II a. C., en la que aparece un pasaje en púnico. El propio San Agustín, obispo de Hipona, recordó más tarde que el púnico todavía se hablaba en el norte de África).

Cartago debe ser destruida

Cartago se convirtió en la colonia fenicia más poderosa (fundando a su vez otras colonias, entre ellas Cartagena, en España), pero pronto tuvo que enfrentarse a una Roma también en plena expansión. Las tres guerras púnicas (siglos III-II a. C.) se libraron precisamente entre las dos potencias dominantes del Mediterráneo (y la Segunda Guerra tuvo como protagonista a Aníbal Barca, con su famosa travesía de los Alpes con elefantes) y supusieron la derrota definitiva de Cartago y su fin en el 146 a. C., a manos de Escipión el Africano. Sin embargo, sobre las ruinas de la antigua ciudad, Julio César y luego Augusto refundaron Colonia Iulia Carthago, que se convirtió en una de las ciudades más espléndidas del Imperio, a la que debemos retóricos, Padres de la Iglesia (no solo Agustín, sino también Tertuliano y Cipriano de Cartago), santos y mártires como Perpetua y Felicitas.

La victoria de Roma transformó Túnez y Argelia en florecientes provincias africanas (la primera, posteriormente dividida, fue la África Proconsularis), con la construcción de ciudades y monumentos famosos (como el anfiteatro de El Jem, en Túnez, y los mosaicos conservados en el museo del Bardo, en Túnez: la mayor colección del mundo).

Patria de San Agustín

En esta provincia nació Agustín de Hipona (354-430), en Tagaste (hoy Souk Ahras, en Argelia, no lejos de la frontera con Túnez), de padre pagano y madre cristiana. Muy joven, Agustín se trasladó a Cartago, una vibrante y cosmopolita metrópoli mediterránea repleta de ocios, vicios, virtudes, culturas y religiones, para estudiar retórica y pasar allí los turbulentos años de su juventud, entre el teatro, diversas pasiones y la adhesión al maniqueísmo, que él mismo menciona en las Confesiones:

«Tarde te amé, belleza tan antigua y tan nueva, tarde te amé. Sí, porque tú estabas dentro de mí y yo fuera. Allí te buscaba. Deforme, me lanzaba sobre las bellas formas de tus criaturas».

Agustín partió luego hacia Roma y Milán, desde donde, tras su conversión al cristianismo, regresó a su tierra, esta vez a Hipona (Hippo Regius, hoy Annaba, en la costa argelina cerca de la frontera con Túnez), donde fue ordenado sacerdote en 391 y luego obispo en 395. Hipona fue el escenario de sus 30 años de incansable actividad pastoral e intelectual, hasta su muerte en 430, durante el asedio de los vándalos de Genserico, de fe arriana, en un momento fatal para la África romana. En Annaba se encuentra hoy la basílica-santuario de San Agustín, construida en 1900 en la colina que domina la ciudad.

Berberiscos, árabes, otomanos, piratas

Los vándalos conquistaron Cartago en 439 y reinaron allí durante un siglo, pero en 534 los bizantinos la reconquistaron con el exarcado, perdiéndola pocos años después. De hecho, en el siglo VII se produjo la llegada del islam, con la fundación de Kairuán (670), primera ciudad islámica del Magreb y aún hoy centro religioso de primaria importancia (Túnez, en cambio, nació como asentamiento púnico-romano y se convirtió en capital árabe en el siglo IX, mientras que Argel, ya ciudad romana, fue rebautizada con este nombre en el siglo X, por los islotes frente a su costa, en árabe al-Jazāʾir, «las islas»).

Aquí también se creó, al igual que en Libia, una interesante combinación entre la cultura árabe-bereber y la mística islámica (sufismo) que ha dejado importantes huellas en las tradiciones locales. Túnez y Argelia fueron también puertas de entrada de las influencias andaluzas: tras la Reconquista en España, muchos musulmanes y judíos encontraron refugio en Túnez, Argel y otras ciudades costeras, llevando consigo conocimientos, música, tradiciones culinarias y arquitectónicas.

¿Qué significa hoy ser iglesia misionera en un mundo secularizado?

La misión de la Iglesia en tiempos de secularización no es estrategia ni marketing, sino cercanía, compasión y la certeza de que Cristo actúa en cada corazón.

18 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 2 acta

Vivimos un tiempo de paradojas. La fe que transformó continentes y dio identidad a pueblos enteros hoy parece relegada al margen de la vida pública. Europa, y también buena parte de América, muestra signos evidentes de secularización: iglesias vacías, jóvenes que ya no se identifican con ninguna religión, y una creciente desconfianza hacia lo institucional.

Frente a este panorama, muchos se preguntan: ¿qué sentido tiene hablar de misión?

La tentación es responder con nostalgia o con lamento. Recordar tiempos pasados en que la Iglesia marcaba la vida social, o quejarse de que el mundo ya no nos escucha. Pero la misión no nace de la añoranza, sino de la certeza: Cristo sigue vivo y actúa. La Iglesia misionera no es un recuerdo, es la identidad misma del pueblo de Dios. No existe otra Iglesia posible.

Hoy la misión se juega en otro terreno: no en la conquista de espacios, sino en el testimonio personal y comunitario. El mundo secularizado no necesita discursos largos, necesita hombres y mujeres que vivan de manera coherente la fe que profesan. Ser misionero hoy significa tener la valentía de ser diferente sin caer en la arrogancia, de vivir la alegría del Evangelio en medio de la indiferencia.

La misión tampoco es un marketing religioso. No se trata de diseñar estrategias de expansión como quien lanza un producto nuevo. La misión es salir al encuentro, como Jesús en los caminos de Galilea: con compasión, cercanía y verdad. Se trata de abrir espacios de escucha, de tender puentes, de mostrar que la fe ilumina las preguntas más hondas del corazón humano.

En colegios, parroquias y comunidades religiosas, la misión se concreta en gestos sencillos: una educación que forma personas libres y solidarias; una pastoral que no se limita a ritos, sino que acompaña procesos; una comunidad que acoge, perdona y camina con los más frágiles. La misión no se mide por números, sino por la capacidad de sembrar esperanza.

La Iglesia misionera en un mundo secularizado no es la que grita más fuerte, sino la que ama más. Es la que no se avergüenza de ser minoría, porque sabe que la levadura pequeña fermenta toda la masa. No se trata de conquistar, sino de servir. No de imponerse, sino de proponer.

En definitiva, ser Iglesia misionera hoy significa volver a lo esencial: anunciar con la vida que Cristo ha resucitado. Y si el mundo secularizado parece cerrado, más razón para mostrar que el Evangelio sigue siendo la buena noticia capaz de transformar todo corazón humano.

O autorDiego Blázquez Bernaldo de Quirós

Abogado. Consultor de congregaciones religiosas en gestión del patrimonio, fundraising y protocolos de prevención de abusos. Director de Custodec.

Evangelho

La verdadera riqueza. Domingo XXV del Tiempo Ordinario (C)

Joseph Evans nos comenta las lecturas del domingo XXV del tiempo ordinario (C) correspondiente al día 21 de septiembre de 2025.

Joseph Evans-18 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 2 acta

Las lecturas de hoy nos muestran cuánto destruye la corrupción a las personas y a la sociedad. En el Evangelio, Jesús nos cuenta una curiosa parábola sobre un hombre que engaña. Acusado de “malgastar” los bienes de su señor y enfrentado al despido, piensa en un truco para que, según sus propias palabras, “cuando me echen de la administración, encuentre quien me reciba en su casa”. Llama a los deudores de su señor y, valiéndose de la autoridad que tiene como administrador —aún no ha sido despedido—, reduce a la mitad o disminuye considerablemente lo que los deudores deben a su señor.

La actitud de los deudores demuestra que son cómplices de la corrupción del sirviente. La corrupción se basa en los corruptores y en aquellos dispuestos a beneficiarse de sus malas prácticas. Pero esos deudores habrían sido realmente estúpidos al contratar a este hombre después de que fuera despedido, porque deberían haberse dado cuenta de que practicaría con ellos la misma deshonestidad que practica con su actual amo. Esto nos muestra la insensatez de la “economía” que crea la corrupción, generando un sistema en el que las personas desperdician tiempo y talento. La corrupción y el engaño son un gran desperdicio de ambos.

Otra forma de corrupción aparece en la primera lectura: esos hombres malvados, impacientes por que terminen las fiestas religiosas para poder volver a engañar a los pobres, que siempre son víctimas de la corrupción. Pero Dios lo sabe todo. Puede que uno se salga con la suya con la corrupción en la tierra (aunque a menudo no es así), pero nunca nos saldremos con la nuestra ante Dios. El Evangelio nos muestra claramente que el Amo (es decir, Dios) es consciente de las estafas de su siervo, e incluso reconoce una pequeña parte de bondad en ellas (su astucia).

Las palabras de nuestro Señor son entonces misteriosas. Podría estar hablando irónicamente, como si dijera: “Creéis que los amigos que se hacen con dinero os llevarán al Cielo. Pero no pueden y no lo harán”. Pero también podrían tener el sentido de que el dinero bien gastado, por el bien de los demás, nos hará amigos que, si mueren antes que nosotros, nos darán la bienvenida al Cielo.

“Si no fuisteis fieles en la riqueza injusta, ¿quién os confiará la verdadera?”. Cualquier riqueza que recibamos proviene de Dios. Es algo mancillado, pero puede utilizarse bien si lo empleamos para el bien de los demás. Las verdaderas riquezas son la vida eterna. Dios no nos dará los tesoros del Cielo si no utilizamos bien —para el bien de los demás y con honestidad— los tesoros mancillados de la tierra.

Jesús concluye que no podemos “servir a dos señores… No podéis servir a Dios y al dinero”. ¿A quién vamos a servir: a Dios o al dinero? Esa es la pregunta fundamental.

Vaticano

El Papa muestra su cercanía al pueblo palestino e invoca la dignidad humana

León XIV ha expresado hoy su “profunda cercanía al pueblo palestino en Gaza, que sigue pasando miedo, y viviendo en condiciones inaceptables, obligados por la fuerza a desplazarse en sus propias tierras”. En tono solemne, “ante el Señor Omnipotente, que ha mandado no matar”, ha recordado la “dignidad inviolable” de cada persona.

Francisco Otamendi-17 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 3 acta

El Papa León ha realizado esta mañana en la Plaza de San Pedro, ante decenas de miles de fieles, un fuerte llamamiento al alto el fuego en Gaza, y a la liberación de los rehenes. Al final de la Público, en lengua italiana, en el día de su onomástica, el Pontífice ha mostrado su “profunda cercanía al pueblo palestino, que sigue pasando miedo, y viviendo en condiciones inaceptables, obligados por la fuerza a desplazarse en sus propias tierras”. 

En tono ciertamente solemne, “delante del Señor Todopoderoso, que ha mandado no matar”, el Santo Padre ha recordado, al lado de toda la historia humana, que “toda persona tiene una dignidad inviolable que se tiene que respetar y cuidar”.

Además, el Papa León ha manifestado que renueva su «llamamiento al alto el fuego y a la liberación de los rehenes. A una solución diplomática negociada, al respeto integral del derecho humanitario internacional. Invito a todos a unirse a mi oración, para que surja lo antes posible un amanecer de paz y de justicia”.

“Buscar otra solución”

Ayer, al concluir su estancia de unas horas en Castel Gandolfo, el Papa atendió a algunos periodistas. A la pregunta sobre el éxodo de Gaza, confirmó que había escuchado por teléfono a la comunidad de Gaza y al párroco, y explicó su preocupación.

«Muchos -dijo- no tienen adónde ir y por eso es una preocupación, también hablé con nuestra gente allí, con el párroco, por ahora quieren quedarse, siguen resistiendo pero realmente hay que buscar otra solución».

El silencio, protagonista de la catequesis

En su catequesis, León XIV ha manifestado que “la esperanza cristiana nace del silencio de la espera amorosa y del abandono confiado a la voluntad de Dios”. En este sentido, ha alentado a descubrir el sentido del silencio y la contemplación. La palabra “silencio” ha vertebrado la catequesis.

El Papa ha comenzado su meditación en torno al  misterio del Sábado Santo y la “ausencia” de Cristo en el sepulcro. Es una “espera, es un silencio cargado de sentido, como el de una madre que custodia en el vientre a su hijo aún no nacido, pero ya vivo”. En el año jubilar, la serie de catequesis versa sobre ‘Jesucriso, nuestra esperanza’. El tema de hoy ha sido “Un sepulcro nuevo, en el que aún no se había puesto a nadie” (Juan 19, 40-41). 

El sentido del silencio y de la contemplación

En sus palabras a fieles y peregrinos de diversas lenguas, el Pontífice ha animado a que “en medio del ruido y de la prisa en que a veces nos encontramos, pidamos la intercesión de la Virgen María. Para que nos enseñe, como ella, a vivir el Sábado Santo descubriendo el sentido del silencio y de la contemplación”.

Ha invitado a los fieles de lengua árabe a “recordar que la esperanza cristiana nace del silencio de la espera amorosa y del abandono confiado a la voluntad de Dios. ¡Que el Señor los bendiga a todos y los proteja siempre de todo mal!”.

Y n la misma línea, ha animado a los peregrinos de lengua alemana a “dedicar cada día un tiempo al silencio y a la oración. Para encontrarnos con Jesucristo, nuestro Señor y Dios, y permanecer siempre unidos a él”.

Un descanso lleno

El Sábado Santo también es día de descanso, ha dicho el Papa en otro momento. “Según la ley judía, el séptimo día no se debe trabajar: de hecho, después de seis días de la creación, Dios descansó (cf. Gn 2,2)”. 

Ahora el Hijo, tras completar su obra de salvación, también descansa, ha continuado. “No porque esté cansado, sino porque ha terminado su obra. No porque se haya dado por vencido, sino porque ha amado hasta el fin. No hay nada más que añadir.  Este descanso es el sello de la obra cumplida, es la confirmación de que lo que debía hacerse realmente se ha cumplido. Es un descanso lleno de la presencia oculta del Señor”.

La enseñanza del Evangelio: “saber detenerse”

“Nos cuesta detenernos y descansar. Vivimos como si la vida nunca fuera suficiente. Corremos para producir, demostrar, no perder terreno. Pero el Evangelio nos enseña que saber detenerse es un gesto de confianza que debemos aprender a tener”. 

“El Sábado Santo nos invita a descubrir que la vida no siempre depende de lo que hacemos, sino también de cómo nos despedimos de lo que hemos podido hacer”.

La esperanza cristiana “no es fruto de la euforia, sino de un abandono confiado”, ha concluido el Santo Padre. “La Virgen María nos lo enseña: ella encarna esta espera, esta confianza, esta esperanza. Cuando parezca que todo se detiene, que la vida es un camino interrumpido, recordemos el Sábado Santo”.

Intercesión de san Estanislao de Kostka

A los lengua polaca les ha mencionado a su patrono, san Estanislao de Kostka. “Mañana recordarán a San Estanislao Kostka. Que este joven de dieciocho años, patrono de su patria y de los jóvenes, sea ejemplo e inspiración para las nuevas generaciones de creyentes en la búsqueda de la voluntad de Dios y en el valiente cumplimiento de su vocación. A su intercesión encomiendo a Polonia y la paz mundial. Los bendigo de todo corazón”.

O autorFrancisco Otamendi

Evangelização

Santos Roberto Belarmino e Hildegarda de Bingen, y estigmas de san Francisco

El cardenal jesuita san Roberto Belarmino y la mística benedictina alemana, santa Hildegarda de Bingen, doctores de la Iglesia, son algunos de los santos del 17 de septiembre. La familia franciscana celebra hoy la impresión de los estigmas, señales de la Pasión, de san Francisco de Asis.

Francisco Otamendi-17 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 2 acta

Cuatrocientos años después de su fallecimiento en 1621, la santidad de san Roberto Belarmino “sigue iluminando la historia al hablar de Cristo y de su amor por la Iglesia”. Canonizado en 1930, se convirtió en Doctor de la Iglesia al año siguiente, escribe la agencia vaticana. La Iglesia celebra asimismo el 17 de septiembre a la santa y Doctora de la Iglesia Hildegard de Bingen, abadesa benedictina y mística, consejera de príncipes, papas y emperadores.

San Roberto Belarmino (1542-1621), con dos “l” según la Sítio Web dos Jesuítas (Bellarmino) era un intelectual, teólogo e intrépido defensor de la fe durante las controversias de la Reforma. Como cardenal estuvo al servicio de tres papas, que apreciaron su sabiduría y sus sabios consejos. 

El cardenal Belarmino aprovechaba los ejercicios anuales, que prolongaba hasta 30 días cada año, para escribir libros de espiritualidad. Cuando el 16 de mayo de 1605 fue elegido nuevo Papa Paulo V, pidió al cardenal que residiera en Roma, donde trabajó para varios dicasterios vaticanos. Tras su fallecimiento y el funeral, su cuerpo se trasladó en 1823 a la Iglesia de San Ignacio.

Hildegarda de Bingen, mística y polifacética 

La abadesa benedictina Hildegard de Bingen nació en Bermesheim, Alemania, en 1098. Era la última de diez hijos, y mujer de gran inteligencia. A pesar de su delicada salud, llegó a los 81 años con una vida llena de trabajo. Tenía excelente formación bíblica y litúrgica, en filosofía, ciencias naturales y música.

Sus visiones, transcritas en notas y posteriormente en libros, la hicieron famosa. En la montaña de San Ruperto, cerca de Bingen, a orillas del Rin, Hildegarda fundó el primer monasterio. Y en 1165, el segundo, en la orilla opuesta del río. En 2012 fue declarada Doctora de la Iglesia universal por Benedicto XVI, que le dedicó una Carta Apostólica.

Estigmas de San Francisco de Asís

“Desde el mes de septiembre del año 1224 hasta nuestros días han transcurrido ocho siglos, como recuerda la celebración de este centenario memorial”, señalaron los franciscanos. En efecto, la familia franciscana, y toda la Iglesia, celebró entonces los ocho siglos de la recepción por São Francisco de Assis de las “señales de la Pasión” de Cristo crucificado. 

Con ellas fue marcado en el monte santo de La Verna (Provincia de Arezzo en Italia). Cuando san Francisco bajaba del monte, llevaba en su cuerpo la efigie del Crucificado grabada en su carne. No por un artista, sino por la mano del Dios viviente (San Buenaventura).

O autorFrancisco Otamendi

Evangelização

10 ideas para rezar en una adoración al Santísimo

Desde Mantita y Fe Podcast, proyecto de la Fundación Gospa Arts, comparten el lanzamiento del primer episodio de la cuarta temporada. Aquí van 10 ideas para rezar ante el Santísimo.

Francisco Otamendi-17 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 6 acta

‘El poder transformador de una visita al Santísimo’. De esto trata el nuevo episodio de Mantita y Fe Podcast, concebido como una guía práctica y espiritual sobre la Adoración eucarística. En esta ocasión, Bárbara Bustamante conversa sobre el tema con el padre Pablo Fernández-Martos, de la diócesis de Getafe (España). Por nuestra parte, se han seleccionado 10 ideas para rezar en una Adoración.

El episodio completo está ya disponible en YouTube y principales plataformas de audio. Tiene una duración de 54’, y aquí se sintetizan sólo algunas ideas.

Los autores de este episodio de Mantita y Fe Podcast destacan en la presentación del video, que titulan ‘Cómo hacer una buena visita al Santísimo’, alguna frase del sacerdote Pablo Fernández-Martos. Por ejemplo, “no vamos al Santísimo para demostrar que somos muy buenos, sino para reconocer que Dios es muy bueno”. 

Bustamante, madre de familia, subraya que el mensaje es «esperanzador». “Jesús nos espera siempre, incluso en medio de nuestras caídas”.

Las preguntas del podcast las hace Bárbara Bustamante y las respuestas son de Pablo Fernández-Martos. La selección de las 10 ideas para rezar, reducidas a breves píldoras o frases no textuales, es personal.

1) “No tengo tiempo”

– Hay que entender que al demonio no le interesa que hagamos visitas a Jesús. A veces pensamos que esto va a llevarnos mucho tiempo. Pero hacer una visita puede durarte más o menos 15 segundos, no hace falta más, ojalá te dure 15 minutos. Si uno va apurado y no te da tiempo a lo mejor a detenerte, al pasar por delante de una iglesia donde sabes que está el Santísimo se puede hacer un gesto de adoración…

San Francisco, cuando caminaba por los caminos y veía una torre de una iglesia, se postraba en el suelo y hacía una oración que todavía hoy se reza. Aunque uno vaya un poco apurado viajando por la carretera, si ves en el horizonte una iglesia, siempre puedes hacer un gesto de de adoración, un saludo a Jesús que está allí.

Luego, obviamente, se puede entrar en la iglesia cuando está abierta, acercarse al Sagrario, postrarse humildemente, normalmente de rodillas si te lo permite tu físico, y hacer una pequeña oración como quien va a tratar de amistad con quién sabemos nos ama (santa Teresa), sabiendo que está realmente presente en el sagrario, con su Cuerpo, Sangre, Alma y Divinidad.

2) ¿Qué es la oración de súplica a Dios?

– La oración de súplica no es para informar a Dios, sino que en el fondo es como cuando cuando tú abres una bolsa para que te echen dentro algo, un niño que abre la bolsa para que entren los caramelos. 

Es disponer el corazón para acoger la gracias que Dios quiera darme en mi necesidad. Será la que sea adecuada a mi necesidad, no la que yo pida. Dios siempre responde a nuestras oraciones, lo que pasa es que no siempre responde a lo que queremos.

3) ¿Qué diferencia hay entre ir a Misa y adorar al Santísimo?

– A ver. La Eucaristía celebrada y comulgada es el máximo de la intimidad que podemos tener con Cristo y con su iglesia. Porque la Iglesia es Cuerpo Místico de Cristo, y por tanto cuando nosotros vivimos la intimidad en la Eucaristía lo hacemos no solo nosotros solos. No somos francotiradores de la fe.

La Iglesia es una comunidad, es una familia, y por tanto la Eucaristía nos reúne como familia, nos reúne como comunidad. La adoración lo que hace es preparar nuestro corazón para poder vivir mejor la Eucaristía. No tendría ningún sentido que fueras a la adoración eucarística y no fueras a misa.

El Papa León XVI durante la bendición, tras la procesión del Corpus Christi el 22 de junio de 2025 por las calles de Roma (Foto CNS/Lola Gómez).

4) La adoración, avivar el amor

– Lo primero es ir a Misa los domingos y fiestas de guardar. La adoración aviva en nosotros el amor a la Eucaristía y prepara el corazón, nos permite entrar de manera más profunda en la intimidad con el Señor estando en su presencia, y contemplando sorprendidos y admirados esa presencia del Dios que ha querido quedarse cerca de nosotros, prisionero en el sagrario, para que nosotros podamos también pues postrarnos, y de esa manera ganar en esa intimidad con el Señor.

Esto es como cuando tu marido te conoció y se enamoró de ti, todo fue prepararos para vivir vuestro encuentro en el matrimonio y vivir esa intimidad. Pero una vez que os habéis casado, cuidáis vuestra relación, de manera que uno no se casa y se descuida. Hay que seguir viviendo esa preparación que permite esa intimidad, y eso se hace en la visita y adoración eucarística.

5)  ¿Se puede cantar y leer?  

– Se puede cantar, claro. Puedes leer la Escritura, algún pasaje a meditar sobre él, intentar ver qué es lo que Dios te dice ahí, en esa Palabra, bien sea el Evangelio que toca ese día, o bien porque abres la Escritura al azar, o bien porque estás leyendo un pasaje de un capítulo .

No es lo mismo hacer oración que leer en la capilla  La lectura espiritual está muy bien, es algo virtuoso, es muy aconsejable y está fenomenal leer algo piadoso, algún escrito de un santo, una biografía…

Luego está tratar de escuchar interiormente, con ese silencio que tratamos de hacer, qué es lo que el Señor me va diciendo y cómo va moviendo mi corazón.

6) Vida eucarística

– Se suele terminar con el Padre Nuestro o la Comunión espiritual. A través de esta unión espiritual el Señor derrama gracias espirituales sobre nuestro corazón preparando nuestro corazón para poder comulgar, pues ya vamos ganando en esa intimidad con el Señor en ese deseo de estar con él, en ese deseo de compartir con él, que Él sea mi vida, nuestra vida.

Lo que el cristiano hace al adorar la Eucaristía o al comulgar es que su vida se haga eucarística. Voy al encuentro con Él, pero también a acercarme a los demás, y con una actitud semejante, voy a encontrarme con mi hermano, un conocido, un familiar, un amigo. O en mi puesto de trabajo, voy a encontrarme con Cristo en mi trabajo, ese trabajo bien vivido, ofrecido a Cristo, también prepara mi camino para estar con el Señor.

7) Obstáculos. No siento nada, me distraigo mucho.

– A veces nos complicamos mucho por dentro. Dios se alegra de que tú vayas y le des ese ratito, que podrías estar en otra cosa. Y aunque estés distraído estás con Él, como cualquiera de nosotros. Cuántas veces nos gusta que vengan a casa los hijos, la familia, aunque no estén haciendo nada especial. O en casa, te sientas en ese sillón y tu marido se sienta en ese otro, y estáis los dos sin hacer nada especial.

Es muy importante el momento de hacer presencia de Dios, tomar conciencia de dónde estoy, ayuda a centrar la atención porque somos un poco dispersos. Pero hay que aceptar como somos, el que tiene un problema de déficit de atención lo va a tener en la capilla o en su casa, en cualquier lado 

El problema que tenemos con la oración a mi juicio es que somos muy egocéntricos y egoístas. Es decir, vamos a la adoración a ver qué siento yo. Es como si dijéramos: no voy a ir al hospital a visitar un enfermo que está en coma, porque no me dice nada y me aburro.

Muchos de los problemas que tenemos en la oración vienen de que voy a rezar para ver qué obtengo yo, pero no me preocupa nada cómo está Jesús. Y Jesús se alegra de que yo esté ahí con Él.

8) Un ejemplo: dónde te ha amado más tu marido

– Siempre pongo este ejemplo. Imagínate que tienes un matrimonio, una boda, el sábado. Y el viernes te das cuenta de que te faltan unos zapatos para el vestido que tienes para la boda. Le dices a tu marido si te puede llevar al centro comercial a las 6.00. El te dice: dan la final de la Champions entre el Madrid y el Barcelona, no me puedo perder el partido. No puedo ir, ponte otros zapatos.

Al final, va contigo al centro comercial, y espera pacientemente una hora, está malhumorado, pero va, y tú te pruebas y compras los zapatos para la boda y el baile.

La pregunta es dónde te ha amado más, en el centro comercial enojado, o en la boda bailando. (Bárbara Bustamante le dice: en el centro comercial, y prosigue Pablo Fernández Martos). Claramente. Tenemos que reivindicar el “aburrimiento’ de saber estar con Él. 

9) Acercarse al Señor, sobre todo cuando eres pecador

– Sobre todo cuando eres pecador. Un pequeño va corriendo a tus brazos porque se ha asustado más al romperse algo. En cambio, cuando vamos creciendo, nos escondemos. Con Dios es justo lo contrario. Cuando he caído, lo que tengo que hacer es sacar un Cristo, besarlo, mirar y decirle: Señor, desde el lodo de mi pecado, solo sé que Tú me amas, y ahí comienza el cambio. Con la certeza de que es mucho más importante el amor de Dios, me acerco a la Adoración eucarística a estar cerca de Dios, que es misericordia.

10) El hábito de silencio

– El silencio es abrir un espacio para que Dios pueda hablar. Porque llegamos de la calle con tanto ruido, con las compras, el trabajo, los niños, la familia… No le damos chance a darnos una respuesta, sino que a veces vamos solamente a informarle de lo que tiene que hacer. 

Cuentan del cura de Ars que estaba en la parroquia, y entró un campesino que iba a rezar a la iglesia. El cura le preguntó qué oración rezaba. El campesino respondió: “Mire, muchas veces no sé rezar. Entonces yo lo miro, Él me mira, y nos entendemos”. Hay que pedirle al Señor su luz para poder vivir esto, la fuerza del Espíritu Santo para poder estar atento a lo que el Señor me quiere decir.

O autorFrancisco Otamendi

Evangelização

El amor a la montaña en Pier Giorgio Frassati

Fragmento de "Fascinados por las cumbres", de Pedro Estaún: la pasión de Pier Giorgio Frassati por la montaña, vivida como escuela de virtudes y camino de encuentro con Dios.

Pedro Estaún-17 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 9 acta

El pasado 7 de septiembre el papa León canonizó en Roma a dos jóvenes: Carlo Acutis, de 15 años y Pier Giorgio Frassati de 24. En una plaza llena a rebosar, León XIV recordaba las virtudes de estos dos muchachos que pueden ser ejemplo para tantos otros. Me centraré en recordar tan solo uno de los aspectos de uno de ellos: el amor a la montaña en Fassati. 

 Pier Giorgio nació en 1901 en una familia acomodada de Turín. Realizó los estudios primarios en un colegio de jesuitas y  posteriormente en la escuela de ingeniería. Era amante del deporte. Hacía excursiones en bicicleta Con frecuencia franqueaba los 87 kilómetros que separaban Turín de Pollone. También le atraía el mar. Saborea el gozo de luchar contra el agua nadando, remando o en barco de vela. Practicaba la equitación montando a Parsifal, un caballo bastante difícil. Pero su gran pasión fue la montaña.  Era una afición que –como a todo buen montañero– le fue creciendo a medida que pasaba el tiempo.

Desde muy joven comenzó a sentir pasión por la montaña. Esta afición nació a raíz de las estancias veraniegas pasadas en Pollone, cerca de Biella, provincia de Vercelli, en los Alpes, donde realizaba excursiones con su familia y amigos. En unas notas que su madre to-mó en 1909, al regreso del Col del Teodulo, de 3.317 metros sobre Zermatt, que en las guías figura como una marcha de diez horas, encontramos: “Subíamos hacia las Cimas Blancas. Todo el paisaje estaba, como casi siempre a aquella hora, sin sombras, sin relieve (…). Atravesar el Teódulo con Pier Giorgio atado a mí por la cuerda iba muy tranquilo –el niño tenía muchas veces hambre–, y también en esto estaba de acuerdo con su madre. Hacíamos un alto, comíamos y continuábamos. Nos detuvimos dos días en el Schwarzsee. Todo el mundo se interesaba por el pequeño y guapísimo alpinista.” Esa afición a la montaña, que entonces le estaba naciendo, la mantendría a lo largo de toda su vida. Fue una pasión que justificaría después por dos razones. En primer lugar porque el montañismo le ofrecía una magnífica oportunidad de ejercitar virtudes humanas como la fortaleza, el compañerismo,…; y en segundo, porque las cimas le revelaban la magnificencia del Creador.

Pier Giorgio era amante del deporte. Ya muy joven hacía excursiones en bicicleta. Con frecuencia franqueaba los 87 kilómetros que separaban Turín de Pollone.  También le atraía el mar, sobre to-do en su primera juventud. Saborea el gozo de luchar contra el agua nadando, remando o en barco de vela.  Practicaba la equitación montando a Parsifal, un caballo bastante difícil con el que tantas veces fue y regresó de Turín a Pollone. Pero su gran pasión fue la montaña.  Era una afición que –como a todo buen montañero– le fue creciendo a medida que pasaba el tiempo.

“Cada día me entusiasmo más con la montaña”, escribía a un amigo. “Es algo que me fascina. Cada vez me gusta más subir a las cumbres, alcanzar los picos más atrevidos, experimentar ese gozo purísimo que sólo puede dar la montaña. Quisiera renunciar al alpinismo, pero ¿cómo renunciar al llamamiento fascinador de la nieve?”. 

Poco después escribía a otro: “Me he dejado el corazón en las cumbres y espero encontrarlo al escalar el Mont Blanc”.  Y más todavía: “Si mis estudios me lo permitieran, quisiera pasar días enteros en la montaña y admirar, en esa atmósfera tan pura, la magnificencia del Creador”.  

Se comprende así que aprovechase cualquier oportunidad para subir a esos Alpes que tenía tan cerca. Durante sus años de universidad fue costumbre que emplease el periodo de vacaciones de los car-navales para pasar unos días en el Pequeño San Bernardo. Acudía a esquiar con un grupo de amigas y amigos. Se alojaban en la hospedería, utilizando unas habitaciones en las que por la noche hacía tanto frío que se les helaba el agua de los barreños; era uno de esos lugares en los que es necesario abrigarse más a la hora de irse a la cama.

Una mañana comenzó con un amigo a descender con esquís en dirección a Suiza. La bajada era preciosa, el tiempo inmejorable: nieve en buenas condiciones, viento favorable, palos indicadores… Y bajaron, bajaron. ¿Cuánto? No pueden precisarlo, pero el descenso fue muy largo. Cuando reiniciaron la subida, el viento que en la baja-da les había favorecido, constituía ahora un serio obstáculo: ráfagas de aguanieve y torbellinos les azotaban la cara; la pista se había borrado, los palos indicadores se habían hecho invisibles. El amigo co-menzó a jadear y rogó a Pier Giorgio que aminorase la marcha. Después de un buen rato y con considerable esfuerzo, llegaron al refugio.  Pier Giorgio casi no se había cansado; su compañero sin embargo, tardó mucho en recuperarse. 

Después de la cena vivían ratos de tertulia muy agradables: cantaban, recordaban las incidencias del día o hacían algún juego.  Ya muy entrada la noche se retiraban a sus habitaciones que eran grandes y daban cabida a varios. Pier Giorgio invitaba a sus compañeros a rezar el rosario cosa que, por lo general, todos aceptaban aun-que muchos le seguían desde la cama. Él lo rezaba de rodillas en el duro suelo. A la mañana era el primero en levantarse. Llamaba a los demás y les recordaba que la noche anterior se habían comprometido en que le acompañarían a la misa. Generalmente ayudaba al sacerdote y siempre comulgaba.  

En otra ocasión fue con un amigo al refugio Adolfo Kind y se detuvieron más rato del necesario sin darse cuenta de que el tiempo estaba cambiando. El lugar al que debían regresar estaba lejos. Tenían que subir un monte para descenderlo después con esquís. La su-bida iba resultando cada vez más penosa, sobre todo apremiados por el tiempo. De repente Pier Giorgio se dio cuenta de que había perdido el reloj. Su compañero quería detenerse a buscarlo, a lo que Pier Giorgio hubo de oponerse enérgicamente al darse cuenta de que un retraso en esas circunstancias podría ser peligroso. Sobre las siete lle-garon a la cumbre del Fraiteve. Había oscurecido y la tormenta arreciaba. Comenzaron el descenso juntos y con cuidado. En un momento Pier Giorgio dio un giro para detenerse y se le desprendió un esquí que salió despedido por la nieve helada. Veamos el relato de su compañero: 

 “Frassati, en aquel momento, fue alpinista y hombre. En mi largo vagabundear por los Alpes, he aprendido a conocer la psicología del hombre en las alturas, a juzgarle a comprenderle. Conozco los momentos de turbación que en las alturas afectan de improviso aún a los más valientes, cuando les sobrecoge un incidente que puede tener sus consecuencias. Pier Giorgio se dio cuenta del percance, aunque yo, más práctico, hubiese procurado disminuir su gravedad, a fin de evitar el abatimiento que podía producirse en su ánimo con malas consecuencias. Él lo comprendió y se mantuvo sereno en aquel momento; tuve la convicción perfecta de que me hallaba ante un tipo de raza montañesa: valiente y frío ante el peligro”. Descendieron como pudieron entre una fuerte nevada con la hostilidad de la montaña cuando se convierte en enemiga. Al fin descubrieron una luz que era su destino. Cuando días después se lo contaba a su madre, tratando de quitar importancia le dijo:

“Mira, he perdido un esquí. Pero cuando se derrita la nieve iremos a buscarlo y es seguro que lo encontraremos. He perdido también el reloj. ¿Nada más?” preguntó con sonrisa irónica la madre. Inmediatamente responde Pier Giorgio: “Pero cuando la nieve se derrita… Nacerá una planta”,  respondió su madre aumentando su sonrisa. El esquí apareció y hoy se conserva como un recuerdo de aquel que había disfrutado tanto sobre la nieve.

Pero la actividad montañera de Pier Giorgio fue sobre todo la escalada. Realizó ascensiones en todas las épocas del año. En los ve-ranos había subido muchas veces al Col Mucrone en el que había una gran cruz. Los vientos, la lluvia y la nieve habían provocado su caída el invierno de 1920. Al llegar el buen tiempo el párroco de Pollone, a propuesta de otros del pueblo, decidieron subir una nueva, instalarla convenientemente y reconsagrarla. A la iniciativa se unió Frassati.

Durante la subida, que fue de noche, el sacerdote tuvo una aparatosa caída que, aunque no tuvo graves consecuencias, hizo que tuviese que continuar ayudado por los demás. Pier Giorgio se prestó a ayudarle y contribuyó también en subir una parte de lo necesario para celebrar la misa en la cumbre.

En noviembre de 1924 dos compañeros le propusieron una excursión a la Bessanesse, de 3.622 metros. Cuando se dirigían de Bal-me al refugio se vieron sorprendidos por la noche e incapaces de ha-llar de nuevo el camino. Se vieron obligados a detenerse en un pequeño espacio, con la perspectiva de pasar allí la noche. El mismo Pier Giorgio nos lo cuenta: 

“Nuestra intención al salir era escalar la cumbre del Bessanesse por la vía Zsigsmondi. Al ver el estado de la nieve nos pareció una imprudencia y decidimos cambiar de planes y nos dirigimos al Albarón de Saboya  (3.392 metros). Ya de regreso se nos echó la no-che encima y no tuvimos más remedio que improvisar un vivac a 2.500 metros de altura. Tuvimos suerte y encontramos una roca, sobre la que pendía una capa espesísima de nieve en declive, a manera de tejado; excavamos debajo de ella un refugio de 2,50 metros de longitud, por 0,50 de ancho y no más de 0,40 de alto que resultó muy bien ventilado. Una vez preparado el espacio, comimos algo y tuvimos que estar toda la noche ideando entretenimientos porque dormir en aquellas circunstancias hubiese resultado peligroso”. 

Uno de los compañeros recuerda que rezaron el rosario y que, apenas asomó el alba, rezaron el Angelus  a la Virgen.

La última subida a la montaña la realizó el 7 de junio de 1925. La hizo a los picos Lunelle. Llegó a la estación en el último momento, lo que le valió una protesta de sus compañeros. Él les respondió:

“¿Qué queríais? ¿Qué me quedara sin misa? Me he despertado tarde y no he podido asistir con vosotros a la que habíamos quedado”. 

 Uno de ellos recuerda aquella subida que fue por la cara más difícil, por la Placa Santi, en la que se había despeñado un montañero. “Pier Giorgio era el segundo de nuestra cordada y me aseguraba en los puntos más difíciles. Escalar le producía verdadera alegría y le agradaban especialmente algunas bajadas utilizando la doble cuerda. (…) Apenas alcanzada la cima nos pidió que rezáramos una oración por Cesarino Rovere, el que se había matado en aquella pared tan só-lo un año antes”. A su regreso, Pier Giorgio escribía a su hermana contándole una escalada y diciéndole que esperaba volver con más material para abrir una nueva vía. Esa ya no fue posible. Antes de un mes, el 4 de julio, Pier Giorgio entregaba su alma a Dios tras una rá-pida enfermedad que nadie había podido prever.  

Para Juan Pablo II, Frassati era un modelo. Siendo Cardenal de Cracovia, recordaba la figura de este joven que por unos días no pudo finalizar sus estudios de ingeniería. “Era modelo de cuantos subían a las montañas para escalar o esquiar: pensaba que también él hacía lo mismo, que éste era para él el camino de santificación, porque en todo descubría a Dios. Era también consciente de su responsabidad en la sociedad. Responsabilidad por la vida de la nación a la que pertenecía; responsabilidad por su auténtica tradición, espiritual y cristiana. Afrontaba esta responsabilidad sin ahorrar esfuerzos. Al mismo tiempo sorprendía su sensibilidad hacia los pobres, los necesitados y los enfermos. Sin duda es ésta una llamada de particular significación y un reto lanzado a nuestra generación y a nuestro tiempo, que corre el riesgo de caer en la insensibilidad. Todos nosotros debe-mos romper una lanza –todos nosotros, y me incluyo también a mí mismo– para descubrir el rostro del hombre y darnos cuenta de su si-tuación, de sus sufrimientos, de sus dificultades. Todo esto lo hallamos en Pier Giorgio”.

Siendo ya Romano Pontífice, en uno de los veranos que el Papa estuvo unos días en los Alpes, celebró una misa en Cogne, en un inmenso prado verde llamado San Urso o valle de la Gran d’Eyvia (Gran Agua), situado a 30 kilómetros de Aosta. Llegó en helicóptero y tras recibir la bienvenida del obispo del lugar, se trasladó al altar construido en madera por artesanos de la región, y celebró la eucaristía ante más de 20.000 fieles locales. En la homilía hizo referencia a la majestuosidad de aquellas montañas y dijo: “Este lugar encantador conserva, asimismo, el recuerdo de un joven creyente de nuestro si-glo, Pier Giorgio Frassati, a quien tuve la alegría de proclamar beato el 20 de mayo de 1990. Solía frecuentar la ciudad de Cogne. Exploraba con ardor las cimas que la coronan; había hecho de cada escalada a las montañas un itinerario que acompañaba al ascético y espiritual, una escuela de oración y de adoración, un esfuerzo de disciplina y de elevación. Decía a sus amigos: ‘Cada día que pasa me enamoro  más locamente de la montaña’. Y proseguía: ‘Deseo cada vez más escalar montañas, conquistar las cimas más abruptas, sentir la alegría pura que sólo se experimenta en la montaña”. (…) “Amadísimos her-manos –concluía el Papa– como San Besso y San Urso, el beato Pier Giorgio supo conjugar la admiración ante la armonía de la creación con el servicio generoso al Señor y a sus hermanos. Es sumamente necesaria esa admiración ante la creación, admiración de la obra de Dios. Mediante esa admiración de la creación, admiramos a Dios mismo; mediante la admiración de lo visible, admiramos lo invisible. Que Pier Giorgio, casi coetáneo nuestro, sea ejemplo especialmente para los jóvenes, para cuantos vienen aquí y para quienes van a la montaña, a fin de pasar un periodo de merecido descanso. Ante un espectáculo tan extraordinario de la naturaleza, elevamos espontáneamente nuestro corazón al cielo, como el joven Frassati acostumbraba a hacer con frecuencia”.

El joven Frassati no es olvidado con el paso de los años. Desde 1996 el Club Alpino Italiano va  poniendo con su nombre una red de senderos de montaña por todo el país. En 2001, año del centenario de su nacimiento, se inauguraron los de Le Marche, Veneto y Lazio. Con este motivo ha nacido también una asociación, “L’Assotiazione Internazionale Sentieri Pier Giorgio Frassati”. De este modo, la figura de este joven italiano se mantiene viva entre los montañeros de este siglo en el que son tantas las personas que viven sus experiencias de montañas  por medio del senderismo tanto por antiguos caminos rehabilitados como por otros de reciente creación. Y ahora, ya como santo, será modelo de los muchos que amamos la montaña y acudimos a sus laderas siempre que nos es posible. 

Capítulo de la obra “Fascinados por las cumbres” publicado con el permiso del autor.

O autorPedro Estaún

Cultura

Una app jesuita usa la IA para cuidar tu vida espiritual

Creada por el Grupo de Comunicación Loyola (Compañía de Jesús), AMDG es una app gratuita que cada día sugiere oraciones, lecturas y música personalizadas gracias a la IA.

Redação Omnes-16 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: < 1 minuto

El Grupo de Comunicación Loyola ha presentado AMDG, una aplicación gratuita que combina tecnología punta e interioridad. Se trata de la primera plataforma móvil que, con ayuda de inteligencia artificial, acompaña de forma personalizada la vida espiritual de cada usuario.

Con el lema “Para que Dios se note”, la nueva herramienta ofrece cada día oraciones, lecturas y música seleccionadas en función de los intereses y búsquedas de la persona. «Queríamos poner a
disposición de la gente la enorme cantidad de recursos espirituales y de reflexión que tiene la
Compañía de Jesús. Se puede ofrecer profundidad también a través del móvil”, explica el jesuita Carlos Maza, director de contenidos de AMDG.

La aplicación, desarrollada por SJDigital, aglutina y ordena miles de recursos pastorales y espirituales elaborados por proyectos jesuitas como Rezandovoy, PastoralSJ, SerJesuita, IGNIS, VocesSJ, Evangelio Diario, Sal Terrae, Mensajero, TSNC, La Biblia de Nuestro Pueblo, Jesuitas Acústico, Manresa o MAG+S. Uno de los elementos más destacados de AMDG.app es su integración del examen diario, una
práctica espiritual clásica que gracias a esta aplicación ofrece una nueva perspectiva.

AMDG puede descargarse de forma gratuita. Quienes buscan un acompañamiento más amplio pueden optar por la versión AMDG PLUS, que por 6,90 € al mes o 69 € al año ofrece acceso completo a un extenso catálogo de libros y revistas de referencia —con autores como José María Rodríguez Olaizola o José Carlos Bermejo—, así como contenidos exclusivos sin publicidad.

Con esta iniciativa, los jesuitas pretenden demostrar que la profundidad espiritual y la tecnología no solo no son incompatibles, sino que pueden complementarse para acercar la oración y la reflexión al día a día.

Evangelização

Santos Cornelio, Papa, Cipriano, obispo, y Ludmila, madre de familia noble

Los santos Cornelio y Cipriano, Papa y obispo respectivamente, que la liturgia celebra el 16 de septiembre, son mencionados en el Canon Romano de la Misa. Fueron mártires y figuras importantes de la Iglesia en el siglo III. Santa Ludmila fue madre de familia noble en el siglo IX, y abuela de san Wenceslao.

Francisco Otamendi-16 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 2 acta

La conmemoración en el mismo día de estos dos santos mártires del siglo III, Cornelio, Papa, y Cipriano, obispo de Cartago, que el Martirologio Jeronimiano recuerda juntos, es muy antigua. Unos siglos más tarde vivió santa Ludmila, quien casó con el duque de Bohemia, tuvo seis hijos, y educó a su nieto San Wesceslao en el siglo IX.

Los santos Cornelio y Cipriano fueron víctimas de la persecución de Valeriano, en junio del 253 y el 14 de septiembre del 258. Sus memorias aparecen unidas en los antiguos libros litúrgicos de Roma desde mediados del siglo IV. Su historia se entrelaza, aunque sobresale más el obispo africano con sus escritos.

O Martirologia romana les cita así. “Memoria de los santos Cornelio, papa, y Cipriano, obispo, mártires, acerca de los cuales el catorce de septiembre se relata la sepultura del primero y la pasión del segundo. Juntos son celebrados en esta memoria por el orbe cristiano. Porque ambos testimoniaron, en días de persecución, su amor por la verdad indefectible ante Dios y el mundo (252, 258)”.

El Papa Cornelio, romano, tuvo que ver cómo su elección no fue aceptada por el hereje Novaziano, que se consagró antipapa y promovió un cisma en Roma. Murió exilado, pero se le sepultó en Roma en las catacumbas de San Calixto.

Santa Ludmila, madre y abuela cristiana

Santa Ludmila (Mielnik, actual Polonia, alrededor del 860), fue hija del duque de Milsko y casó con el duque de Bohemia, con quien tuvo seis hijos. En 874, su marido se convirtió al cristianismo, y le bautizó san Metodio. 

Ludmila abrazó también la fe cristiana, y la extendió entre su pueblo, aún no cristiano. Cuando fallecieron su esposo y su hijo, los nobles de Bohemia le encomendaron educar a su nieto, san Wenceslao, a quien enseñó la fe cristiana. Falleció en Praga estrangulada en una conspiración.

O autorFrancisco Otamendi

ColaboradoresBryan Lawrence Gonsalves

Reducir el debate sobre el aborto a la religión es perder el punto

Etiquetar la causa provida como “religiosa” es una forma de evadir el verdadero debate ético: la defensa de la vida se sostiene en la razón, la ética y la justicia, no solo en la religión

16 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 4 acta

A la luz de los recientes debates en el Parlamento lituano sobre la legislación del aborto, he observado una afirmación recurrente que me parece intelectualmente perezosa y moralmente evasiva: que el aborto debe prohibirse porque entra en conflicto con las creencias religiosas.

Este planteamiento no solo es reductivo, sino también deshonesto. Implica que la postura provida es inherentemente religiosa, un vestigio del dogma más que una conclusión derivada de la razón, la ética o una filosofía coherente del valor humano. Lo que es peor, esta suposición se utiliza a menudo como arma por parte de los opositores, que retratan a cualquiera con convicciones provida como un fanático religioso o un zelote en guerra contra las mujeres.

Las creencias religiosas no son el fundamento

Las ideas no pierden validez simplemente porque también las sostengan personas religiosas. Argumentar que una creencia debe descartarse porque es compartida por una religión es una falacia de primer orden. Existen ateos que rechazan el aborto no por mandato divino, sino porque sostienen, mediante la razón, que la vida tiene un valor intrínseco. ¿Se les debe acusar de piedad secreta? ¿Debemos descartar sus argumentos porque no encajan en una narrativa religiosa?

Reducir el argumento provida a un asunto exclusivo de fe no solo empobrece el debate, sino que supone también una abdicación de la responsabilidad moral. Es más fácil despachar una convicción como “dogma religioso” que confrontar la lógica, la ética y las incómodas preguntas que puede plantear.

Llamar a la defensa de la vida un “asunto religioso” es intentar desacreditar una postura moral sin comprometerse con su sustancia. No es solo un etiquetado débil; en mi opinión, es cobardía intelectual.

¿Son religiosos los fundamentos provida?

El argumento provida fundamental se basa en la biología (cuándo comienza la vida humana), la ética (el valor de la vida humana) y la virtud de la justicia (la obligación moral e innata de proteger a los inocentes y a los indefensos). Ninguno de estos aspectos requiere creer en Dios para aceptarlos.

Sí, es cierto que muchos en el movimiento provida son religiosos. ¿Y qué? Ese no es el punto. ¿Desde cuándo la demografía de un movimiento determina la verdad o legitimidad de sus principios? No despreciamos el movimiento por los derechos civiles como una cruzada religiosa, aunque muchos de sus líderes, con Martin Luther King a la cabeza, fueran pastores. No desechamos el ecologismo porque muchos de sus seguidores hablen de la naturaleza en términos emocionales y personales. ¿Por qué entonces se señala de manera única la causa provida, reduciendo su seriedad moral a mero sentimiento religioso?

¿Empezó el movimiento provida por razones religiosas?

Incluso si el movimiento provida tuvo fuertes raíces en comunidades religiosas (un punto histórico complejo y discutido), eso no dice nada sobre el mérito de sus argumentos. La verdad de una idea no depende de quién la dijo primero, ni de por qué.

Si Einstein hubiera sido sacerdote, ¿la teoría de la relatividad sería teológica? Si una persona religiosa dice que robar está mal, ¿el peso moral de esa posición queda anulado por su fe?

Este tipo de razonamiento, que intenta desacreditar un argumento rastreando su origen, se conoce como falacia genética. Es el mismo razonamiento usado por quienes dicen “la democracia es una idea occidental” para rechazarla en sociedades no occidentales. Es perezoso, superficial e irrelevante para el contenido del argumento.

Por qué importa este etiquetado incorrecto

Las palabras moldean la percepción, y la percepción moldea el discurso. Clasificar la postura provida como una ‘cuestión religiosa’ no es solo un tema de clasificación; es una forma de distorsionar la naturaleza de la discusión antes de que comience. Etiquetar las convicciones provida como “religiosas” margina el argumento desde el principio. Lo aparta del ámbito de la ética pública y lo coloca en el terreno privado de la fe, como si no tuviera más relevancia para la política que una preferencia dietética personal. Enseña a la gente a ver un tema social muy moral como la opinión personal de «unos pocos piadosos» y, por lo tanto, sugiere que esta conversación solo tiene sentido en las iglesias, no en los tribunales ni en los parlamentos.

Mi preocupación es que esta tergiversación enseña a la gente, especialmente a los jóvenes y a quienes están fuera de los círculos religiosos, que a menos que pertenezcas a una fe específica, no tienes razón ni derecho a sostener una postura provida. Sugiere que preocuparse por la vida no nacida es solo para los religiosos, excluyendo a individuos reflexivos que podrían llegar a la misma conclusión por la razón, la ética o la convicción personal. Convierte una cuestión moral universal en un emblema tribal. Y, al hacerlo, cierra la puerta a miles de personas que de otro modo se implicarían seriamente en el tema.

Aún peor, conduce a una especie de segregación argumental, donde ciertas perspectivas se excluyen del debate público legítimo no porque sean falsas o dañinas, sino porque se perciben como propias de “la gente equivocada”. En cierto sentido, también puede llevar a una segregación intelectual, pues promueve la idea de que algunas creencias son menos dignas de ser discutidas simplemente por quién las sostiene.

Este mal etiquetado también empobrece al lado proabortista del debate. Al negarse a enfrentarse seriamente a los argumentos provida más sólidos, enraizados en la biología, la ética y la justicia, muchos que se autodenominan proabortistas terminan discutiendo contra un espantapájaros. Debaten contra una teocracia imaginada en lugar de una filosofía real. Ridiculizan villanos caricaturescos en lugar de afrontar un razonamiento riguroso. Y, como resultado, toda la conversación se estanca.

Una sociedad que funcione no puede permitirse tratar cuestiones morales fundamentales como disputas teológicas de nicho. No relegamos las cuestiones de guerra, racismo o pobreza al ámbito religioso simplemente porque muchas personas religiosas tengan opiniones firmes sobre ellas. No decimos que la oposición al racismo es un “asunto religioso” solo porque las iglesias apoyaron las marchas de Selma de 1965 para asegurar el derecho al voto de los afroamericanos. No afirmamos que preocuparse por los pobres sea inválido porque recuerde principios bíblicos. Entendemos, con razón, que no son preocupaciones sectarias, sino públicas, cívicas y profundamente humanas.

Entonces, ¿por qué no la vida?

 ¿Por qué la cuestión del aborto, posiblemente uno de los temas morales más profundos de nuestro tiempo, es señalada y acotada como si fuera solo territorio de “los religiosos”? Si la dignidad humana importa, si importa la justicia para los vulnerables, si valoramos la ética, la compasión y la razón, nos debemos a nosotros mismos —y a los demás— afrontar esta cuestión con honestidad, no con etiquetas.

El valor de la vida humana no es una preocupación confesional. No es católica ni protestante, musulmana ni judía, espiritual ni secular. Es universal. Y cualquier sociedad que aspire a ser justa debe tratarla como tal. Esto no es un “asunto religioso”. Es un asunto humano. Y merece ser tratado con la seriedad y la claridad moral que corresponden a todos los asuntos humanos.

O autorBryan Lawrence Gonsalves

Fundador de "Catholicism Coffee".

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Ecologia integral

¿Por qué el Papa critica los “sueldazos” de algunos directivos?

Las declaraciones han sido publicadas en Crux, la cabecera en la que trabaja Elise Allen, que ha realizado la primera gran entrevista que concede León XIV.

Javier García Herrería-16 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 3 acta

Los sueldos desorbitados de los directivos y deportistas de élite han sido un tema recurrente en el debate público. Las recientes declaraciones del Papa León XIV, en su primera entrevista oficial, reactivan el interés por esta cuestión.

Preguntado sobre la polarización en nuestras sociedades, León XIV afirmó: «Considero muy significativo la creciente brecha entre los niveles de ingresos de la clase trabajadora y el dinero que reciben los más ricos. Por ejemplo, directores ejecutivos que hace 60 años podrían haber ganado entre cuatro y seis veces más que lo que reciben los trabajadores, la última cifra que vi es 600 veces más que lo que recibe el trabajador promedio. Ayer se supo que Elon Musk será el primer billonario del mundo. ¿Qué significa eso y de qué se trata? Si eso es lo único que todavía tiene valor, entonces estamos en serios problemas…».  

León XIV no realiza una condena explícita al capitalismo o al liberalismo, pero sí subraya cómo las desigualdades gigantes son problemáticas. No parece que el Papa pretenda criticar el éxito personal, pero sí cuestionar los valores que la sociedad prioriza.

¿Por qué la Iglesia se inmiscuye en el debate de los sueldos?

La Iglesia católica puede opinar sobre los salarios desproporcionados no por una intromisión en asuntos puramente económicos, sino por una cuestión de principios morales. La Doctrina Social de la Iglesia sostiene que el capitalismo y el liberalismo no pueden ser sistemas sin límites. Uno de los principios fundamentales de esta doctrina es el destino universal de los bienes humanos.

Este principio, que se remonta a los Padres de la Iglesia, establece que la tierra y sus recursos están destinados a ser utilizados por toda la humanidad. Por eso, mientras un gran número de seres humanos tenga graves carencias materiales, resulta problemática la excesiva acumulación de riqueza por parte de otros.

Aunque la Iglesia reconoce y defiende el derecho a la propiedad privada como un medio para garantizar la autonomía y el desarrollo personal, este derecho no es absoluto. En un mundo donde la desigualdad se ha disparado, la Iglesia considera que la acumulación desmedida de riqueza por parte de una minoría va en contra del destino universal de los bienes.

La desigualdad global: datos que validan la crítica

La crítica de la Iglesia se apoya en datos que evidencian la creciente desigualdad económica. Como señalan unánimemente los informes de numerosas organizaciones (UNESCO, OSXFAM, Credit Suisse), el 1% más rico del mundo posee una cantidad de riqueza que supera la de la mayoría de la población mundial. Por ejemplo, el 10% más rico de la población mundial acapara el 76% de la riqueza total, mientras que el 50% más pobre solo posee el 2% de la riqueza global.

Esta disparidad no es solo un problema estadístico, sino una injusticia moral que tiene graves consecuencias sociales y cívicas. El problema de nuestro sistema económico no es que permita que haya gente muy rica, sino que esto sucede mientras millones de personas luchan por acceder a lo más básico para una vida digna. La Iglesia no busca la abolición de la propiedad privada ni una igualdad económica entre todos los seres humanos, sino una economía que facilite un mínimo de dignidad material a todas las personas.

El eco de la crítica de Michael Sandel

Las palabras del Papa resuenan con las ideas del filósofo estadounidense Michael Sandel, Premio Princesa de Asturias y famoso exprofesor de Harvard, que ha sido uno de los críticos más famosos de la desigualdad salarial. Si el único indicador de valor es la acumulación de riqueza, se desestima la importancia de la solidaridad y el bien común. Al desvincular el valor del trabajo de su contribución real a la sociedad, se erosiona la dignidad de aquellos trabajos que, aunque esenciales, están mal remunerados.

Sandel argumenta que la idea de que el éxito se basa únicamente en el esfuerzo individual es una falacia. La suerte, el entorno social y las circunstancias de nacimiento juegan un papel crucial, y sin embargo, la sociedad meritocrática tiende a ignorar estos factores. Los datos muestran que el ascensor social no funciona y, por tanto, uno no es tan responsable de su éxito (o fracaso), como el sueño americano trata de hacernos creer. 

Para Sandel, los salarios astronómicos de los directivos y deportistas son el producto de una sociedad que confunde el valor de mercado con el valor moral. Esta distinción es crucial: un gestor de fondos de inversión puede generar una fortuna, pero ¿su contribución es realmente más valiosa para la sociedad que la de un maestro o una enfermera? La crítica de Sandel, al igual que la parece realizar el Papa en sus declaraciones, no busca anular el éxito, sino redefinir lo que debe ser valorado por la sociedad.

En un mundo donde la desigualdad crece y la polarización social crece, las palabras de León XIV invitan a una revisión de nuestros valores. Al cuestionar la desproporción salarial, León XIV plantea el debate sobre la sociedad estamos construyendo y a quién se está recompensando realmente.

Espanha

El Papa nombra a Mons. Piero Pioppo como Nuncio en España

El arzobispo italiano, con una larga trayectoria en el servicio diplomático de la Santa Sede, asume ahora la representación en España.

Redação Omnes-15 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: < 1 minuto

El papa León XIV ha nombrado a Mons. Piero Pioppo, arzobispo titular de Torcello, como nuevo Nuncio Apostólico en España. Hasta la fecha ejercía como representante de la Santa Sede en Indonesia y ante la Asociación de Naciones del Sudeste Asiático (ASEAN). El nombramiento, hecho público hoy a las 12.00 horas, fue comunicado a la Conferencia Episcopal Española por la Nunciatura Apostólica.

Nacido en Savona (Italia) el 29 de septiembre de 1960, Pioppo fue ordenado sacerdote en 1985 en la diócesis de Acqui Terme e incardinado en ella. Es doctor en Teología Dogmática y, desde 1993, forma parte del Servicio Diplomático de la Santa Sede, donde ha trabajado en las nunciaturas de Corea y Chile, así como en la Secretaría de Estado. Habla con fluidez italiano, francés, inglés y español.

En 2006 fue designado Prelado del Instituto para las Obras de Religión (IOR) y, cuatro años después, Nuncio Apostólico en Camerún y Guinea Ecuatorial, cargo para el que fue ordenado obispo el 18 de marzo de 2010. Desde 2017 ejercía como Nuncio en Indonesia y, desde 2018, ante la ASEAN.

Retraso en el nombramiento

El nombramiento de Mons. Piero Pioppo como nuncio apostólico en España se ha visto acompañado de un detalle diplomático llamativo: la concesión del plácet por parte del Gobierno español se dilató varios meses.

En ámbitos diplomáticos, este tipo de demoras suelen interpretarse como señales de desacuerdo o protesta hacia la parte que presenta al candidato. Aunque desde Moncloa no se han ofrecido explicaciones oficiales, muchos analistas lo han interpretado como un signo de protesta.

Mundo

60 adultos bautizados en Shanghái en la fiesta de la Santa Cruz

Sesenta adultos recibieron el Bautismo en una celebración presidida por el obispo de Shanghai Mons. Joseph Shen, en la catedral de San Ignacio (Xujiahui).

Redação Omnes-15 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 2 acta

En un ambiente de profunda fe y alegría, la Catedral de San Ignacio, en el histórico barrio de Xujiahui (Shanghái), fue escenario de un acontecimiento extraordinario: sesenta adultos recibieron el sacramento del Bautismo durante la celebración de la fiesta de la Exaltación de la Santa Cruz. La solemne Eucaristía fue presidida por Monseñor Joseph Shen, obispo de Shanghái, y congregó a cientos de fieles que quisieron acompañar a los nuevos miembros de la Iglesia.

El testimonio de los presentes da cuenta de la emoción del momento, uno de los testigos relataba: “Era impresionante ver a aquel numeroso grupo de catecúmenos acercarse a la fuente de la gracia para ser bautizados”.

En medio del rito, las palabras del Apocalipsis venían espontáneamente a la mente: “Entonces uno de los ancianos habló, diciéndome: Estos que están vestidos de ropas blancas, ¿quiénes son, y de dónde han venido? Yo le dije: Señor, tú lo sabes. Y él me dijo: Estos son los que han salido de la gran tribulación, y han lavado sus ropas, y las han emblanquecido en la sangre del Cordero” (Ap 7,13-14).

Un signo de esperanza

Las vestiduras blancas de los neófitos evocaban este pasaje, recordando a todos que el Bautismo es nuevo nacimiento en Cristo y participación en su victoria sobre el pecado y la muerte. En un contexto donde la fe se vive muchas veces en silencio y discreción, este acontecimiento se percibe como un verdadero signo de esperanza y un motivo para dar gracias a Dios por la vitalidad de su Iglesia.

El sacramento del Bautismo es la puerta de entrada a la vida cristiana y, para estos sesenta adultos, significa el inicio de un camino de fe que, sostenido por la comunidad. La comunidad católica en Shanghái, con el apoyo de sus pastores y catequistas, ha acompañado pacientemente su preparación en un itinerario catecumenal que ahora florece en esta celebración, en la que también recibieron la Confirmación y la Eucaristía.

En la fiesta de la Exaltación de la Santa Cruz, donde se recuerda que en la Cruz de Cristo se ha dado la salvación del mundo, la Iglesia en Shanghái renueva su compromiso de ser testigo de la fe en medio de la sociedad contemporánea.

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Evangelização

Nossa Senhora das Dores

En el mes de septiembre, que contiene tantas advocaciones de la Virgen María, la Iglesia celebra el día 15 a Nuestra Señora de los Dolores, memoria ligada a la Exaltación de la Santa Cruz del domingo día 14.

Francisco Otamendi-15 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 2 acta

La devoción a la Mater Dolorosa, Nuestra Señora de los Dolores, extendida de modo particular en los países mediterráneos, se desarrolló a partir de finales del siglo XI. El Papa Pío VII introdujo la celebración en el calendario litúrgico romano en 1814. Y san Pío X fijó la fecha definitivamente en el 15 de septiembre, pasando de los ‘Siete Dolores’ a ‘Nuestra Señora de los Dolores’, señala Notícias do Vaticano.

Testimonio de la antigüedad de esta devoción es el ‘Stabat Mater’, atribuido al Beato Jacopone da Todi (1230-1306). En el s. XV se encuentran ya las primeras celebraciones litúrgicas de María dolorosa al pie de la Cruz, explica la agencia vaticana. No hay que olvidar que en 1233 se fundó la Orden de los frailes ‘Siervos de María’. Los serbitas contribuyeron extender la devoción a Nuestra Señora de los Dolores.

La fiesta conmemora el sufrimiento y la fortaleza de María durante la Pasión y Muerte de Jesús. La advocación es conocida también por otros nombres como La Dolorosa, Virgen de la Amargura y Virgen de la Piedad. En unión a la obra redentora del Hijo, María se convierte en la Madre que da a luz a todo cristiano, a todo discípulo de Jesús.

María, al pie de la cruz

Refiriéndose a esta celebración, escreveu san Pablo VI: es “ocasión propicia para revivir un momento decisivo de la historia de la salvación. Y para venerar junto con el Hijo exaltado en la Cruz a la Madre que comparte su dolor”. En unión a la obra redentora del Hijo, María se convierte en la Madre que da a luz a todo cristiano, a todo discípulo de Jesús.

Benedicto XIV anotó en su encíclica ‘Deus caritas est’ que nuestra Madre “es humilde”, y mujer de fe, de esperanza. «Una mujer que ama”, como recoge el libro ‘María’.  “La hora de la Madre llegará solamente en el momento de la cruz, que será la verdadera hora de Jesús. Entonces, cuando los discípulos hayan huido, ella permanecerá al pie de la cruz”.

O autorFrancisco Otamendi

El corderillo sin mancha

El 15 de septiembre, día de la Virgen de los Dolores, brotó este cuento: la historia de una madre desgarrada y redimida, que en su propio dolor encontró el eco del de María al pie de la cruz.

15 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 5 acta

Aquel niño que acababa de salir de sus entrañas era la más hermosa criatura que jamás había visto. Aunque la habían aleccionado para no encariñarse con él, a Alina se le rompió el alma cuando, rápidamente, lo sacaron del paritorio envuelto en una toalla.

El equipo médico también estaba entrenado para evitar en lo posible el contacto de la parturienta con el niño, por lo que habían dispuesto una sábana delante de ellos que les servía de mampara. Pero la providencia dispuso que, en el movimiento de extracción del bebé, el matrón tirara sin querer también de la sábana permitiendo esa fugaz mirada gracias a la cual, exhausta aún, la madre pudo admirar la belleza de aquel pequeño milagro moreno. 

Sus otras dos hijas, que la esperaban en casa, eran rubias como el sol. Nacieron pelonas, aunque pronto les crecieron largas melenas que Alina se afanaba en cepillar cada mañana antes de ir al colegio. ¡Cómo le gustaba acariciar aquellos sedosos hilos de oro mientras las escuchaba contar esas cosas que solo se cuentan a una madre en una sesión familiar de peluquería! Por cierto, ¿cómo estarían? Después de dos semanas ingresada en la clínica por riesgo de preeclampsia, se le habían olvidado sus voces y su olor. 

La agencia que gestiona la gestación subrogada se preocupaba mucho por la salud de sus «asociadas» y la había obligado a internarse, por lo que las niñas se habían tenido que quedar con su abuela paterna, la única familia que les quedaba en Kiev. La suegra había superado felizmente la depresión que le produjo la pérdida de su único hijo, Dmytro, en el frente del Donbás. Sus nietas y su nuera habían sido su escalera para salir del pozo de la enfermedad mental. Su exigua pensión apenas le da para llegar al día 7 de cada mes y, ahora, tras la noticia de que Rusia bombardeó recientemente una cola de jubilados que esperaban para cobrarla, ya no se atreve ni a ir.   

Mientras la preparaban para la episiotomía, Alina comenzó a tener pensamientos horribles sobre el futuro del niño. Sabía que los padres que se lo habían encargado tenían buena posición. Los 14.000 euros que ella recibiría, equivalentes al triple del salario anual medio, eran sólo una porción del montante total de gastos que conllevaba alquilar sus servicios. Con tanta capacidad económica seguro que al niño no le faltaría nada material, pero no podía evitar imaginarlo maltratado, abusado o no querido. 

El agudo dolor de la primera puntada de la sutura (la anestesia se raciona en los hospitales en tiempos de guerra) la obligó a echar la cabeza hacia atrás en un acto reflejo que provocó que su mirada se cruzara con la de una Virgen dispuesta en la cabecera de la cama. Se trataba de un icono del Perpetuo Socorro, esa imagen en la que el niño Jesús, asustado al ver los clavos y otros instrumentos de la pasión que portan unos ángeles, corre a buscar la protección de su madre. 

–¡Ay! –otra puntada, otro clavo–. ¡Socorro, mamá! –Gritaba por dentro Alina apretando los dientes y deseando poder esconderse, como el niño, bajo el manto de María–.  ¿Qué clase de madre da a luz a un hijo para dárselo a otros? –se culpaba–. Ese niño gordo, hermoso, que solo me conoce a mí ¿cómo entregarlo a quien no sabes cómo lo va a cuidar? 

Pero se justificaba pensando en sus dos rubias a quienes no les iba a volver a faltar un vaso de leche en el desayuno en los próximos años.

–Además, el moreno no es mío –continuaba excusándose– no lleva mis genes. 

¡Pero era tan bonito! Mira que fue solo un instante lo que pudo verlo, pero le parecía perfecto, estaba orgullosísima de haberlo traído al mundo y el dolor por la separación, que apenas había sido de unos minutos, no paraba de crecer. 

–Seguro que ahora estará llorando buscando el pecho –pensaba mientras la angustia empezaba a ahogarla–. ¡Y cuántas más veces me buscará y no estaré yo al lado para socorrerlo! ¡Ay mi niño! ¡Ay mi moreno! Grito ya en voz alta.

–Tranquila Alina, él está bien –la calmó una auxiliar–. Está con sus padres que lo van a querer mucho y tú vas a ver ya mañana a tus hijas de nuevo y llevártelas a comer helado como me dijiste ayer.

De nada servían las palabras de consuelo, ya no le apetecía aquel helado con sus rubias. Ya no quería la «compensación por las molestias» como llamaban eufemísticamente en la agencia a la humillante explotación de mujeres pobres que es a lo que realmente se dedican. ¿Sus hijas y su suegra? ya saldrían adelante, pensaba. 

Mirando de nuevo el icono bizantino, oraba así de todo corazón: «María, tú sabes lo que es el dolor de perder a un hijo. Tú también tuviste que entregar a tu hijo por los demás. Tú, que viste llevar a tu corderillo sin mancha al matadero, no permitas que le pase nada malo al mío, dale una madre, la mejor madre, sé tú su madre. Cuídamelo allá donde vaya y dile a tu hijo que perdone mi mala cabeza. Estoy arrepentida, muy arrepentida». 

No había terminado de pronunciar la oración cuando la puerta del paritorio se volvió a abrir y apareció la responsable de la agencia con cara de que algo no iba bien. 

–Hola Alina –se acercó dulcemente la empresaria–. ¿Cómo estás? Me han dicho que ha sido un parto muy bueno al final, a pesar de la tensión alta y de los puntos… 

–Sí, gracias, este ha sido más rápido que los anteriores –contestó–. ¿Cómo está el niño, lo han visto ya sus padres?

–Verás, Alina, hay un problema…

–¿Problema, qué problema? Dime que está bien, por favor, dime que no le ha pasado nada.

–Está bien, está bien, tranquila. Solo que… Tiene un pequeño defecto, algo que no se pudo detectar en la ecografía, un hemangioma en el brazo. No es ningún problema de salud solo una mancha en la piel que… Bueno, no es perfecto y los padres lo han rechazado porque les da pena que los niños se vayan a meter con él cuando vaya a la escuela. Además, son instagramers y querían hacerle muchas fotos y así no iba a poder ser. Como no tienen problema de dinero, lo volverán a intentar. 

–¿Que no es perfecto? ¡Si es la cosa más bonita que he visto jamás!

–Sí, que lo es, Alina, yo pienso como tú –dramatizó–. El niño es una monería. Verás… Está previsto en estos casos que, al tener que ofrecer al niño en una nueva adopción, se le pregunte primero a la madre gestante. Tú vas a recibir, por supuesto la compensación que habíamos acordado, con un pequeño plus que se les cobrará aparte a los padres por la devolución. ¿Estás de acuerdo?

–¿Que si estoy de acuerdo? –respondió con una sonrisa de oreja a oreja e incorporándose como si no acabara de parir–. Tráeme ahora mismo al niño que es mío y solo mío y nadie lo ha querido nunca ni lo va a querer más que yo. 

Con un gesto de alivio, la empresaria salió rápidamente de la habitación regresando enseguida con el niño entre sus brazos.

Al tomarlo la madre sobre su pecho, el niño pareció reconocerla enseguida y empezó a menear la cabeza buscando arrancar el primer calostro. Alina no podía dejar de mirar cada pliegue de su piel y de acariciar esa mata de pelo negro en su cabeza. ¿Y la mancha del brazo? Mirándola bien, tiene forma de estrella, como la que luce la Virgen sobre su cabeza en el icono de ahí arriba. 

–Esta será tu señal, Dmytro –le susurró a su recién nacido acariciándole la mancha mientras lo amamantaba–, la señal de la madre de otro niño moreno; un corderillo sin mancha, al que tuvo que entregar con mucho dolor para salvar a muchos; pero que luego le fue devuelto para vivir ya con ella para siempre.

O autorAntonio Moreno

Jornalista. Licenciado em Ciências da Comunicação e Bacharel em Ciências Religiosas. Trabalha na Delegação Diocesana dos Meios de Comunicação Social em Málaga. Os seus numerosos "fios" no Twitter sobre a fé e a vida diária são muito populares.

Educação

José María La Porte: “La apertura de pensamiento es un atractivo de las universidades católicas”

El profesor José María La Porte es uno de los impulsores del Congreso Internacional Purpose of the University, un encuentro que pretende reflexionar sobre la identidad y misión de las universidades católicas.

Alina Maria Balaj-15 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 4 acta

Con ocasión del Congreso Internacional Purpose of the University sobre el propósito de la universidad en el ámbito católico, que se celebrará del 29 al 31 de octubre de 2025, Omnes ha entrevistado a uno de los impulsores del evento, el profesor José María La Porte (profesor de la Facultad de Comunicación de la Pontificia Universidad de la Santa Cruz), que forma parte del grupo internacional de investigadores University and Catholic Identity

Este equipo forma parte del Laboratorio de Investigación de la Universidad de la Santa Cruz y tiene como objetivo crear un foro internacional de expertos y una plataforma interdisciplinar que profundice en temas clave relacionados con la cultura y la misión de las universidades católicas.

La entrevista se publica también con ocasión del lanzamiento del libro Universities, Purpose and Catholic Identity. Examining Governance, Communication, and Core Curriculum, editado por Routledge. Esta obra aborda los desafíos y aspiraciones contemporáneos de las universidades católicas a través de una mirada histórica, filosófica y práctica.

En esta conversación se abordan los motivos que inspiraron la organización de este primer congreso, el papel que desempeñan las universidades católicas en un mundo polarizado, su modelo de gobierno, y los desafíos que enfrentan en cuanto a docencia, investigación y proyección social. Una mirada profunda que explora cómo estas instituciones pueden ofrecer una propuesta educativa verdaderamente significativa, abierta a la diversidad, comprometida con la persona en todas sus dimensiones y atenta a las necesidades de la sociedad actual.

¿Por qué han organizado un congreso sobre el propósito de la universidad en el ámbito católico?

—Este congreso es parte de un proyecto más amplio. Está promovido por un grupo de investigación sobre la identidad cristiana de la universidad: en qué consiste, cómo se manifiesta, de qué manera se cultiva o se difumina. 

El grupo está formado por profesores de nueve universidades de distintos países, que se proponen investigar sobre estos temas a lo largo de los próximos años. Este congreso es el primero promovido por el grupo. El propósito de la universidad nos ha parecido un buen tema para comenzar, pues es algo esencial, ya que inspira todas las actividades y motiva a las personas.

¿Cómo se define la “gobernanza” de una universidad católica? ¿En qué se diferencia de la de una universidad secular?

—La gobernanza es un elemento fundamental en una universidad: determina la dirección, establece la estrategia, distribuye los recursos. En ese sentido, todas las universidades se parecen: han de tener objetivos claros, han de aspirar a la calidad, necesitan estar bien gestionadas. 

Quizá la gobernanza de una universidad católica se podría caracterizar por una especial atención a las personas. Digo “especial” porque entiendo que es algo que interesa a todos. Y también la conciencia de la propia misión evangelizadora. 

¿Cuál sería el propósito de una universidad católica en el contexto actual polarizado?

—Pienso que, en estos momentos, las universidades católicas pueden hacer una gran aportación fomentando algunos valores cristianos: el respeto a la persona, el amor a la libertad, la cultura del diálogo y del encuentro, el deseo de servir a la propia comunidad.

La mentalidad católica, universal, está acostumbrada a la convivencia de personas de diferentes países y culturas. Esto se ve muy bien en las universidades pontificias, que son un auténtico mosaico. Todo esto en mi opinión es un antídoto que evita el pensamiento único y la polarización.

Enseñanza, investigación y compromiso social son los pilares sobre los que se basa cualquier universidad. ¿Cómo se despliegan en un contexto católico?

-Es una pregunta muy amplia, hace falta más de un congreso para responderla. Por decir algo común a las tres misiones, pienso que una universidad católica tiene que ofrecer la posibilidad de estudiar los grandes temas de la antropología, las grandes preguntas que se plantea todo ser humano: la vida, la muerte, el sentido de la existencia, la vocación al servicio. La fe arroja mucha luz sobre estas cuestiones, que están presentes en la investigación, la docencia y la divulgación.

¿Qué modelos de gestión empresarial pueden aplicarse en las universidades católicas, manteniendo una visión de servicio y cuidado de la persona?

—No estoy seguro de que haya un modelo de gestión empresarial más adecuado para las universidades católicas. Los modelos dependen de la cultura del país en el que se encuentra la universidad. Pero si hay algo común a todas, en mi opinión, es que tienen que ser excelentes a la hora de gestionar recursos escasos. Esto implica mucha profesionalidad y mucho ingenio.  

¿Qué impacto puede tener la cultura de una universidad católica en la sociedad actual? ¿Puede inducir cambios en la mentalidad colectiva?

—La influencia de una universidad católica en la sociedad es similar a la influencia de cualquier otra universidad. Sobre todo, se nota en la formación que han recibido sus estudiantes. Son ellos los que al terminar sus estudios e incorporarse a los trabajos y a la vida social llevan consigo conductas, valores, ideas, proyectos, que tienen un impacto incalculable. 

Pienso que mantener esa perspectiva personal, concreta, ayuda mucho a trabajar con serenidad.

¿Qué desafíos deben enfrentar las universidades católicas para seguir siendo relevantes a través de la investigación?

—Las mejores universidades transmiten conocimiento y también lo generan. Pienso que la investigación de las universidades católicas puede ser muy relevante por los temas que trata y por los enfoques que adopta. 

Conozco por ejemplo un proyecto de investigación que llevan adelante varias universidades y que está centrado en el estudio de los valores que inspiran a los jóvenes, aquello que les atrae y les mueve. Las posibilidades de desarrollar una investigación de impacto son infinitas.

¿Por qué los jóvenes siguen eligiendo una universidad católica y cómo se puede atraer nuevos estudiantes en una sociedad secularizada?

—Las universidades católicas encuentran las mismas dificultades que todas las demás: problemas demográficos, económicos, etc. Pienso que a los estudiantes les atraen mucho dos cosas de nuestras universidades: el ambiente cercano y la apertura de pensamiento.

Hace unos meses, un alumno ateo que provenía de una universidad teóricamente neutral pero ideológicamente muy sesgada, le decía a la profesora de una universidad católica: “en su curso me he sentido mucho más libre que en los realizados en mi anterior universidad. Aquí he podido hablar de todo, debatir sin miedo las ideas. Allí había algunos temas que no se podían tocar o sólo se podían enfocar de un determinado modo”.

O autorAlina Maria Balaj

Estudiante de Doctorado en Comunicación en la PUSC

Cinema

Robo grande, ladrón pequeño

The Sticky mezcla humor, drama y crimen: Tres inadaptados, un robo millonario y mucho sirope: la comedia más dulce del crimen.

Pablo Úrbez-15 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 2 acta

Série

Endereço: Brian Donovan y Ed Herro
Distribuição: Margo Martindale, Guillaume Cyr
Plataforma: Prime Video
País: Canadá, 2024

The Sticky – Prime Video: En un pequeño pueblo del Canadá francófono se concentra casi toda la producción mundial de sirope de arce. Ruth Clarke, que vive de la venta de sirope y cuyo marido está en coma, padece la gestión corrupta y despótica de la Federación de Productores de Sirope. Remy Bouchard, por su parte, es un cuarentón que aún vive en casa de su padre y trabaja como guardia de seguridad en el almacén de la Federación. Por último, Mike Byrne pertenece a una familia de mafiosos, pero nadie le encarga trabajos serios por su ineptitud, así que actúa como chico de los recados. Estos tres personajes decidirán acometer juntos el robo de cientos de barriles de sirope, valorados en millones de dólares.

O termo sticky que da título a esta serie vendría a significar pegajoso, en referencia al sirope de arce. Nos encontramos ante una serie de carácter local, de producción canadiense y referencias geográficas y culturales plenamente adscribibles a la región francófona de Canadá, pero que es de alcance universal en su desarrollo del relato, en la caracterización de sus personajes y en su manera de narrar. The Sticky es una tragicomedia, que alterna la comicidad a causa de las situaciones trágicas que padecen sus personajes, con el suspense y el drama en el planteamiento de fondo. Una de sus mayores virtudes es la mesura para saber en cada momento ridiculizar, exponer el absurdo de las situaciones y tirar de ingenio, así como dar credibilidad al drama de los protagonistas y favorecer que el espectador empatice con ellos.

La serie, compuesta de seis capítulos (y que espera una segunda temporada), se inspira en un suceso real: entre 2011 y 2012, unos ladrones robaron casi 10.000 barriles de sirope durante varios meses. Un rótulo informa al inicio de cada capítulo de esta circunstancia, pero para indicar, precisamente que no se pretende reconstruir aquel episodio. No es, por tanto, una serie histórica, sino que se parte de una jugosa anécdota para diseñar a tres personajes entrañables y amoldar esta obra a los patrones de las historias de grandes robos: diseñar el plan, armarse del material y ejecutarlo, con las subtramas correspondientes. Es un relato protagonizado por marginados de la sociedad, cuya valía discurre paralela a la consecución o el fracaso de su ambicioso plan.

O autorPablo Úrbez

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Cultura

Científicos católicos: Amalia Heredia, investigadora y filántropa

El 16 de octubre de 1902 fallecía Amalia Heredia, investigadora, filántropa, coleccionista y mecenas; también fue marquesa de Casa Loring. Esta serie de biografías breves de científicos católicos se publica gracias a la colaboración de la Sociedad de Científicos Católicos de España.

Sociedade de Cientistas Católicos-15 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 2 acta

Amalia Heredia Livermore (3 de marzo de 1830 – 16 de octubre de 1902) fue la pequeña de diez hermanos en una familia en la que, además de la educación católica, les transmitieron el amor por las bellas artes.

Se casó a los veinte años con Jorge Loring Oyarzábal, un influyente ingeniero, empresario y político, que más tarde sería marqués, con el que tuvo nueve hijos. Tras casarse, transformó su residencia de Málaga en un jardín botánico, como los que había conocido en sus viajes por Europa. Se trata del Jardín Botánico La Concepción, que puede visitarse todavía hoy en Málaga. Interesada también por el coleccionismo, adquirió junto con su marido las tablas de la Lex Flavia Malacitana, una pieza compuesta por dos planchas de cobre del siglo I de nuestra era en la que se recoge parte del articulado legislativo de la Málaga romana. Aquella adquisición fue el germen del conocido como Museo Loringiano, que Amalia y Jorge construyeron en su residencia a base de recopilar piezas arqueológicas de muy diversos lugares.

Financió también el Hospital de San Julián, el Hospital Civil de Málaga, y el Colegio de La Asunción, con el que acercó a Málaga a las religiosas de la congregación francesa que había fundado Santa María Eugenia de Jesús. Las primeras alumnas del colegio fueron las propias hijas de Amalia, aunque el colegio también acogería a niñas que de otra forma no hubieran podido acceder a la educación.

Siendo una mujer que había recibido en su casa a personajes ilustres como el rey Alfonso XII o la Emperatriz Sissi, se cuenta que, cuando estaba de visita con su marido en la Alhambra de Granada, se declaró un incendio. Ella, sin dudarlo, se puso a acarrear cubos de agua para apagarlo, trabajando como un peón más sin ningún temor porque se le estropeara el vestido.

Además, cuando el matrimonio se trasladó a Madrid, Amalia Heredia fue socia fundadora de la Real Sociedad Española de Historia Natural y miembro de la Orden de Damas Nobles de María Luisa, una orden creada por Carlos IV en 1792 para distinguir a mujeres nobles que destacaban por sus servicios o cualidades.

O autorSociedade de Cientistas Católicos

Vaticano

Los mártires actuales muestran el poder del amor frente al odio, dice el Papa

El Papa León XIV ha manifestado en una oración ecuménica el domingo 14 de septiembre, fiesta de la Exaltación de la Santa Cruz, que los mártires y testigos actuales de la fe muestran el poder del amor frente al odio. Por la mañana, más de 30.000 fieles en la Plaza de San Pedro han felicitado efusivamente a León XIV por su 70 cumpleaños.

CNS / Omnes-14 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 7 acta

– Cindy Wooden / Carol Glatz (CNS).

En situaciones donde “el odio parecía haber permeado cada aspecto de la vida”, los mártires cristianos modernos demostraron que el amor es más fuerte que la muerte. Así lo declarou el Papa León XIV en un servicio de oración ecuménico, celebrado en la tarde de la fiesta de la Exaltación de la Santa Cruz, domingo en el que ha celebrado su 70 cumpleaños.

El servicio de oración del 14 de septiembre conmemoró a 1.624 católicos, ortodoxos, anglicanos y protestantes que murieron por su fe entre 2000 y 2025. Durante el Año Santo 2000, san Juan Pablo II dirigió una conmemoración similar de los cristianos asesinados en el siglo XX, principalmente por regímenes comunistas y fascistas.

El Papa León se reunió con 28 representantes de otras iglesias y comunidades cristianas para el servicio de oración en la Basílica de San Pablo Extramuros de Roma.

Con anglicanos, ortodoxos, protestantes 

El obispo anglicano Anthony Ball, representante del arzobispo de Canterbury ante la Santa Sede, y el arzobispo ortodoxo Elia de Helsinki y Toda Finlandia, representante del Patriarcado Ecuménico de Constantinopla, estuvieron a ambos lados del Papa. El metropolitano ortodoxo ruso Antonio de Volokolamsk, presidente del departamento de relaciones exteriores del Patriarcado de Moscú, también asistió.

El Vaticano no publicó los nombres de los 1.624 nuevos mártires, cuyas historias fueron enviadas en los últimos dos años por conferencias episcopales católicas, órdenes religiosas y nunciaturas de todo el mundo.

Dorothy Stang, padre Ragheed Ganni, hermano Francis Tofi…

Pero el Papa León mencionó a algunos de ellos en su homilía, incluida la hermana Dorothy Stang, miembro estadounidense de las Hermanas de Notre Dame de Namur. Fue asesinada a tiros en la Amazonia brasileña en 2005 por defender los derechos territoriales de los agricultores indígenas y pobres.

“Cuando los que estaban a punto de matarla le pidieron un arma, ella les mostró su Biblia y respondió: ‘Esta es mi única arma’”, dijo el Papa León.

También habló del padre caldeo Ragheed Ganni, de Mosul, Irak, “quien se negó a luchar para dar testimonio del verdadero comportamiento cristiano”. Él y tres subdiáconos fueron asesinados a tiros frente a su iglesia en 2007.

El Papa también mencionó al hermano Francis Tofi, anglicano y miembro de la Hermandad Melanesia, quien dio su vida por la paz en las Islas Salomón. Tofi y otros seis miembros de la orden religiosa fueron asesinados por milicianos en Guadalcanal en 2003.

La persecución aumenta y “no queremos olvidar”

«Desafortunadamente, a pesar del fin de las grandes dictaduras del siglo XX, la persecución de los cristianos no ha cesado hasta el día de hoy», dijo el Papa. «Al contrario, en algunas partes del mundo ha aumentado».

“No podemos ni queremos olvidar”, dijo el Papa. Y “queremos mantener viva esta memoria junto a nuestros hermanos y hermanas de otras iglesias y comunidades cristianas. Por ello, deseo reafirmar el compromiso de la Iglesia católica de salvaguardar la memoria de los testigos de la fe de todas las tradiciones cristianas”.

Los nuevos mártires y testigos de la fe no fueron asesinados por la denominación a la que pertenecían, sino porque eran cristianos, dijo, y vivían el Evangelio del servicio amoroso a sus hermanos y hermanas.

Ecumenismo de la sangre

“Como reconocimos durante el reciente sínodo, el ecumenismo de la sangre une a cristianos de diferentes orígenes que juntos dan su vida por la fe en Jesucristo”, ha continuado. “El testimonio de su martirio es más elocuente que cualquier palabra: la unidad proviene de la Cruz del Señor”, dijo, citando el documento final del sínodo.

“Su martirio continúa difundiendo el Evangelio en un mundo marcado por el odio, la violencia y la guerra”, dijo el Papa León. “Es una esperanza llena de inmortalidad porque, aunque hayan sido asesinados físicamente, nadie puede silenciar su voz ni borrar el amor que han demostrado”.

Un grupo de personas de la ciudad peruana de Monsefú (Chiclayo), sostiene un cartel de felicitación por su 70 cumpleaños, dirigido al Papa León XIV, en la Plaza de San Pedro (Foto CNS/Vatican Media).

Por la mañana en San Pedro, felicitaciones 

‘Auguri Papa Leone’, decía esta mañana un gran cartel de peregrinos en la Plaza de San Pedro durante el rezo del Angelus, Y otro, ¡Feliz cumpleaños, Papa León! Los fieles felicitaron al Papa por su 70 cumpleaños, en la fiesta de la Exaltación de la Santa Cruz. 

La pancarta más grande, de color rojo y blanco, estaba sostenida por un grupo de la ciudad peruana de Monsefú, en la provincia de Chiclayo, donde el Papa había servido como obispo ocho años.

“Queridos amigos, parece que ya sabéis que hoy cumplo 70 años», dijo el Papa entre grandes vítores y gritos de «auguri”» que en italiano significa “felicitaciones” y “feliz cumpleaños”.

Agradecimientos

«Doy gracias al Señor y a mis padres; y agradezco a todos los que se han acordado de mí en sus oraciones”» dijo tras rezar el Angelus con los fieles en la Plaza de San Pedro.

Los músicos y bandas musicales en la plaza interpretaron la melodía de «Feliz cumpleaños» y la gente cantó y aplaudió.

Muchas gracias a todos”, dijo, y alguien gritó: “¡Viva el Papa !”.

“¡Gracias! ¡Que tengas un buen domingo!”, dijo.

El Vaticano también lanzó el tráiler de un nuevo documental que celebra las raíces estadounidenses del Papa León XIII. El primer Papa nacido en Estados Unidos, Robert F. Prevost, nació el 14 de septiembre de 1955 en Chicago y creció en Dolton, un suburbio cercano.

 “Leo from Chicago”

Titulado ‘Leo from Chicago’, el documental “se estrenará próximamente en los canales de Vatican Media” y «ofrecerá a los espectadores un retrato íntimo de los primeros años de vida del Papa León XIV en Estados Unidos. Comienza con los testimonios de sus hermanos Luis y Juan, junto con numerosas voces, imágenes e historias”, contadas por sus allegados, según el comunicado de prensa del 13 de septiembre.

‘Leo from Chicago’ sigue a ‘León de Perú’, documental sobre los años de misión del Papa en tierras peruanas.

Mientras tanto, los niños del hospital pediátrico propiedad del Vaticano enviaron al Papa tarjetas y cartas dibujadas a mano. Y los líderes de la iglesia de todo el mundo también le desearon al Papa un feliz cumpleaños, según Vatican News.

Oraciones

El cardenal Pietro Parolin, secretario de Estado del Vaticano, publicó un mensaje en nombre de la Curia Romana. Expresaba la “profunda gratitud por vuestro incansable testimonio del Evangelio y vuestro constante estímulo a los fieles”.

“Le aseguramos nuestras oraciones por su salud y fortaleza, para que pueda continuar guiando al pueblo de Dios en la unidad y la paz”, dice el mensaje.

Felicitación de personalidades 

El presidente italiano, Sergio Mattarella, elogió al Papa y escribió: “Sus palabras siempre han recordado a la comunidad internacional la dignidad de toda persona humana y la necesidad de paz. En nombre del pueblo italiano, le deseo lo mejor en salud y serenidad”.

El Secretario General de la ONU, António Guterres, escribió agradeciendo al Papa su “firme defensa del diálogo y el cuidado de nuestra casa común. Su liderazgo moral sigue inspirando a la comunidad mundial”.

El Patriarca Ecuménico Ortodoxo Bartolomé de Constantinopla escribió: “Nos alegramos con nuestros hermanos y hermanas católicos en este día, dando gracias por su espíritu fraternal y su dedicación a la unidad cristiana. Que el Señor les conceda muchos años más de salud y paz”.

Obispos italianos

La Conferencia Episcopal Italiana escribió: “Agradecemos al Señor el don del Papa León XIV, quien nos recuerda diariamente que la esperanza y la fraternidad están en el corazón de la vida cristiana. Nos unimos a toda la Iglesia para desearle serenidad y la alegría del Espíritu”.

Escribiendo en nombre de la Diócesis de Roma del Papa , el cardenal Baldassare Reina, vicario papal para Roma, señaló. “Por favor, acepten nuestras oraciones y afecto por todo lo que hacen cada día, con incansable dedicación, al servicio de la Iglesia universal, comenzando por la Iglesia de Roma”.

«Al compartir sus preocupaciones, especialmente por las numerosas escenas de guerra que ensangrentan el mundo, esperamos que puedan lograr lo que su corazón desea y continuar sembrando esperanza para los hombres y mujeres de hoy», dijo el cardenal.

Más enhorabuenas

El padre jesuita Arturo Sosa, superior general de la Compañía de Jesús, envió saludos en nombre de todos los jesuitas del mundo, escribiendo: «Vuestro estímulo para ‘ir a las periferias’ sigue inspirando nuestra misión y nuestro trabajo apostólico».

Caritas Internationalis, la organización que agrupa a las organizaciones caritativas católicas nacionales con sede en el Vaticano , escribió: «Su voz en favor de los pobres y desplazados fortalece nuestra misión caritativa. Celebramos su cumpleaños renovando nuestro servicio a los más necesitados».

60 aniversario del Sínodo de los obispos

Al final del Ángelus, el Santo Padre recordó que “mañana (por el lunes), celebramos el 60 aniversario de la instauración del Sínodo de los Obispos, una institución profética de san Pablo VI, para que los obispos pudiesen ejercitar más y mejor la comunión con el Sucesor del Pedro”. “Deseo que esta celebración”, añadió, “renueve el compromiso por la unidad, por la sinodalidad y la misión de la Iglesia”.

Exaltação da Santa Cruz

El Papa comenzó su alocución refiriéndose a la fiesta del día. “Hoy la Iglesia celebra la fiesta de la Exaltación de la Santa Cruz, en la que recuerda el hallazgo del leño de la cruz por parte de santa Elena, en Jerusalén, en el siglo IV, y la restitución de la preciosa reliquia a la Ciudad Santa, por obra del Emperador Heraclio.

Después, tras comentar la conversación de Jesús con Nicodemo, recogida en el Evangelio del día, el Papa subrayó la hondura de la entrega de Jesús.

“Dios nos salvó mostrándose a nosotros, ofreciéndose como nuestro compañero, maestro, médico, amigo, hasta hacerse por nosotros Pan partido en la Eucaristía. Y para cumplir esta obra se sirvió de uno de los instrumentos de muerte más cruel que el hombre haya jamás inventado: la cruz”, dijo.

El amor inmenso de Jesús

Por esto, “hoy nosotros celebramos su “exaltación”. Lo hacemos por el amor inmenso con el que Dios, abrazándola para nuestra salvación, la transformó de medio de muerte a instrumento de vida”. De esto modo nos enseña que “nada puede separarnos de Él (cf. Rm 8,35-39) y que su caridad es más grande que nuestro mismo pecado (cf. Francisco, Catequesis, 30 marzo 2016)”.

Al concluir, el Papa León invitó a pedir, “por la intercesión de María, la Madre presente en el Calvario junto a su Hijo, que también en nosotros se arraigue y crezca su amor que salva”. “Y que también nosotros sepamos donarnos los unos a los otros, como Él se ha donado enteramente a todos”.

O autorCNS / Omnes

Vaticano

Histórico concierto en San Pedro: música por la fraternidad universal

La Plaza de San Pedro acogió anoche el macroconcierto Grace for the World, que reunió a artistas internacionales como Andrea Bocelli, Karol G y Pharrell Williams.

Redação Omnes-14 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 2 acta

Ayer por la noche, la Plaza de San Pedro se transformó en un escenario festivo y simbólico con el macroconcierto “Grace for the World”, que culminó la tercera edición del Encuentro Mundial sobre la Fraternidad Humana.

¿Cuál era el sentido del concierto?

El evento, promovido por el Vaticano y la Fundación Fratelli Tutti, tenía como objetivo difundir un mensaje global de paz, unidad, fraternidad y reconciliación, frente a los conflictos y divisiones que afectan al mundo actual. Fue concebido como un cierre festivo del Encuentro Mundial sobre la Fraternidad Humana, que reunió expertos y líderes de diversos ámbitos.

¿Quiénes actuaron?

El cartel incluyó artistas de renombre internacional y de estilos diversos:

  • Karol G, la artista colombiana, quien interpretó Mientras me curo del cora al inicio, y más tarde se unió al tenor para cantar Vivo por ella.
  • Andrea Bocelli, figura central del evento, inauguró con un Avé Maria y participó en varios duetos.
  • Pharrell Williams, quien animó al público con Happy y pidió que se encendieran los teléfonos móviles para iluminar la plaza, como gesto simbólico de unidad.
  • John Legend, que aportó canciones como Glory o Bridge Over Troubled Water.
  • También participaron Angélique Kidjo, Jennifer Hudson, el rapero Jelly Roll, artistas del K-pop como BamBam, y otros invitados que aportaron su diversidad musical al repertorio.

Elementos visuales y especiales

Uno de los momentos más impactantes fue el espectáculo de drones, con más de 3.500 aparatos que dibujaron en el cielo imágenes emblemáticas de la cristiandad, como fragmentos de la Creación de Adán de la Capilla Sixtina y el rostro sonriente del difunto papa Francisco.

Presencia institucional

Aunque el papa León XIV no asistió al concierto, su papel estuvo presente a través del mensaje institucional del Vaticano. El cardenal Mauro Gambetti, en representación del Vaticano, reiteró la condena a la guerra y el llamado a la fraternidad universal.

Espanha

Pep Borrell, Gregorio Luri o Sara Pérez Tomé entre los ponentes de la I Jornada del Foro de la Familia

La I Jornada Foro de la Familia tendrá lugar el 18 de octubre de 10:00 a 14:00 en el Colegio Mayor Universitario de San Pablo de Madrid.

Redação Omnes-14 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 2 acta

El próximo 18 de octubre, el salón de actos del Colegio Mayor Universitario de San Pablo en Madrid acogerá la I Jornada Foro de la Familia, un encuentro que busca reflexionar sobre el papel de la familia en la sociedad actual como espacio privilegiado de crecimiento humano, afectivo y educativo.

El evento reunirá a reconocidos especialistas del ámbito de la filosofía, la educación, la psicología y la orientación familiar.

Familias y economía

Gregorio Luri, uno de los pensadores españoles más influyentes en el ámbito educativo contemporáneo será el encargado de inaugurar la Jornada con una ponencia titulada: Elogio de las familias sensatamente imperfectas con la que Luri abordará la importancia del hogar como el lugar originario donde se aprende la verdad sobre el bien, el amor y la identidad.

Uno de los temas más originales y atractivos de la jornada se centra en la educación financiera, un tema que estará a cargo de Marta Cuevas, directora de Formación del Instituto de Planificación Financiera Familiar (IPFF). Cuevas destacará la importancia de la familia como la primera escuela de hábitos financieros para prevenir crisis, fomentar la responsabilidad y dar a los hijos herramientas de serenidad y libertad en la administración de sus recursos.

Educación emocional y estabilidad familiar

La segunda parte de la jornada contará con Pep Borrell, uno de los autores de moda por sus interesantes propuestas en defensa de la alegría y la belleza del matrimonio. Borrell abordará cómo el amor conyugal se convierte en una verdadera escuela emocional para los hijos.

Tras esta ponencia, tres expertos: Fernando Muñoz, psicólogo especializado en afectividad y sexualidad; Sara Pérez-Tomé, orientadora familiar y terapeuta de parejas; y Fernando Sánchez, psicólogo experto en trastornos infantiles abordaran la necesidad de la estabilidad emocional y el esfuerzo diario basado en la escucha, el ejemplo y la construcción de límites sanos para permitir a los hijos desarrollarse con fortaleza, equilibrio y empatía.

La jornada concluirá con un acto de clausura institucional en el que se reafirmará el compromiso del Fórum da Família de situar a la familia en el centro de la vida social, destacando su valor como núcleo de educación, estabilidad y transmisión cultural.

Espanha

«¡Cuánta belleza y alegría puede transmitir la familia que reza!», afirma en Torreciudad Ignacio Barrera

La 33ª Jornada Mariana de la Familia reunió a más de seis mil peregrinos en un ambiente de fe, alegría y compromiso con los valores familiares.

Redação Omnes-13 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 3 acta

Torreciudad ha celebrado hoy la 33ª Jornada Mariana de la Familia, que ha reunido a más de seis mil peregrinos llegados de toda España. Ángel Lasheras ha dado la bienvenida a los asistentes, en el marco de la celebración del 50º aniversario de la apertura al culto del nuevo templo dedicado a la Virgen de Torreciudad.

Tras el rezo del Ángelus, ha habido una variada presentación de ofrendas por parte de las asociaciones, parroquias, colegios y grupos participantes, tales como flores, productos de la tierra, manualidades infantiles, imágenes de la Virgen y objetos decorativos.

Las familias como «hogares luminosos y alegres»

La eucaristía celebrada en la explanada ha sido el acto principal del evento, y ha sido presidida por Ignacio Barrera, vicario del Opus Dei en España. En su homilía animó a colaborar para que «en la sociedad se aprenda a amar sin cálculos, a servir, a perdonar, a dar alegría y paz». Con palabras de san Josemaría, se refirió a las familias como «hogares luminosos y alegres», «sembradores de paz y de alegría». Y ha preguntado: «¿No os parece que hay mucha necesidad de esto en nuestro tiempo, en la vida social, en la vida política, en los ambientes de trabajo?».

Barrera ha dicho también que, a partir de la luz personal, «el Señor se encargará de lo demás y encenderá otras muchas luces. Dad luz en vuestra casa, en vuestros colegios, en los ascensores, cuando hagáis deporte, en los lugares de trabajo, en los parques, en los bares, en los transportes, en las fiestas, en los estadios y conciertos… ¡Cuánta belleza y alegría puede transmitir la familia que reza, que se quiere, que se sirve, que se perdona y está unida!».

«Reírse con los demás, no reírse de los demás»

Al concluir la ceremonia, los padres han realizado en el interior del templo el tradicional ofrecimiento de sus hijos a la Virgen de Torreciudad. A las 15:00 h. el Coro del colegio Alborada, de Alcalá de Henares (Madrid), ha ofrecido un recital en la explanada, y después ha habido un coloquio con el conocido matrimonio Nachter y Roseanne (él con 27 millones de seguidores en redes sociales) sobre «Cómo mejorar nuestras relaciones familiares con mucho humor».

Roseanne ha indicado que, para no herir a nadie, es muy importante «reírse con los demás, no reírse de los demás». Nachter ha recordado que, «igual que las madres pueden con todo y hacen de todo a la vez, también la Virgen María, y por eso podemos pedirle mucha ayuda». Ambos coincidían en su experiencia de que «ante el dolor, es básico que nuestra vida no la defina el sufrimiento, sino la ayuda que nos prestamos unos a otros. Y sobre todo Dios, que es padre y podemos confiar plenamente en Él aunque a veces no le entendamos».

Voluntarios y colaboradores

Los actos han concluido con el rezo del rosario por los soportales de la explanada y la bendición con el Santísimo desde el altar al aire libre. Durante la jornada se han recogido productos de higiene elemental destinados a familias necesitadas del territorio que se distribuirán en colaboración con Caritas Diocesana de Barbastro-Monzón.

Más de 200 voluntarios han ayudado a los participantes en los servicios de aparcamiento, información, colocación de sillas y señales, guardería, parque infantil y limpieza. En la jornada han colaborado Guardia Civil, Turismo de Aragón, las comarcas oscenses del Somontano de Barbastro, Ribagorza y Cinca Medio, los ayuntamientos de Secastilla y El Grado, la Fundación CARF y el Grupo Mahou San Miguel.

Valoración de autoridades

Javier Betorz, delegado del Gobierno de Aragón en Huesca, ha destacado que «Torreciudad es un indudable foco de atracción, por tanto tiene todo nuestro apoyo en la promoción del turismo religioso y cultural».

Mari Carmen Obis, alcaldesa de El Grado, ha señalado la importancia de la fiesta «en estas convocatorias para compartir nuestro patrimonio y nuestra alegría, de forma que lleguen a nuevos visitantes».

José Luis Arasanz, teniente de alcalde de Secastilla, y Ana María Rabal, concejala, confían en el proyecto de eje carretero con El Grado y Graus a través del municipio. Antonio Comps, alcalde de Castejón del Puente, piensa que «la jornada es un evento muy importante para el Alto Aragón, con un hondo significado en positivo para la familia y como elemento de promoción».

Fernando Torres, alcalde de Barbastro, ha declarado estar «muy contento de repetir una edición más, y de haber compartido la preocupación del santuario por los daños de la tormenta de anoche», mientras que para José Pedro Sierra, alcalde de Peraltilla, «lo mejor es que he visto mucha gente, con familias que confiamos repitan y den a conocer nuestro entorno».

José María Civiac, presidente de la comarca del Cinca Medio y alcalde de Alfántega, ha comentado que «he visto a mucha gente, dispuesta a un desplazamiento a veces largo, y desde luego, hemos de colaborar entre todos para que aumenten los visitantes».

Lola Ibort, concejala en Almudévar y diputada provincial, señala en su segunda asistencia a esta jornada, que «regreso muy contenta porque comparto tantos valores que promueven la familia, que es tan importante. Y estas familias jóvenes son a la vez, los mejores embajadores de nuestro territorio».

Evangelização

San Juan Crisóstomo y san Marcelino de Cartago

San Juan Crisóstomo, obispo, Padre y doctor de la Iglesia, es conocido con el sobrenombre de “boca de oro”, por su elocuente capacidad para hablar sobre la fe. Nacido en el siglo IV, fue patriarca de Constantinopla, y murió exiliado. San Marcelino de Cartago fue un mártir laico, amigo de san Agustín y san Jerónimo.

Francisco Otamendi-13 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 2 acta

La liturgia celebra el 13 de septiembre a san Juan Crisóstomo y san Marcelino de Cartago, entre otros santos. El primero era natural de Antioquía, actual Turquía (año 349), donde los seguidores de Jesús comenzaron a llamarse cristianos. Era hijo de un funcionario imperial, recibió excelente formación y se ordenó sacerdote. 

Como obispo de Constantinopla, llevó a cabo una profunda reforma de las costumbres del clero y de los fieles. La oposición de la corte imperial, cuyos excesos denunciaba, y de personas envidiosas, le llevó al destierro en varias ocasiones.

San Juan Crisóstomo, un pilar de la fe

Se le considera uno de los grandes Padres orientales de la Iglesia, pilar de la fe, y recordado por su defensa de la verdad y la justicia. Y también por los escritos que enriquecieron la doctrina católica, hasta merecer el sobrenombre de Crisóstomo, es decir, ‘boca de oro’ (en griego).

El obispo Juan “boca de oro” murió en el año 407, en Comana Pontica, durante uno de los tantos traslados que debió realizar. Su sabiduría permanece intacta a lo largo de los siglos, señala el dias dos santos vaticano. Centenares de escritos de un hombre y un sacerdote convencido de que “en todas las cosas” debe darse “gloria a Dios” lo corroboran.

San Marcelino, mártir laico

San Marcelino de Cartago (hay otros Marcelinos en el santoral), nació en Toledo en el siglo IV, llegó a ser tribuno y notario del emperador Honorio, diplomático hispanorromano. Amigo de Santo Agostinho, que le dedicó algunas de sus obras, y de san Jerónimo. A partir del año 411 se vio envuelto en controversias de los donatistas, que negaban el perdón a los cristianos que apostataron en las persecuciones.

Marcelino fue enviado a Cartago (Túnez) para mediar en el diálogo entre los obispos católicos y los donatistas, y le asesinaron el año 413. El emperador Honorio reconoció la arbitrariedad de la ejecución por un general y la anuló, pero llegó tarde. Pueden ver la historia aqui. La Iglesia católica le proclamó mártir. San Agustín y san Jerónimo escribieron su elogio funerario. 

O Martirologia romana dice: Mártir laico. “En Cartago, en África, san Marcelino, mártir, que siendo alto funcionario imperial muy relacionado con los santos Agustín y Jerónimo. Se le acusó de ser partidario del usurpador Heraclión y, aún siendo inocente, por defender la fe católica fue asesinado por los herejes donatistas (413)”.

O autorFrancisco Otamendi

Educação

Braval: del diálogo a la integración real

Josep Masabeu, presidente de Braval, explica cómo las ‘Conversaciones’ —encuentros mensuales con perfiles diversos— se han convertido en una herramienta clave para la integración de jóvenes inmigrantes en el Raval.

Teresa Aguado Peña-13 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 3 acta

En 2005, Braval llevaba ya siete años trabajando para mejorar la integración de jóvenes inmigrantes a través del deporte, el acompañamiento educativo y la convivencia intercultural. Josep Masabeu, su presidente, quiso ir más allá: “Nos preguntábamos: ‘¿Qué hay en otras entidades? ¿Qué pasa con la administración? ¿Cuáles son las tendencias?’” 

Así, en busca de una comprensión profunda y práctica de la realidad nacieron unas ‘Conversaciones sobre Inmigración’, en forma de comidas mensuales con personas de distintos ámbitos: periodistas, empresarios, educadores, funcionarios… siempre con perfiles variados para evitar visiones unilaterales: “El contraste de opiniones y de experiencias es muy enriquecedor”, subraya Josep.

20 años y 142 conversaciones después, Braval ha creado una red de conexiones que les permite tener contacto directo y efectivo con entidades que ayudan a resolver problemas concretos de los jóvenes. Además, muchas personas comparten experiencias que funcionan en otros sitios. “A veces incluso invitan a sus responsables a la siguiente comida, y así se va generando una red de aprendizaje mutuo” apunta Josep.

El impacto ha sido también laboral. A través de las conversaciones han surgido oportunidades para colocar chicos en sectores con necesidad urgente de personal. Y gracias a la confianza generada, muchas veces son los propios invitados quienes abren puertas a nuevas colaboraciones.

La clave: mezclar para integrar

Masabeu destaca la mezcla cultural como clave para la integración: “Si tú no mezclas, en el fondo estás manteniendo el gueto”.

En Braval, la mezcla se consigue especialmente a través del deporte: “Nuestros equipos de fútbol y básquet están mezclados. Porque si haces un equipo de filipinos contra uno de marroquíes, o de ecuatorianos contra españoles, no has roto nada”.

A través del juego compartido, los chicos rompen prejuicios. Y es que el fútbol y el básquet son solo el punto de partida. Desde ahí, Braval estructura una serie de apoyos: refuerzo escolar, reuniones semanales de equipo, acompañamiento personalizado… y formación en valores.

Pero el enfoque es claro: nada de actividades “para inmigrantes”. “No estamos en una liga para inmigrantes. Estamos en la liga normal de Barcelona, con 120 equipos de todos los barrios. Eso permite que nuestros chavales salgan del barrio y que otros vengan a conocer nuestra realidad”.

Frente a la imagen estereotipada del inmigrante pasivo o dependiente, Masabeu subraya una realidad muy distinta: “Tienen una capacidad de lucha brutal, que no tienen los chavales de aquí”.

Diálogo interreligioso desde la identidad cristiana

Una de las dimensiones más llamativas de Braval es la convivencia natural entre religiones. El centro tiene identidad cristiana —es una iniciativa del Opus Dei— y no la esconde.

“Tenemos un oratorio con el Santísimo, viene un sacerdote una vez a la semana, y ofrecemos catequesis a quien quiere. Pero no hemos tenido nunca un problema con nadie” apunta Masabeu.

Convivir es parte de la experiencia diaria. Hay voluntarios y participantes de nueve religiones: católicos, evangélicos, ortodoxos, musulmanes, budistas, hindús, testigos de Jehová, judíos y ateos. El resultado es una convivencia rica, donde la religión, lejos de dividir, une desde el respeto mutuo.

“Los chavales preguntan mucho. ¿Qué fiesta celebras hoy? ¿Por qué comes esto? ¿Por qué no comes aquello? Si tú me invitas a tu fiesta, yo vengo. Y cuando sea la mía, tú vienes”. En las confirmaciones, por ejemplo, los chicos invitan a sus amigos del equipo —de cualquier religión— y todos participan con alegría.

Amor y trascendencia

En el fondo, el éxito de Braval no se explica solo por una buena organización o un modelo educativo. Lo que marca la diferencia es algo más profundo: “Lo que estás transmitiendo es amor. Y eso lo notan.  A veces hay que pegar una bronca, claro, pero se sienten acogidos”.

Porque al final, más que una estrategia, Braval es una comunidad de personas que se preocupan unas por otras. Desde la oración, desde la entrega, desde la fe. Y así, la integración no es un programa, sino una experiencia concreta de amistad, servicio y esperanza compartida.

O autorTeresa Aguado Peña

Mundo

Las llamadas del Papa a Gaza traen “gran alegría”, dice el párroco

Recibir llamadas telefónicas del Papa continúa proporcionando “gran alegría” a los cientos de personas que reciben refugio y apoyo de la única iglesia católica de rito latino en Gaza, ha dicho el párroco.  

CNS / Omnes-12 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 3 acta

– Carol Glatz, Ciudad del Vaticano (CNS)

Unas 450 personas obligadas a huir de sus hogares, en su mayoría ancianos, enfermos y niños, están alojadas en el recinto de la iglesia de la Sagrada Familia en Gaza. El párroco argentino Gabriel Romanelli ha informado de lo que está pasando a Vatican Media. Y ha dicho que las llamadas telefónicas del Papa dan “gran alegría”. “Sigue muy de cerca la situación”.

El Papa Francisco, compatriota argentino, llamó al párroco casi todos los días durante más de un año y medio desde el inicio de la guerra en Gaza en octubre de 2023. También llamó apenas dos días antes de su muerte en abril.

El padre Romanelli dijo a Vatican Media que el Papa León XIV también los ha llamado, pero no especificó con qué frecuencia.

La situación sigue siendo muy difícil

Después de que Israel lanzó un ataque contra los líderes de Hamas en Qatar el 9 de septiembre, el Papa León XIV dijo a los periodistas que acababa de intentar llamar a la parroquia en la ciudad de Gaza.

“Acabo de intentar llamar al pastor, pero no tengo noticias”, comentó el Papa, expresando su preocupación por una nueva orden de evacuación de Israel. Los aviones israelíes habían lanzado folletos sobre la ciudad de Gaza por la mañana. Advierten de un nuevo ataque a la ciudad y animando a los civiles a evacuar.

El padre Romanelli compartió un video con los medios del Vaticano el 10 de septiembre, en el que afirmaba que él y otros residentes habían podido hablar con el Papa tras su intento de llamar. “Le dijimos que estamos bien, que la situación sigue siendo difícil”.

“La mayoría de la población no quiere irse”, afirmó, subrayando que “seguimos estando cerca de ellos”. “Estamos bien, a pesar de la terrible situación en toda la Franja de Gaza”, dijo a Vatican Media en su vídeo.

“Sigue de cerca la situación y está muy comprometido”

En un video compartido en su canal de Instagram el 10 de septiembre, el padre Romanelli dijo que no era la primera vez que el Papa León llamaba.

“Siempre sigue de cerca la situación y está muy comprometido con el fin de esta guerra, trabajando y rezando por la paz”, dijo el sacerdote en español. El Papa “envía sus bendiciones a todos, a toda la Franja de Gaza, a toda la comunidad parroquial”.

“Es una gran alegría estar en comunicación con el Santo Padre, con el Papa León”, afirmó.

El sacerdote explicó que no pudo contestar el teléfono cuando el Papa llamó porque estaban en medio de una larga y hermosa celebración litúrgica.

El padre Romanelli dijo a Vatican Media que estaban celebrando la misa y el sacramento del matrimonio para una pareja católica, “una gran alegría”. Otra noticia alegre, «en medio de tanto dolor», dijo, fue el nacimiento de un niño llamado Marcos. La madre es una de las muchas personas desplazadas internas que albergan.

Los sacerdotes se han negado a irse

Los sacerdotes de los recintos de la iglesia de la Sagrada Familia y de la iglesia Ortodoxa Griega de San Porfirio se han negado a evacuar ya que estaban proporcionando refugio a cientos de civiles que no tienen otro lugar adonde ir.

Las fuerzas israelíes dañaron ambos recintos eclesiásticos: el de San Porfirio en octubre de 2023 y el de la Sagrada Familia en diciembre de 2023 y en julio de este año. El ejército israelí afirmó que los ataques fueron involuntarios.

“Seguimos en la parroquia”

El padre Romanelli se refirió a las secuelas de esos ataques en su video a Vatican Media. “Seguimos aquí en la parroquia con las personas que cuidamos”. Esto incluye familias y “un número considerable” de ancianos, enfermos y niños.

“En otras partes de la ciudad de Gaza, hay gente que se está desplazando hacia el sur”, dijo, enfatizando que “la mayoría de la población no quiere irse”.

“Muchos dicen lo mismo que hemos escuchado desde el comienzo de la guerra: en todas partes hay peligro, hay bombardeos, peligro real, hay muerte, heridos, destrucción”, afirmó.

Sin embargo, como muchos quieren seguir viviendo en la ciudad, dijo, “seguimos con nuestras actividades cotidianas, que es lo que podemos hacer. Hemos podido ayudar a muchas familias”.

O autorCNS / Omnes

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Evangelização

El Santísimo Nombre de María

En un viaje apostólico a Múnich, Alttöting y Ratisbona (2006), Benedicto XVI celebró la santa Misa el 12 de septiembre. Y dijo: “Celebramos hoy la fiesta del ‘Nombre de María’. A quienes llevan este nombre —mi mamá y mi hermana lo llevaban—, quisiera expresarles mi más cordial felicitación por su onomástica”.

Francisco Otamendi-12 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 2 acta

En la fiesta del Dulce Nombre de María, que tuvo su origen en Cuenca (España), y que el Papa Inocencio XI extendió a la Iglesia en Occidente, Bento XVI se refirió a la Palabra de Dios. “Hoy hemos escuchado en el Evangelio cómo el Señor la entrega como Madre al discípulo predilecto y, en él, a todos nosotros”. 

“En todas las épocas los cristianos han acogido con gratitud este testamento de Jesús”, añadió. “Y junto a la Madre han encontrado siempre la seguridad y la confiada esperanza que nos llenan de gozo en Dios y en nuestra fe en él”.

Benedicto XVI: “María, Madre del Señor y espejo de toda santidad”

El 25 de diciembre de 2005, unos meses después de ser elegido Papa, Bento XVI firmó su encíclica ‘Deus caritas est’. Para la fiesta que nos ocupa, pueden releerse los nn. 40 a 42. 

Ahí escribió el Papa Benedicto: “Los santos son los verdaderos portadores de luz en la historia, porque son hombres y mujeres de fe, esperanza y amor. Entre los santos, sobresale María, Madre del Señor y espejo de toda santidad”.

“El Evangelio de Lucas la muestra atareada en un servicio de caridad a su prima Isabel, con la cual permaneció “unos tres meses” (1, 56) para atenderla durante el embarazo”, continúa.

La figura de María

Este fragmento de la encíclica, hacia el final, y otros más, vienen recogidos en el último capítulo del libro ‘María’, una selección de homilías y discursos de Benedicto XVI, editado por Cristiandad. La introducción es de Pablo Blanco Sarto, y el breve prefacio corresponde al cardenal Angelo Comastri, Vicario general emérito de Su Santidad para la Ciudad del Vaticano.

“‘Maria’ es una cuidada antología de textos de Benedicto XVI sobre la Virgen María, seleccionados por su profundidad, belleza y coherencia doctrinal. Lejos de ser una devoción secundaria, la figura de María aparece aquí como núcleo vivo de la fe cristiana: donde está María, está la Iglesia; donde está María, resplandece el rostro humano de Dios”, describe ediciones Cristiandad. El lunes día 15, Nuestra Señora de los Dolores, volveremos sobre ello.

O autorFrancisco Otamendi

Evangelização

La duquesa de Kent, miembro de la realeza que eligió la fe católica

Recordada por su pasión por la caridad, la enseñanza de la música y su inquebrantable humildad, la duquesa de Kent, miembro católico de alto rango de la familia real británica, murió el 4 de septiembre a los 92 años. El funeral tendrá lugar el 16 de septiembre en la catedral de Westminster.

OSV / Omnes-12 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 5 acta

– Simon Caldwell (OSV News).

El cardenal Vincent Nichols de Westminster, en una declaración del 5 de septiembre, dijo que recordaba “con cariño” la memoria de la duquesa de Kent, nacida Katharine Lucy Mary Worsley, quien se convirtió al catolicismo en 1994.

“He recibido con tristeza la noticia hoy de la muerte de Su Alteza Real, Catalina, duquesa de Kent”, dijo el cardenal Nichols, presidente de la Conferencia Episcopal de Inglaterra y Gales.

“Recuerdo con cariño su presencia en nuestra comunidad, especialmente su participación en la peregrinación a Lourdes, así como su vida de servicio público”, dijo el cardenal Nichols.

‘Oraciones de la comunidad católica’

“He escrito a Su Alteza Real el Duque de Kent y le he asegurado las oraciones de la comunidad católica en Inglaterra y Gales”, continuó el cardenal. “Oramos para que Dios reciba su alma en el cielo, como nos prometió nuestro Señor Jesucristo. Que Catalina descanse en paz y resucite en gloria”.

La duquesa fue recibida en la fe por el cardenal Basil Hume en 1994 en una ceremonia privada en la catedral de Westminster. Y ya en la década de 1980 se discutió la posibilidad de convertirse al catolicismo. Fue la primera miembro de la realeza británica en unirse a la fe católica desde 1685.

La duquesa de Kent asiste a los premios Childline de 1995 (Foto de OSV News/Reuters).

Una católica activa y comprometida

A partir de entonces, la duquesa de Kent se convirtió en una católica activa y comprometida, y a menudo ayudaba a enfermos y ancianos en peregrinaciones al santuario mariano de Lourdes, en Francia, por ejemplo.

Se convirtió en patrocinadora de los Samaritanos, una organización benéfica cuyo objetivo es brindar apoyo emocional a cualquier persona en situación de angustia emocional. Y con dificultades para sobrellevar la situación o en riesgo de suicidio en todo el Reino Unido e Irlanda. 

Y realizó también un curso de capacitación de 10 semanas para poder trabajar turnos de cuatro horas asesorando a personas al borde del suicidio. Apoyó asimismo a ‘The Passage’, una organización benéfica dirigida por la Iglesia católica para personas sin hogar.

La duquesa rara vez usó su título de Alteza Real y cada vez prefería más el anonimato a los deberes reales. Finalmente, desapareció de la vida pública y optó por enseñar en una escuela primaria en Hull, al norte de Inglaterra, de 1996 a 2004.

‘Impulsada por el amor a la música y a los niños’

“Ella hacía viajes semanales de ida y vuelta de 400 millas para enseñar, impulsada por el amor a la música y a los niños”, dijo su propia organización benéfica, Future Talent, en su obituario.

“Deliberadamente discreta, era conocida simplemente como ‘la Sra. Kent’, y sus alumnos y sus padres desconocían quién era realmente”, afirmó la organización benéfica.

La muerte de la duquesa fue anunciada “con profundo pesar” por el Palacio de Buckingham en una declaración a los medios el 5 de septiembre.

El comunicado decía que la duquesa “falleció pacíficamente” en el Palacio de Kensington, su residencia en Londres, “rodeada de su familia”.

La nota añadió que el Rey Carlos III y la Reina Camila, y “todos los miembros de la Familia Real, se unen al Duque de Kent, sus hijos y nietos para lamentar su pérdida. Y para recordar con cariño la devoción de toda la vida de la Duquesa a todas las organizaciones con las que estuvo asociada, su pasión por la música y su empatía por los jóvenes”.

El presidente Nelson Mandela camina de la mano de la duquesa de Kent de Gran Bretaña durante una conferencia de prensa en el Union Buildings de Pretoria, en esta foto de archivo (Foto OSV News/Reuters).

Entierro el 16 de septiembre en Windsor

El 6 de septiembre, el Palacio de Buckingham dijo que la duquesa será enterrada en Windsor después de una misa de réquiem el 16 de septiembre en la catedral de Westminster en Londres.

El comunicado dijo que inicialmente el ataúd de la duquesa “descansará en la capilla privada del Palacio de Kensington”, antes de ser trasladado en coche fúnebre a la catedral el 15 de septiembre, donde “se llevará a cabo el Rito de Recepción y Vísperas”.

El ataúd reposará durante la noche en la Capilla de la Virgen y el rey, la reina y otros miembros de la Familia Real se unirán a los dolientes para el funeral al día siguiente.

El cardenal Nichols presidirá el funeral

Según informaciones de los medios británicos, el cardenal Nichols presidirá el funeral, y en él también participará el decano anglicano de Windsor.

La duquesa provenía de una familia rica, pero no aristocrática, y se convirtió en la primera persona sin título en casarse con un miembro de la familia real británica desde el período Tudor. Se casó con Eduardo, duque de Kent y primo de la reina Isabel II, en 1961.

Su primer hijo, George, nació en 1962, seguido por Helen en 1964 y Nicholas en 1970. En 1975, contrajo sarampión durante el embarazo y abortó su cuarto hijo por consejo médico y tras consultar a las autoridades religiosas anglicanas.

La vida humana, un regalo de Dios

La experiencia tuvo un profundo impacto en su vida, y en 1977 no pudo pronunciar un discurso ante el Congreso Británico de Obstetricia. En lugar de ello, fue leído (el texto) en su nombre, dijo el Telegraph en su obituario masivo sobre la duquesa.

En su discurso, expresó la opinión de que la vida humana era un regalo de Dios y elogió el movimiento pro-vida.

Dos años más tarde, perdió a su quinto hijo, el bebé Patrick, cuando nació muerto. “Tuvo un efecto más devastador en mí”, dijo ella más tarde, informó la BBC. 

 “Sufrí de depresión aguda durante un tiempo. Creo que sería una persona bastante rara si no sucumbiera en esas circunstancias”, dijo.

Durante décadas se consideró un faro de empatía

Sin embargo, durante décadas, la duquesa fue considerada un verdadero faro de empatía y asociada al torneo internacional de tenis anual en Wimbledon, Londres. Presentó el Trofeo Individual Femenino desde 1976 a 2001 en todas las ocasiones, excepto en tres.

Un ejemplo se volvió icónico cuando en 1993, la duquesa de Kent consoló a una devastada Jana Novotna, una tenista checa que perdió la final, simplemente abrazándola. 

Le sobreviven su marido y sus tres hijos, el menor de los cuales, Nicholas, la siguió a la fe católica en 2001.

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Simon Caldwell escreve para o OSV News a partir de Liverpool, Inglaterra. 

Esta información se ha publicado originariamente en OSV News en inglés. Pueden consultarla aqui.

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O autorOSV / Omnes

Cuantos más aviones se llenan, más cunas se vacían

Desde 1964, el turismo internacional no ha parado de crecer mientras la natalidad mundial se reduce a la mitad.

12 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 2 acta

El turismo internacional mantiene una alta correlación inversa con las tasas de natalidad. Correlación no implica causalidad, pero una hipótesis plausible es que la masificación del turismo se debe en gran medida a que las personas han dejado de tener hijos y tienen menos gastos fijos.

Según la Organización Mundial del Turismo, en 2024 las llegadas de turistas internacionales alcanzaron los 1.465 millones, el mismo nivel que en 2019 en numero absoluto, con un crecimiento anual compuesto del 4,5% entre 1964 y 2024, mucho mayor que lo que ha crecido el PIB mundial en dólares constantes y per capita, el cual desde 1964 ha crecido a una tasa anual compuesta de alrededor del 2,0%.

En porcentaje sobre la población, los turistas que viajan internacionalmente representaban el 3,20 % de la población global en 1964, mientras que en 2024 representan el 17,95 % (todavía ligeramente por debajo de 2019).

Por tanto, ni el crecimiento de la riqueza per capita ni el crecimiento de la población pueden explicar el enorme crecimiento del turismo en los últimos 60 años. Tiene que haber otros factores. Mi hipótesis es que uno de los más importantes, si no el que más, es la caída de la natalidad.

Según el Banco Mundial, la tasa de fertilidad (o fecundidad) mundial en 1964 era de 5,13 hijos por mujer. Desde entonces se ha desplomado hasta los 2,2 hijos por mujer en 2023, y es inferior a 2 hijos por mujer si excluimos el África subsahariana, donde las mujeres siguen teniendo, gracias a Dios, 4,4 hijos de media. En España, la tasa es de 1,12 hijos por mujer, en Italia 1,18, en EEUU 1,62, en Japón 1,20 y en Corea del Sur 0,72.

Tenemos que hacer algo para revertir la tendencia a la baja de la natalidad, especialmente en el mundo desarrollado. De otro modo, sectores como el turismo continuarán creciendo, pero cada vez más en “modo Imserso”, para después decrecer y desaparecer rápidamente.

Elaboración de José Gefaell
O autorJoseph Gefaell

Analista. Ciencia, economía y religión. Cinco hijos. Banquero de inversiones. Perfil en X: @ChGefaell.

Cinema

«Luz del mundo»: una película sobre el Evangelio para ver con tus hijos

"Luz del Mundo" es una película de dibujos animados sobre el Evangelio que combina relato catequético y tintes evangélicos y está pensada para preadolescentes y sus familias.

OSV / Omnes-12 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 3 acta

Por John Mulderig, OSV News

«Luz del Mundo» (Proyecto Poema de Salvación), un relato animado del Evangelio, ofrece un excelente vehículo para transmitir su mensaje fundamental de forma fácil de asimilar. Aunque la película incluye material que resultaría demasiado aterrador para los más pequeños, su público objetivo ideal son los niños mayores.

Narrado desde la perspectiva de un joven Juan el Evangelista (voz de Benjamin Jacobson), este viaje generalmente alegre a través de la historia de la salvación tiene necesariamente sus momentos más serios. Entre ellos se encuentran una breve retrospectiva a la caída de Adán y Eva, así como escenas que establecen la naturaleza opresiva del régimen romano en Tierra Santa en el siglo I.

En este contexto histórico, Juan —un muchacho bienintencionado pero impulsivo e irascible— experimenta una conversión al caer bajo la influencia de Jesús (voz de Ian Hanlin). Al convertirse en uno de los Doce, presencia los milagros del Mesías prometido y toma en serio sus enseñanzas, algunas de las cuales se transmiten mediante parábolas.

Desde el principio, los padres de John y su hermano James (voz de Dylan Leonard), Salomé (voz de Erin Mathews) y Zebedee (voz de Dave Pettitt), representan los polos opuestos de la fe firme y el escepticismo, respectivamente, con John inseguro, a veces, de cuál de sus ejemplos seguir. (Alerta de spoiler: la mamá gana).

La teología que subyace al entrañable drama, con tintes de humor, de los directores John J. Schafer y Tom Bancroft es fragmentaria desde una perspectiva católica . Pedro (voz de Sam Darkoh) es presentado, aunque de pasada, como la roca en la que Jesús se apoyará. Y su reconciliación con el Salvador tras la Resurrección, sanando la herida de su negación de Jesús, se retrata de forma silenciosa pero eficaz.

La Virgen María (con la voz de Rebekah Schafer) también ocupa un lugar central, dotada de mayor perspicacia que quienes la rodean y más valiente que otros ante la condena de Jesús a la cruz. Un cuadro conmovedor que recuerda a la Piedad de Miguel Ángel sigue a su muerte.

Sin embargo, según el guion de David y Drew Armstrong, la película muestra un marcado carácter evangélico. Por ello, los sacramentos reciben poca atención. La institución de la Eucaristía en la Última Cena, por ejemplo, resulta casi informal, pues los Apóstoles no comparten el pan y el cáliz que les dio Jesús, sino que consumen porciones de pan y vino ya en sus lugares.

En cuanto al bautismo, la situación es más compleja. Juan el Bautista (voz de Jesse Inocalla) es un personaje importante en la narrativa (en un chiste recurrente, su excéntrica afición por comer insectos repugna tanto al joven Juan como a Jesús). Y el ritual de purificación que practica se describe con precisión como simbólico, no sacramental.

Pero se ignora el hecho de que Jesús finalmente elevó el bautismo a la categoría de sacramento y lo estableció como la puerta de entrada a la nueva alianza en su sangre. En cambio, la recitación de la oración poética de la que toma su nombre la productora de la película se muestra, en una escena culminante, como el cierre del deseo de un personaje de convertirse al cristianismo.

Los padres podrían considerar estas lagunas como base para una conversación familiar. También conviene tener en cuenta, de antemano, que la Pasión se describe de forma demasiado gráfica para los más pequeños. Sin embargo, la conclusión es que, en su conjunto, » Luz del Mundo» puede servir como una valiosa herramienta catequética, además de una experiencia visual agradable, para preadolescentes y sus mayores.

La película contiene escenas de sufrimiento y muerte, y personajes en peligro. La clasificación de OSV News es A-II (para adultos y adolescentes). La clasificación de la Motion Picture Association es PG (Apta para todos los públicos); se recomienda la supervisión de los padres. Algunos materiales pueden ser inapropiados para niños.

O autorOSV / Omnes

Livros

Israel y Palestina. La historia de un conflicto interminable

El libro sobre Israel y Palestina de Eduardo Baura explica de forma clara y no partidista las raíces históricas, religiosas y políticas del enfrentamiento, desde los orígenes bíblicos hasta la actualidad.

Álvaro Gil Ruiz-12 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 3 acta

Raro es el día que no traiga una noticia del interminable conflicto entre Israel y Palestina. Realidad enmarañada por las ramas de este “tupido bosque” que está en Oriente Medio, que nos genera confusión, rechazo y compasión. Y que precipita inevitablemente a muchos hacía un bando u otro -pocos son los que se salvan-, por los sesgados e inconexos conocimientos que tenemos de esta realidad. Ya que los “capítulos” de esta “serie” sin temporada final, no siguen el orden esperado para alcanzar la paz, sino el que les dicta el odio y la venganza, y las ganas de alcanzar sus objetivos.

Raro es también, quizá no tanto como “historia interminable” de esta lucha armada, el encontrar a una persona conocedora de esta compleja realidad, y que sepa explicarla de manera sintética y para colmo no partidista. Por eso el libro “Israel y Palestina. La historia de un conflicto interminable.” de Eduardo Baura García en ediciones Ciudadela, es una novedad maravillosa, muy valiosa. ¿Cómo resumir de una manera tan afortunada una realidad tan compleja? ¿Cuál es la clave para clarificar los hechos más fundamentales que han propiciado este “avispero semita»? Se encuentra en los conocimientos y en las dotes comunicativas de su autor.

Baura (Madrid, 1986) es licenciado en Humanidades, doctor en Historia Medieval por el CEU San Pablo y es además profesor adjunto de historia contemporánea  en la misma universidad. Tiene tres másteres de diferentes temas en varias universidades y es autor de múltiples publicaciones. En este libro muestra su profundo conocimiento de este tema actualidad y su dotes pedagógicas para explicarlo de una manera clara y directa. Su pluma es ligera, lo que hace que el libro sea de lectura ágil, amena e imprescindible, ideal para cualquier momento.

Estructura de la obra

Comienza por los relatos bíblicos que permiten entender el origen de los pueblos semitas, en concreto el judio y el árabe. Y de la legitimidad que arguyen ambos para reclamar este territorio como suyo desde tiempos remotos.

Más adelante explica cómo, curiosamente, las religiones monoteístas están íntimamente ligadas a la legendaria Ciudad Santa (Jerusalén), por partida triple. Para los cristianos, por ser el lugar donde fue torturado y asesinado en la cruz Jesucristo, el Hijo de Dios. También es santa para los judíos, por ser la Tierra Prometida por Dios a Abraham, y porque es dónde está la roca donde casi sacrifica a su hijo Isaac, en el monte monte Moriah. Y lo es también para los musulmanes, porque junto a esta roca, que está en el interior de la Cúpula de la Roca (en la explanada de las mezquitas, donde también está la famosa de Al-Aqsa), es el lugar donde, según la tradición islámica, Mahoma ascendió a los Cielos en un caballo alado, Buraq. 

Pero la mayor parte del libro se centra en el comienzo del interminable conflicto, cuando los otomanos perdieron Palestina a beneficio de los ingleses, después de la contienda de la primera guerra mundial. Y también presta atención al desarrollo, tras muchas acciones políticas, militares y de todo tipo, del movimiento sionista. Este lobby reclamaba una nación para los judios, tras los movimientos antijudíos que se habían sucedido principalmente en Europa, durante las últimas décadas del siglo XIX y las primeras del siglo XX.

Movimiento sionista

Este movimiento político-cultural consiguió que Palestina acogiera a este pueblo, bajo el nombre de Israel. Fue el 15 de mayo de 1948, por el impulso de su primer presidente, David Ben-Gurión. Con el paso del tiempo, esta nación de Oriente Próximo, ha conseguido tener salida al mar Meditárreno y al mar Rojo, casi 10 millones de habitantes, 22.000 km cuadrados, donde viven árabes musulmanes, cristianos, drusos y samaritanos. Consideran que su capital es Jerusalén, aunque el centro financiero se encuentra en Tel Aviv-Yafo y el mayor centro industrial está en Haifa. Las fuentes principales de financiamiento del país son la producción de diamantes tallados y pulidos, la fabricación de chips, además de otros productos. También destaca por su turismo. 

La disputa de Israel por el mismo territorio con Palestina (mayoritariamente árabe), que su dominio se reduce a las regiones de Cisjordania (donde está incluido Jerusalén Este) y la Franja marítima de Gaza (no se sabe por cuánto tiempo), hace de este lugar un “avispero”, ya que la contienda tiene dimensiones internacionales, por los apoyos que reciben de países defensores de los intereses de cada bando. 

La conclusión del autor es clara, este conflicto tiene una difícil o imposible solución de una manera justa y por tanto lo hace interminable. Al final del libro aporta una lista de ensayos, novelas, películas, documentales y series que facilita profundizar en esta realidad. 

Israel y Palestina. La historia de un conflicto interminable

Autor: Eduardo Baura García
Editorial: Ciudadela
Ano: 2025
Número de páginas: 208
Espanha

Una fe silenciosa: Los católicos chinos en España

Aunque invisibles para muchos, los católicos chinos en España viven una fe vibrante, con comunidades jóvenes, activas y comprometidas. Su testimonio discreto, forjado en la persecución y ahora vivido en libertad, es semilla de esperanza para la Iglesia.

Javier García Herrería-12 de Setembro de 2025-Tempo de leitura: 5 acta

Aunque muchos apenas la adviertan, la comunidad católica china en España representa una realidad sorprendentemente activa y profundamente comprometida con su fe. En medio de una diáspora caracterizada por el esfuerzo laboral y la discreción, se estima que hay unos 2.000 católicos chinos en el país, de los cuales alrededor de 1.500 son practicantes habituales, según afirman varios de los sacerdotes que acompañan a estas comunidades.

Lejos de la atención pública, esta Iglesia florece desde dentro: catequesis, convivencias, retiros y celebraciones eucarísticas tejen una red de fe que une a distintas generaciones, muchas de ellas ya nacidas en territorio español.

Celebración del Jubileo en la Almudena

El domingo 25 de mayo de 2025, en la madrileña catedral de la Almudena tuvo lugar una Eucaristía multitudinaria con motivo del Jubileo de la Esperanza de las comunidades católicas chinas en España. Presidida por Mons. Vicente Marín, obispo auxiliar de Madrid, y concelebrada por varios sacerdotes chinos, fue un momento de profunda comunión.

Desde las 11 de la mañana, llegaron fieles de todas partes del país: Valencia, Barcelona, Bilbao, Mallorca, Zaragoza, además de las comunidades madrileñas. La liturgia, vivida con gran recogimiento, fue una expresión de unidad y diversidad.

El coro chino deslumbró a los presentes. “No soy especialista en música, pero ese coro era la traducción china del gregoriano”, comentaba uno de los asistentes. La precisión, la armonía y la espiritualidad crearon una atmósfera inigualable. Y el silencio reverente de los fieles —especialmente de los niños— impresionó a todos.

Historias de fe y coraje

Entre los presentes estaban Ana y María, acompañadas por su madre, Teresa. Su familia, marcada por la fe en tiempos de persecución, vivió una historia conmovedora. Su abuelo, antiguo funcionario comunista, se convirtió tras una experiencia espiritual ligada a su enfermedad. Su hermana, movida por un mensaje interior atribuido a la Virgen, prometió convertir a su pueblo si su hermano sanaba. Y así ocurrió.

Teresa, la hija del enfermo, vivió escondida durante meses para poder tener un segundo hijo en medio de la política del hijo único. Más tarde, emigraron a España, donde la familia ha continuado viviendo y transmitiendo su fe con libertad.

Presencia creciente: nueve comunidades 

Actualmente, hay nueve núcleos católicos chinos activos en España, en Valencia, Mallorca, Bilbao, Zaragoza, Tenerife y Barcelona. En Madrid existen otras tres comunidades: en Usera, Santa Rita y Parla, esta última, en la diócesis de Getafe.

La pastoral específica en Madrid comenzó en 2007, cuando el creciente número de fieles chinos llevó a iniciar actividades en Santa Rita, una parroquia regentada por los Agustinos Recoletos. Los primeros responsables fueron el padre José Yan Tao y más tarde el padre Juan María Guo Kun Peng. Desde entonces, se celebra Misa en chino semanalmente y se mantiene una agenda constante de actividades.

En la diócesis de Getafe, más de un centenar de fieles forman parte de esta realidad. En la parroquia de los santos Justo y Pastor en Parla, entre cuarenta y cincuenta personas acuden cada sábado a la Misa de las 20:00 h. Allí se imparten también catequesis en chino para niños, jóvenes y adultos, apoyadas por dos religiosas de los Ángeles de la Guarda, pieza clave en la atención pastoral. Sin embargo, a muchos sorprenderá saber que en Mallorca y Valencia están presentes las dos parroquias con más fieles y actividades. 

La parroquia de Usera

La pastoral china en el barrio madrileño de Usera se consolidó gracias a la visión del entonces párroco, Daniel Rodríguez. Contó primero con la ayuda del religioso Pablo Liu, quien durante unos años ayudó a poner en marcha las celebraciones y actividades.

Con el tiempo, se hizo evidente la necesidad de una dedicación más estable, y así llegó el sacerdote Pedro Liu (sin relación con Pablo), formado en el seminario Redemptoris Mater de Madrid. Fue vicario parroquial durante varios años, y bajo su guía la comunidad creció de forma notable. Aunque ahora se encuentra en otra parroquia, el trabajo que dejó ha dado frutos duraderos en una comunidad viva y en continuo desarrollo.

De la clandestinidad a la libertad religiosa

Muchos de los católicos chinos en España provienen de la Iglesia clandestina, no reconocida por el régimen de su país. Dos sacerdotes en Getafe, por ejemplo, fueron formados en seminarios ocultos antes de ser enviados a España. Uno de ellos recuerda cómo su familia abrazó la fe tras la curación milagrosa de su padre. Bautizado en 1987, vivió una vocación que lo llevó de su diócesis en China a servir hoy a compatriotas en suelo español. 

La mayoría de las familias chinas en España son jóvenes. Muchos hijos nacieron aquí o llegaron en la infancia. Mientras los pequeños se desenvuelven con naturalidad en español, sus padres a veces apenas lo hablan, lo que crea un desafío lingüístico y cultural en la vida cotidiana y en la pastoral.

De hecho, no es raro que los sacerdotes actúen como puente, acompañando a los padres a reuniones escolares, traduciendo, gestionando ayudas y apoyando en cuestiones sanitarias. Son pastores y mediadores culturales al mismo tiempo.

Fe vivida en comunidad

Más allá de la Misa y las catequesis, las comunidades organizan actividades que refuerzan los vínculos entre sus miembros: excursiones mensuales, encuentros de jóvenes y retiros espirituales. En Parla, por ejemplo, hay 18 adolescentes plenamente integrados. Muchos estudian en colegios católicos como Juan Pablo II o Santiago Apóstol.

A partir de los 16 años, muchos jóvenes empiezan a trabajar en verano, lo que dificulta su participación. Aun así, permanecen vinculados a la comunidad y asisten a catequesis cuando pueden.

El verano pasado, más de 40 niños de Madrid y Zaragoza participaron en una semana de convivencia. Para este año, uno de los sacerdotes ha proyectado un campamento urbano durante todo julio, de lunes a viernes, con horario extendido hasta las cinco de la tarde. Una alternativa valiosa para niños cuyos padres no pueden tomarse vacaciones.

Evangelizar desde la amistad

Evangelizar entre los chinos, especialmente los procedentes de Fujian, no es fácil. Son culturalmente reservados y poco abiertos a la religión. “Primero hay que hacerse amigo y tener confianza con ellos”, explica un sacerdote. Sin embargo, a pesar de las dificultades cada año hay conversiones. En Valencia, por ejemplo, se bautizan unos veinte adultos anualmente. En otras comunidades, los números son más modestos pero constantes.

El boca-oreja es fundamental: los nuevos llegan por la invitación de un amigo, y muchos se quedan por la calidez comunitaria.

Compromiso firme y cercano

A diferencia de muchas parroquias españolas, donde la asistencia disminuye, en estas comunidades hasta el 80 % de los fieles acude a Misa regularmente. Quienes faltan son contactados y animados a regresar. Esta cercanía pastoral fortalece el compromiso.

Uno de los grandes problemas para asistir a la Misa dominical es el trabajo durante los fines de semana. De hecho, en el gran complejo de distribución de productos venidos de China en Madrid, el famoso polígono Cobo Calleja, todos los domingos hay una Eucaristía en una sala de los almacenes. A ella acuden algunos trabajadores durante un descanso en el trabajo. 

Una Iglesia entre culturas

Los católicos chinos en España viven entre dos lenguas, dos culturas y dos mundos. Pero en la parroquia todo se une: niños que apenas hablan chino, padres que apenas entienden español…, y el Evangelio como lugar de encuentro.

Estas comunidades son un testimonio silencioso de fidelidad, sacrificio y esperanza. Una Iglesia que, aunque pequeña, es grande en fe. Una Iglesia que crece. Muchos han conocido la fe en contextos de persecución y su testimonio es profundo. Además, la ausencia de ancianos —que suelen quedarse en China— hace que estas comunidades estén compuestas principalmente por familias jóvenes.

Diversidad eclesial al servicio de la misión

Las comunidades chinas cuentan con la ayuda de diversos carismas. Además de sacerdotes chinos, colaboran con ellos religiosas dominicas, monjas del Instituto del Verbo Encarnado o de Agustinos Recoletos, que contribuyen en la catequesis, la formación y la liturgia.

La Misa jubilar no fue solo una celebración, sino un recordatorio visible de la catolicidad de la Iglesia. Un cuerpo vivo, diverso y unido en la fe. Un testimonio que interpela. Y una llamada a mirar con esperanza el futuro de la Iglesia en España.

América Latina

La Iglesia rechaza el proyecto de ley de eutanasia en Chile

La Comisión de Salud del Senado aprueba proyecto de eutanasia; la Iglesia Católica reitera su rechazo y pide proteger la vida

Pablo Aguilera-11 de setembro de 2025-Tempo de leitura: 2 acta

No dia 9 de setembro, a Comissão de Saúde do Senado chileno aprovou o projeto de lei sobre a eutanásia enviado pelo Governo; 2 senadores de esquerda e 1 independente votaram a favor e 2 senadores de direita votaram contra. O projeto de lei será agora submetido à votação de todos os senadores.

Nas semanas anteriores, vários peritos intervieram perante a Comissão. O Cardeal Fernando Chomalí, Arcebispo de Santiago, acompanhado por D. Juan Ignacio González, Bispo de San Bernardo, apresentou a posição da Igreja Católica.

No dia seguinte à votação, o Comité Permanente da Conferência Episcopal Chilena emitiu uma declaração. Começam por recordar as palavras de S. João Paulo II: "A eutanásia continua a ser um ato inadmissível, mesmo em casos extremos, porque constitui "uma grave violação da Lei de Deus, na medida em que é uma eliminação deliberada e moralmente inaceitável de uma pessoa humana. Esta doutrina baseia-se na lei natural e na Palavra de Deus escrita; é transmitida pela Tradição da Igreja e ensinada pelo Magistério ordinário e universal" (Evangelium Vitae, n. 65).

Recordam que "a ciência médica e a experiência legislativa de outras nações têm advertido - com base na realidade dos factos - que a abertura legal à eutanásia conduz sempre a um progressivo alargamento das causas admitidas, acabando por conduzir à chamada medicina do desejo, onde o valor da vida é medido pela utilidade ou por uma decisão pessoal".

Os bispos confiam na sabedoria do Senado e na sua responsabilidade de proteger a vida e esperam que a legislação que permite a eutanásia não seja aprovada.

A votação deste projeto de lei no Senado deverá ter lugar nas próximas semanas, sendo o seu resultado incerto.

Evangelização

Nossa Senhora de Coromoto, Padroeira da Venezuela

O dia 11 de setembro é o dia da coroação de Nossa Senhora de Coromoto, Rainha e Padroeira principal da Venezuela, consagrada por Pio XII em 1952. Isto aconteceu apenas 300 anos após a sua aparição ao chefe indígena Coromoto e à sua esposa. A 10 de fevereiro de 1996, São João Paulo II inaugurou o santuário na Venezuela, no local das aparições.

Francisco Otamendi-11 de setembro de 2025-Tempo de leitura: 2 acta

Nuestra Señora de Coromoto es Patrona de Venezuela, venerada en la ciudad de Guanare, donde se apareció el 8 de septiembre de 1652, como en todo el país.  Los venezolanos la celebran varias veces al año. Cada 2 de febrero (fiesta de la Presentación del Señor), el 8 de septiembre (Natividad de la Virgen María) y el 11 de septiembre (el día central).

Quando Guanare foi fundada em 1591, os habitantes indígenas da região, os Cospes, fugiram para a selva ao norte da cidade. Diz-se que isso dificultou a evangelização que a Igreja tinha empreendido na região. E um dia, em 1561, o chefe indígena Coromoto e a sua mulher atravessavam um ribeiro. Viram uma Senhora de extraordinária beleza que lhes disse na sua língua: "Vai a casa dos brancos e pede-lhes que te deitem água na cabeça para poderes ir para o céu".

Comunidade indígena de Cospes

Segundo a história, a Virgem Santíssima apareceu a vários índios em dias diferentes e aos seus filhos quando iam buscar água. Depois de várias vicissitudesCoromoto é batizado. E os Cospes formaram uma comunidade de fiéis, acompanhados durante anos por um frade capuchinho chamado José de Najera.

A 7 de outubro de 1944, o Papa Pio XII declarou Nossa Senhora de Coromoto como "Padroeira da República da Venezuela". A sua coroação canónica teve lugar a 11 de setembro de 1952, por ocasião do terceiro centenário da aparição. O Santuário Nacional da Virgem de Coromoto foi declarado basílica pelo mesmo Papa em 24 de maio de 1949.

São João Paulo II: "Nossa Senhora de Coromoto, rogai pela Venezuela!" 

Em 10 de fevereiro de 1996, São João Paulo II inaugurou o Santuário Nacional de Nossa Senhora de Coromoto, construído no local das aparições. O Santuário está situado na paróquia "Virgen de Coromoto" (Guanare). Nesse dia, o Papa polaco rezado a Nossa Senhora desta forma.

"Tu és o orgulho do nosso povo! Nos numerosos santuários marianos que se erguem em tantos lugares da terra, repetimos estas palavras do livro de Judite, para expressar a nossa alegria, porque a Mãe de Deus estabeleceu a sua morada no meio do seu povo. Hoje estas palavras são pronunciadas pelos habitantes da Venezuela, que precisamente aqui em Coromoto, se unem para a venerar como Padroeira da Venezuela". Nossa Senhora de Coromoto, rogai por Venezuela e para a América Católica!

O autorFrancisco Otamendi

Evangelização

As propostas surpreendentes do filósofo Byung-Chul Han sobre a dificuldade de rezar

El filósofo alemán de origen surcoreano Byung-Chul Han (1959), fue galardonado en mayo con el Premio Princesa de Asturias de Comunicación y Humanidades 2025. En octubre se lanza "Sobre Dios". Vean algunas de sus propuestas sobre la sociedad actual y la oración.

Francisco Otamendi-11 de setembro de 2025-Tempo de leitura: 5 acta

Considerado um dos mais proeminentes filósofos contemporâneos, o galardoado Byung-Chul Han tem dedicado algumas das suas reflexões ao que designa por "sociedade do cansaço" ou "sociedade da transparência". A Júri O Prémio Princesa das Astúrias destacou o seu "brilhantismo na interpretação dos desafios da sociedade tecnológica". 

De facto, um dos principais pontos de interesse para os seus seguidores é o facto de, em livros anteriores, ele se ter referido a Deus, mas não de uma forma totalmente explícita. No entanto, o livro publicado Sprechen Über Gott" (Falar sobre Gott) (Falar de Deus), de Matthes & Seitz Berlin, está de acordo com o título. Y Sobre DeusO que já está em pré-venda na Paidós, também em espanhol.

A análise da sociedade atual e as propostas apresentadas pelo filósofo Han, baseadas no pensamento de Simone Weil e combinando a sabedoria oriental, são impressionantes. Simone Weil é, na opinião de Byung-Chul Han, a figura intelectual mais brilhante do século XX. E o pensador sul-coreano confia na filósofa francesa como "uma bússola ética e espiritual para o nosso tempo, face a um mundo dominado pelo desempenho, pelo consumo e pela hiperatividade". 

Redescobrir o silêncio, a transcendência...

Han e Weil convidam-nos, portanto, a "redescobrir o vazio, o silêncio, a atenção e a transcendência como formas de vida possíveis e necessárias", numa medida suscetível de analistas da sua evolução, ou outros académicosnão suspeitavam, ou talvez suspeitassem...

Um dos primeiros autores a comentar as reflexões de Byung-Chul Han foi o filósofo e professor da Universidade Complutense, José María Barrio. Na sua opinião, Han faz "um dos melhores retratos do nosso tempo, bem como uma medicina para os seus lados mais vulneráveis. Reúne o melhor da sabedoria oriental para purificar as nossas feridas pós-cristãs".

Por outro lado, o licenciado em filosofia e investigador de Nietzsche Iván Campillo comenta as últimas contribuições de Han com alguns vídeosque "não substituem a obra original, são apenas um complemento à leitura". 

Algumas reflexões de Byung-Chul Han

A exposição do filósofo Han é descrita em sete conceitos fundamentais, de acordo com "Sprechen Über Gott" (Falar de Deus). De acordo com o índice, trata-se de sete pontos, precedidos de um prólogo, que também aparecem em "Sobre Deus". São os seguintes: Atenção, Incriação, Vazio, Silêncio, Beleza, Dor, Inatividade e Notas.

Nestas linhas apresentamos breves citações, não completas, da edição alemã, com tradução nossa, e algum comentário sobre o tema selecionado, que é a dificuldade de rezar. Consequentemente, centramo-nos no primeiro ponto: Atenção, e algumas ideias adicionais, sempre segundo Byung-Chul Han (e Simone Weil).

30 ideas. La atención 

1) Há algum tempo atrás, "Simone Weil (SW) instalou-se em mim. Instalou-se na minha alma.

2) (Weil) nunca lê "a história da figueira estéril" sem se arrepiar. 

3) "A atual crise da religião não é simplesmente porque certos conteúdos de fé perderam a sua validade" (...), ou porque a Igreja perdeu toda a confiança. Há, antes, razões estruturais (...)". "Entre elas está o declínio da atenção".

4) "A crise da religião é, portanto, também uma crise de atenção, uma crise de visão e de audição".

5) "A perceção tornou-se extremamente voraz. Falta-lhe toda a amplitude contemplativa. Come constantemente.

6) "O consumo é a sua atitude básica. Binge watching" é uma expressão correta da sua voracidade.

7) "Só a alma que jejua pode olhar (...) A parte eterna da alma alimenta-se da fome". 

8) "A fome da alma é difícil de suportar, mas não há outro remédio para a doença".

9) "A atenção contemplativa é essencial para o olhar". Contemplar as coisas sem querer apropriar-se delas. Aquele que é capaz de olhar esvazia-se a si próprio".

10) Segundo Simone Weil, é a imaginação que, ao serviço do eu, sonha constantemente com a comida, submetendo as coisas às necessidades, desejos e interesses do eu. 

11) "A imaginação, como a "gravidade", cega a alma para a verdadeira relação entre as coisas (...) Impede a alma de se elevar para o transcendente"....

12) A atenção religiosa é "olhar" e não "procurar", não é "agarrar-se". Talvez seja por isso que juntamos as mãos quando rezamos.

Digitalização

13) "A digitalização acelera muito a disponibilidade total da realidade. Habitua-nos a que tudo esteja imediatamente disponível, acessível, previsível e consumível.

14) As atitudes mentais como a espera ou a paciência, que permitiriam aceder ao inacessível, caem em desuso.  

15) A informação como estímulo fragmenta a atenção. A atenção profunda é resistente aos estímulos e até os rejeita. Assemelha-se a uma oração: "Com a atenção plena, só se pode pensar em Deus". 

Distraído

16) “Estamos constantemente distraídos. (…) Solo por la distracción constante, Dios nos ha abandonado: ‘Dios es atención sin distracción’. Si no estuviéramos distraídos, estaríamos con Dios». 

17) A sociedade viciada de hoje é "uma sociedade sem atenção". A perceção é controlada pelo vício e pela dopamina. O vício e a atenção são forças opostas. 

18) "As redes sociais utilizam algoritmos viciantes para tornar as pessoas dependentes, para as controlar e dirigir. O smartphone é uma máquina de dependência digital.

19) "A atenção profunda e contemplativa dirige-se ao que é duradouro, ao que permanece e perdura".

20) O verdadeiro é o duradouro. O domínio da informação destrói-o, mergulhando-nos num turbilhão permanente de atualidade. 

21) "Uma caraterística essencial do bem é o facto de não interromper a atenção enquanto oração. Só há um critério perfeito do bem e do mal: a oração interior ininterrupta".

O bem, o mal 

22) "O bem é indireto, discreto, até tímido, enquanto o mal é intrusivo. O mal comporta-se ao contrário. Seduz-nos, vicia-nos. Só a atenção o pode repelir.

23) "O bem une e reconcilia, enquanto o mal separa e divide. O mal é multifacetado. O bem, pelo contrário, baseia-se numa única verdade".

24) Simone Weil parte do princípio de que o mal ou a violência se devem a uma desatenção - haveria menos violência no mundo se fôssemos mais capazes de prestar a mesma atenção à oração.

25) O mundo inteiro está transformado num mercado agitado onde todos gritam por atenção. O capitalismo não valoriza o silêncio porque o ruído gera capital, o silêncio não produz lucro.

26) Simone Weil: não há felicidade comparável ao silêncio interior, o espírito precisa desse silêncio para poder criar ou receber algo totalmente diferente.

Bombardeado pelo ruído 

27) Não podemos rezar facilmente porque somos constantemente bombardeados pelo ruído da informação. Os nossos sentidos estão em constante voracidade, sempre a devorar os estímulos. 

28) A arte, na sua essência mais profunda, é uma experiência religiosa. A beleza mais elevada é, na realidade, um sacramento. 

A beleza

29) A beleza é uma prova muito mais forte de Deus do que os argumentos habituais baseados na ordem do mundo. 

30) A beleza como encarnação de Deus também espiritualiza a ciência, transformando o estudo numa forma de oração. "O silêncio que emana de uma grande obra de arte é um eco do silêncio divino. 

Recordemos. La fuente es Byung-Chul Han, ‘Sprechen über Gott,’ Matthes & Seitz, 2025. Está ya en preventa el libro ‘Sobre Dios’, de Ediciones Paidós, que sale en octubre. Pueden preguntar en Casa del Libro, etc.

O autorFrancisco Otamendi

Evangelização

São João Paulo II e a busca da verdade, do bem e da beleza

Alejandro Pardo, doutorado em Teologia Moral, publicou recentemente o volume intitulado Nas pegadas de Deus no mundo: São João Paulo II e a busca da verdade, do bem e do belo. CPor ocasião do 20º aniversário da sua morte, em 2025, publicaremos uma série de artigos sobre o seu ensino.

Alejandro Pardo-11 de setembro de 2025-Tempo de leitura: 8 acta

No passado mês de abril celebrou-se o vigésimo aniversário da morte de São João Paulo II. A sua figura deixou uma marca profunda na história recente da Igreja e do mundo. Poeta e dramaturgo, filósofo e teólogo, foi um homem de extraordinária cultura, um líder moral aclamado e respeitado, um pastor próximo do seu povo, uma testemunha viva da fé encarnada.

Mártir em vida, a sua fama de santidade explodiu numa aclamação popular sem precedentes após a sua morte, apelando à sua imediata elevação aos altares. Foi beatificado seis anos após a sua morte e canonizado no espaço de uma década. O seu longo pontificado deixou um vasto corpo de ensinamentos, que têm sido profusamente expostos e tratados nas últimas décadas. No entanto, há ainda perspectivas a explorar. Este artigo propõe uma delas, apresentando este santo Papa como promotor da busca da verdade, do bem e da beleza como forma de recristianizar a cultura, inspirando-a a partir de um humanismo cristocêntrico.

Um órgão polifónico para uma sinfonia antropológica

A figura intelectual e pastoral de Karol Wojtyła/João Paulo II tem continuado a crescer ao longo dos anos, como atestam as numerosas publicações que continuam a aparecer após a sua morte. O seu principal compromisso - primeiro como padre e professor universitário, depois como pastor da Igreja universal - pode ser resumido no diálogo mutuamente enriquecedor entre a Revelação cristã e a modernidade (ou melhor, a pós-modernidade), especialmente nos domínios da antropologia, da ética e da cultura. Tal desafio coincidirá plenamente com a preocupação expressa, no mesmo sentido, pelo Concílio Vaticano II, como se pode ver nos primeiros números da Constituição Pastoral Gaudium et SpesO então jovem arcebispo de Cracóvia participou ativamente na sua elaboração.

Movido por este desafio, Karol Wojtyła propôs-se desenvolver uma antropologia personalista e transcendente que, assente numa sólida base aristotélico-tomista e enriquecida com uma abordagem fenomenológica, respondesse às exigências da modernidade - subjetividade, liberdade e autonomia, consciência - numa perspetiva cristã. Nesta base, desenvolveu uma ética da pessoa e da cultura, que reflectia também a sua teoria da ação humana (a pessoa projecta-se nas suas acções; a ação humana tem um efeito transformador, isto é, humanizador).

Mais tarde, durante o seu magistério petrino, continuou o seu empenho em clarificar a realidade cristocêntrica do homem e do mundo, propondo assim um humanismo novo e regenerador, na linha das orientações do último concílio ecuménico.

Quando muito, os estudiosos da vida e da obra de Wojtyła destacaram a profunda unidade e coerência de um pensamento, presentes numa personalidade tão poderosa quanto multifacetada: poeta, dramaturgo, filósofo, teólogo e pastor. Como Massimo Serreti escreveu nos primeiros anos do seu pontificado, "esta multiformidade de pensamento - bastante invulgar agora na nossa paisagem cultural - permite a Wojtyła abordar a verdade sobre o homem e a verdade sobre Deus a partir de planos e ângulos visuais díspares, mas surpreendentemente confluentes no final".

Esta misma opinión otro experto en su figura, Lluís Clavell, para quien las obras de Wojtyła «proceden del interior del sujeto único e irrepetible, pero según varios registros, tales como el sonido de un órgano a lo largo de un concierto». Se trata de una metáfora muy acertada. El propio san Juan Pablo II la utilizará en una carta al profesor Giovanni Reale, responsable de la edición crítica de sus obras filosóficas en italiano. En ella defendía cómo la verdad sobre el ser humano y sobre el mundo puede explorarse tanto a través del arte (música, poesía, pintura) como de la reflexión filosófica o teológica, de modo que, entre todos estos modos de expresión podemos obtener «una suerte de singular ‘sinfonía’ antropológica, en la cual la vena inspiradora que fluye del perenne mensaje cristiano (…) orienta a todas las culturas para mayor gloria de Dios y del hombre, inseparablemente unido al misterio de Cristo».

E acrescentou: "Agradeço ao Senhor, que me deu a honra e a alegria de participar nesta empresa cultural e espiritual: primeiro com a minha paixão juvenil e depois, com o passar dos anos, com uma abordagem progressivamente enriquecida pelo contraste com outras culturas e, sobretudo, pela exploração do imenso património doutrinal da Igreja".

O caminho dos transcendentalistas

Esta proposta antropológica e ética que Karol Wojtyła/João Paulo II apresenta pode ser analisada sob vários pontos de vista. Um deles consiste em iluminá-la a partir do prisma dos transcendentais do ser - em particular, da verumo bom e a pulchrum-. É certo que este santo Papa não se ocupou deles de forma monográfica; no entanto, é notável a sua constante referência a eles, sobretudo quando se referiu ao fundamento antropológico e ético da pessoa, bem como à sua projeção no âmbito cultural e social.

Em que medida a procura do bem, da verdade e da beleza são essenciais aos ensinamentos deste pensador e papa? Podemos recordar algumas das suas declarações, tão reveladoras como desconhecidas. Uma delas teve lugar durante uma das suas visitas pastorais a uma paróquia romana (Santa Maria in Traspontina), onde, depois de ter sido recebido por um coro de crianças, aproveitou a oportunidade para falar da importância da educação para a beleza.

No colóquio improvisado que se seguiu, em resposta a uma pergunta, São João Paulo II revelou algo que estava profundamente gravado no seu coração: "Um de vós perguntou-me o que o Papa teria feito se não tivesse sido Papa (...) Mesmo que eu não fosse Papa, a minha principal tarefa seria preservar, proteger, defender, aumentar e aprofundar esta aspiração ao bem, ao verdadeiro, ao belo".

Uma análise das suas intervenções em encontros com representantes da cultura, artistas e comunicadores mostra que não se trata de um comentário isolado. Por exemplo, apenas um mês e meio depois de ter sido eleito Sucessor de Pedro, numa audiência com representantes da Università Cattolica del Sacro Cuore de Milão, por ocasião do centenário do seu fundador, o Padre Agostino Gemelli, o recém-eleito Pontífice polaco afirmou claramente que "a pessoa humana só encontra a plena realização de si mesma em referência Àquele que constitui a razão fundamental de todos os nossos juízos sobre o ser, o bem, a verdade e a beleza". A partir de então, serão numerosas as referências explícitas a estes três transcendentais nos discursos e nas alocuções dirigidas aos que trabalham no domínio da cultura, da arte ou da comunicação.

O "eterno estigma de Deus" no mundo e no coração do homem

De facto, partindo do mistério do homem como pessoa, criado à imagem de Deus, Karol Wojtyła/João Paulo II propõe um itinerário ascendente em direção a Deus, porque, diz ele, "o que é humano traz em si o estigma eterno de Deus, é uma imagem de Deus". A Verdade, o Bem e a Beleza são apenas outros nomes daquele Ser Supremo e Pessoal a que chamamos Deus, e a eles aspiramos; são o objeto dos nossos poderes espirituais (inteligência, vontade, afectos). A partir desta convicção, Wojtyła seguiria o seu próprio caminho intelectual e artístico particular, baseado na fenomenologia e iluminado pela fé, que teve oportunidade de descrever nos seus sermões à Cúria em 1976 e recolhidos no livro Sinal de contradiçãoO itinerarium mentis in Deum emerge das profundezas das criaturas e das profundezas do homem.

Neste percurso, a mentalidade moderna baseia-se na experiência do homem e na afirmação da transcendência da pessoa humana (...). A transcendência da pessoa está intimamente ligada à referência àquele que é a base fundamental de todos os nossos juízos sobre o ser, sobre o bem, sobre a verdade e a beleza. Está ligada à referência Àquele que é também totalmente Outro, porque é infinito".

A via dos transcendentais responde assim à necessidade antropológica do ser humano de se abrir ao infinito, ao qual aspira pela sua própria natureza racional e espiritual. Estas categorias ou dimensões do ser (verdade, bem, beleza) constituem os fios condutores do quadro que une o homem (criatura, ser participado) a Deus (criador, ser por essência), graças à sua condição de imago Dei. O próprio Wojtyła tentou seguir este triplo caminho através da arte, da filosofia e da teologia, convencido de que tudo o que é verdadeiramente humano reflecte a marca de Deus. Desta forma, como o próprio Wojtyła observa, "o itinerário mental no Deumcomo um "caminho do pensamento do homem todo", acaba por se tornar um verdadeiro "caminho do homem todo", um verdadeiro "caminho do homem todo".itinerarium hominis".

Este caminho de verdade, de bondade e de beleza é particularmente adequado para recuperar o fundamento cristão de uma sociedade e de uma cultura que se afastaram de Deus e do próprio homem e que, em certa medida, caíram na autodestruição e no desespero. Perante a crise da metafísica - e a consequente dispersão ou desunião entre os transcendentais - provocada pela filosofia moderna, S. João Paulo II recuperou uma vez mais o fundamento metafísico da filosofia e propôs uma perspetiva personalista e transcendente, da qual deriva, por sua vez, uma proposta ética igualmente ancorada na pessoa humana e na sua transcendência. Neste sentido, o Papa Wojtyła quis assumir este enorme desafio cultural e antropológico referido pelo Concílio Vaticano II e construiu uma sólida resposta antropológica e ética às questões levantadas pelo pensamento moderno.

Um projeto de vida e de ensino

Karol Wojtyła/João Paulo II dedicou a sua vida a este caminho, com constância, convicção e firmeza. Inicialmente apontado durante o seu tempo de filósofo e professor de ética de um ponto de vista mais antropológico, adquiriu maior desenvolvimento e maturidade ao longo do seu pontificado, durante o qual o abordou também numa perspetiva teológica (cristológica e trinitária). Mais concretamente, reitera com insistência a necessidade de fundamentar as expressões culturais, artísticas e comunicativas nos transcendentais do ser. A cultura é a encarnação do ser humano. A cultura é a encarnação das experiências espirituais de um povo", dirá ele numa ocasião, "e concretiza a verdade, o bem e a beleza". De facto, a busca do bem verdadeiro e belo conduz o homem ao encontro com Deus e com a realidade mais profunda do seu próprio ser.

Na medida em que a pessoa se projecta na sua obra, pode contribuir para que esse itinerário seja seguido também por aqueles que contemplam o que saiu das suas mãos ou é fruto da sua inteligência ou do seu talento criativo. Por isso, as manifestações culturais e artísticas e os conteúdos difundidos pelos meios de comunicação social e de entretenimento são um canal ideal para "uma irradiação cultural mais vigorosa da Igreja neste mundo em busca da beleza e da verdade, da unidade e do amor". Esta busca antropológica torna-se também um encontro cristológico, pois Jesus Cristo é o Modelo segundo o qual o homem foi feito e, como Caminho, Verdade e Vida, é também a manifestação plena da Beleza, da Verdade e da Bondade.

"Trago o teu nome em mim"

Ao longo de toda a sua vida, este santo Papa percorreu pessoalmente estes três caminhos da beleza (através do cultivo da poesia e do teatro), da razão (na sua faceta filosófica) e da fé (como teólogo), firme na sua determinação de encontrar os traços divinos presentes na pessoa humana e na criação (o pulchrumo verum e a bom) para elaborar, a partir daí, aquela "sinfonia" antropológica que ele interpretou com a sua vida, como parte da missão evangelizadora em que Deus o convidou a participar. Também aqui, ele honrou o seu papel de pontífice ("construtor de pontes"), porque aproximou as duas margens, por vezes opostas, da fé e da cultura, e encarnou também o ideal do humanista cristão, favorecendo a colocação ao serviço do Evangelho de todos e de cada um dos meios de comunicação, bem como das várias expressões culturais e artísticas.

Uma parte importante deste esforço consistiu em redescobrir o caminho dos transcendentais, esses traços ou estigmas de Deus presentes no coração humano. Voltaria a referir-se a isto na coletânea de poemas que escreveu no crepúsculo da sua vida (Tríptico romano), no qual escreve: "Yo llevo tu nombre en mí, / este nombre es signo de la Alianza / que contrajo contigo el Verbo eterno antes de la creación del mundo (…) / ¿Quién es Él? El Indecible./  Ser por Él mismo. / Único. Creador del todo. / A la vez, la Comunión de las Personas. / En esta Comunión hay un mutuo regalo de la plenitud de la verdad, del bien y de la belleza"

Na carta que escreveu ao Professor Giovanni Reale no final da sua vida, S. João Paulo II exprimiu a sua gratidão à Divina Providência por o ter tornado capaz de levar a cabo um tal "empreendimento cultural e espiritual" - um projeto de vida inteira - no centro do qual se encontra sempre "o homem como pessoa (...), imagem do Ser Subsistente, (...) objeto de incessante análise filosófica e teológica". Em nossa opinião, pode afirmar-se que ele conseguiu mais do que atingir esse objetivo. Não é em vão, como afirma Rino Fisichella, que "cada sucessor de Pedro é chamado no momento certo e com a sua personalidade corresponde às necessidades que surgem na tapeçaria da história".

O autorAlejandro Pardo

Sacerdote. Doctor en Comunicación Audiovisual y en Teología Moral. Profesor del Instituto Core Curriculum de la Universidad de Navarra.